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Resultados das Modalidades e Formação

por Miguel Martins, em 19.02.16

 

No Futebol, o destaque vai para as equipas séniores. A equipa principal depois do mau resultado contra o FC Porto na sexta-feira, conseguiu uma vantagem importante nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões ao bater o Zenit, e a equipa B conseguiu bater o Desportivo das Aves a meio da semana. Essa vitória permitiu finalmente sair da zona de descida. Fulcral continuar a pontuar semanalmente, quando não for possível a vitória, que se consiga empatar, já que a evolução dos jogadores tem sido para esquecer.

 

Em Rugby, os nossos escalões jovens averbaram duas derrotas, ambas frente ao GDS Cascais.

 

No Futsal, o destaque foi para a vitória da equipa sénior feminina na deslocação ao Novasemente, que permitiu corrigir o resultado da 1ª jornada. Já estamos na liderança e amanhã recebemos o Sporting num derby escaldante, marcado para as 20h30. Apareçam para as apoiar!

 

No Pólo Aquático fomos derrotados em casa.

 

 

 

No Basquetebol, o destaque vai para a nossa equipa sénior masculina que foi derrotada pelo FC Porto na final da Taça Hugo Santos. Muita incompetência. Exige-se outra atitude, tanto nos playoffs, como na Taça de Portugal.

 

No Judo, o destaque vai para o meritório lugar do nosso cadete Fábio Borges na Taça da Europa.

 

A nossa equipa sénior de Andebol consegui ser apurada para os Quartos-de-final da Challenge Cup. Após uma categórica vitória na Sexta-feira, no Sábado fomos derrotados. Muita desconcentração teve como resultado essa derrota.

 

No Voleibol, esteve em grande a nossa equipa sénior masculina. Vitória na primeiro jogo das meias finais do playoff do Campeonato Nacional e vitória também na primeira mão dos Quartos-de-final da Challenge Cup. Fantásticos mais uma vez!

 

 

 

No Atletismo, os resultados foram tão bons que até custa destacar quem quer que seja. Brilhante as prestações das equipas de juniores nos Campeonatos Nacionais de Pista Coberta. É continuar neste bom caminho. 

 

Em Hóquei em Patins, o destaque vai para a vitória da nossa equipa masculina fora frente ao Sporting. Um jogo disputado em condições inadmissíveis e que mais parecia Natação do que Hóquei em Patins. Vergonhoso! Temos uma equipa de grandes profissionais.

 

No Bilhar tivemos uma semana 100% vitoriosa. Muito bem.

 

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publicado às 21:57

Resultados das Modalidades e Formação

por Miguel Martins, em 11.02.16

 

No futebol, a nossa equipa B voltou a facilitar em casa, fazendo mais uma má exibição e empatando a um golo com o Varzim. A equipa principal, foi a Belém golear o Belenenses.

 

Em Futsal, a nossa equipa de Juvenis cumpriu a sua obrigação e derrotou os Leões de Porto Salvo.

 

Em Pólo Aquático, a nossa equipa feminina teve uma difícil deslocação a Gondomar e onde acabaram derrotadas.

 

O nosso judoca Nuno Saraiva, foi eliminado de forma prematura no Grand Slam de Paris.

 

Em Basquetebol, o destaque vai para a derrota em casa da nossa equipa sénior feminina, num jogo contra uma equipa bastante forte. Nas camadas jovens foi uma semana normal.

 

A nossa equipa A de Ténis de Mesa, averbou duas derrotas nos dois jogos. Dois jogos complicados onde demos luta.

 

 

Em Voleibol, tivemos duas vitórias nos dois jogos que a secção disputou.Tem sido uma modalidade onde temos exercido um domínio avassalador.

 

A equipa principal de Andebol foi derrotada no derby em casa. Não há muito mais a dizer sobre esta equipa. Resultados maus e exigem-se mudanças de fundo no final da época. Na formação, um fim de semana bastante bom, onde apenas os Juvenis perderam.

 

Em Hóquei em Patins feminino, fomos eliminados da Liga Europeia, não podendo desta forma continuar a defender o titulo conquistado de forma brilhante na época passada. As adversárias foram melhores e a nossa equipa acusou a falta de hábito a tanta intensidade e a ausência de rotação. Ainda assim, foram dignas vencidas.

 

No Rugby, obtivemos uma importante vitória fora em masculinos. Em femininos, dominámos a 2ª eliminatória da Taça de Portugal de sevens, obtendo o primeiro lugar.

 

 

No Atletismo, o destaque vai para o 3º lugar em femininos na TCCE de Crosse. Um belo resultado da nossa equipa em condições muito complicadas e frente a equipas de grande poderio. Por exemplo, a equipa turca que venceu tinha uma série de atletas de origem africana. Já em masculinos, na mesma prova, não fomos além de um 5º lugar. Má prestação.

 

No bilhar, o destaque vai para a derrota na disciplina de carambola no derby.

 

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publicado às 18:20

Semana das Modalidades

por Miguel Martins, em 04.02.16

 

A nossa equipa de Basquetebol recebeu e bateu no Sábado o Lusitânia por 83-65. Foi um jogo tranquilo e desde cedo dominado pela nossa equipa.


Com uma entrada forte, o Benfica dilatou rapidamente o marcador e depois apenas teve de gerir o jogo, pois ao intervalo já íamos vencendo por 42- 26.


Os pontos foram marcados por: Wilson (16), Gentry (15), Cook (14), Tomás Barroso (8), João Soares (6), Nuno Oliveira (6), Carlos Andrade (5), Mário Fernandes (5), Cláudio Fonseca (4), Radic (2) e Diogo Gameiro (2).


Destaque para o bom jogo de Gentry e de Wilson.



Ontem, recebemos e batemos a bem trabalhada equipa do Galitos para a Taça de Portugal. Voltámos a ter um belo jogo de basquetebol com duas equipas que apresentam um sistema de jogo que dá muita liberdade às individualidades.


O Benfica voltou a vencer, desta vez por 76-63, apesar das ausências de Radic e de Carlos Andrade. Desde cedo que liderámos o marcador com Cook em plano de destaque - foi o MVP do jogo.


Ao intervalo já íamos vencendo por 41-30 e pese a reação do Galitos no 3º período, o Benfica voltou a distanciar-se no marcador e a vencer tranquilamente.


Os pontos foram marcados por: Cook (27), Wilson (18), João Soares (12), Gentry (9), Nuno Oliveira (5), Loncovic (4) e Diogo Gameiro (1).


E para terminar em beleza, ainda tivemos o regresso de Diogo Carreira. O capitão voltou!


Sábado, jogamos fora de casa contra o Eléctrico , num jogo com inicio às 16h.




Em Hóquei em Patins, no Sábado a nossa equipa deslocou-se a Braga e voltámos às vitórias, com 3-8 a ser o resultado final. Com uma entrada forte, o Benfica rapidamente disparou no marcador com golos de Nicolia - na transformação de um livre direto - e dois golos de Adroher. O primeiro numa bela finalização e o segundo após um passe delicioso de Nicolia.


Após o regresso do intervalo, o HC Braga reagiu e reduziu para 1-3, tendo depois Miguel Rocha feito o 1-4 numa finalização absolutamente fabulosa - remate de costas para a baliza e pelo meio das pernas. O HC Braga voltou a reduzir na cobrança de um livre direto,tendo depois novamente Miguel Rocha colocado 2 golos de diferença no marcador.


O HC Braga ainda fez o 3-5, mas o Benfica por Adroher, Nicolia e novamente Adroher, acabaram com todas as dúvidas.


Vitória justa da melhor equipa e mais um passo rumo ao bicampeonato.

 

Os dois fantásticos golos de Miguel Rocha.

 


Sábado, vamos receber o Merignac às 20h para a Liga Europeia, onde uma vitória garante o 1º lugar do grupo.


 


Em Voleibol, tivemos jornada dupla, e duplamente vitoriosa como já é hábito nesta secção. 


No Sábado, fomos a Guimarães e batemos a equipa local por uns esclarecedores 0-3, com parciais de 17-25, 16-25 e 22-25.

 

Destaque para o bom jogo de Ché, que fez 18 pontos.

 


No Domingo, batemos a formação do Caldas, desta feita por 1-3, com parciais de 21-25, 11-25, 25-23 e 23-25.


Foi um jogo complicado como se podem ver pelos parciais, mas a maior experiência e qualidade da nossa equipa acabaram por ditar a diferença.


Destaque para o excelente jogo de Hugo Gaspar.


No geral, o voleibol do Benfica teve uma semana fantástica com 3 vitórias muito importantes e cedendo apenas um set, mesmo gerindo como sempre a equipa.


Sábado, recebemos o CA Madalena às 18h, num jogo que será disputado no Pavilhão do Clube Nacional de Ginástica na Parede, em virtude do jogo que vai opor o Benfica ao Sporting em Andebol marcado para a mesma hora. 


 


Em Andebol, no Sábado fomos a Benavente para a Taça de Portugal e vencemos por 23-40.


Num pavilhão completamente lotado - sonho com o dia em que isso ocorra na Luz - o Benfica controlou desde cedo o jogo. Colocou muita juventude em campo, com destaque para Miguel Xavier - ponta esquerdo formado no Benavente - e que no regresso a casa marcou 7 golos.


Os golos foram apontados por: Miguel Xavier (7), Augusto Aranda (6), Alexandre Cavalcanti (5),  Davide Carvalho (5), Belone Moreira (3), Borragán (3), Paulo Moreno (3), João Pais (2), Flávio Fortes (2), Tiago Pereira (2), Ales Silva (1) e Uelington da Silva (1).

 


Ontem, fomos a Braga defrontar o ABC num jogo decisivo para definir a posição em que vamos para os playoffs e foi mau em demasia. Perdemos por 29-27, mas se a derrota seria um resultado normal quando duas equipas equilibradas se defrontam, não é de todo normal e admissível uma derrota desta forma.


O Benfica entrou bem e fez o 0-2, mas permitiu rapidamente a reação do ABC que virou o resultado e nunca mais largou a liderança do marcador. Ainda reagimos quando Hugo Figueira entrou para a baliza, mas com erros patéticos, tanto em situação de vantagem numérica, falhas técnicas completamente inadmissíveis, falhas aos 6 metros escandalosas e uma falta de capacidade para variar o nosso tipo de jogo, a derrota acaba por não surpreender.


Exibição má, de uma equipa que tem de fazer mais. Muito mais.


São urgentes mudanças nesta seção. O Benfica não se pode coadunar com este tipo de atitudes. O Andebol é claramente uma modalidade “mentirosa”,  tendo em conta o fator “Cuba”, mas o Benfica tem de mudar a sua forma de encarar a modalidade.
Se não temos orçamento para ter 4/5 bons estrangeiros, que tragam apenas 2 que sejam claramente mais-valias e não enganem mais os adeptos. O Benfica ontem teve o seu melhor período no jogo quando jogou com Hugo Figueira, Davide Carvalho, Belone Moreira, Paulo Moreno, Tiago Pereira, Cavalcanti e João Pais, e isto foi na parte final da primeira parte, tendo passado a diferença de 3/4 golos para 1 - falhámos um ataque no último segundo que daria o empate. Acho que os responsáveis têm de olhar para isto e tirar as devidas ilações.

 

O nosso treinador tem apostado na juventude, mas faz uma rotação que não consigo perceber. Na primeira parte demorou uma eternidade para trocar de guarda-redes. Quando Ales Silva conseguiu marcar um golo, foi imediatamente para o banco, quando Belone resolveu e bem uma jogada ofensiva em inferioridade numérica com uma penetração aos 6 metros, foi igualmente para o banco. Não dá, assim não pode ser.


Os golos foram apontados por: Davide Carvalho (5), Borragán (4), João Pais (4), Uelington (3), Tiago Pereira (3), Ales Silva (3), Alexandre Cavalcanti (3), Belone Moreira (1) e Augusto Aranda (1).

Sábado, temos às 18h o derby frente ao Sporting, onde só a vitória interessa para a garantir o 3º lugar na fase regular - visto o 2º dificilmente ser possível. Esse jogo marca também o regresso de Carlos Carneiro ao nosso pavilhão e espero que não seja recebido como foi António Areia. As pessoas são livres e podem gostar de quem quiserem, mas durante um jogo estar a aplaudir um adversário e a dizer que será sempre um dos nossos, não é admissível. O Benfica merece mais respeito.



E porque o Benfica é mais do que futebol, tudo aos pavilhões!

 

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publicado às 14:07

Semana das Modalidades

por Miguel Martins, em 29.01.16

 

 

A nossa equipa de Basquetebol, comandada por Carlos Lisboa, conseguiu no Sábado mais uma vitória, desta vez na deslocação à Madeira, onde por 69-88 venceram o CAB Madeira.

 

Com uma entrada forte, o Benfica obteu logo uma vantagem confortável no final do 1º período, vencendo por 13-27. No segundo e terceiro períodos, o jogo foi mais equilibrado, mas com o Benfica a conseguir gerir a vantagem. No 4º período, disparámos novamente no marcador.

 

Os pontos foram apontados por: Cook (25), Radic (17), Tomás Barroso (15), Carlos Andrade (10), Nuno Oliveira (9), Wilson (6), Gentry (4) e Loncovic (2).

 

Destaque para a exibição de Cook que parece voltar a exibir-se a um nível mais próximo do que tem obrigação de fazer. Grande jogo de Tomás Barroso.

 

Sábado, recebemos o Lusitânia às 16h.


 

 

Em Hóquei em Patins tivemos uma difícil e imprópria para cardíacos deslocação a Oliveira de Azeméis, tendo conseguido um empate com sabor a vitória, tanto pela forma como foi obtido como pela exibição que fizemos.

 

Entrámos mal no jogo e as situações de golo para a Oliveirense acumulavam-se, tendo sem qualquer tipo de surpresa a equipa da casa se adiantado no marcador por 1-0 e depois por 2-0. Pedro Nunes mexeu e bem na equipa, colocando Tiago Rafael que trouxe mais serenidade defensiva, ao contrário do seu irmão Diogo que fez uma exibição horrorosa.

 

Num rápido contra ataque, o Benfica reduziu para 2-1 por intermédio de Nicolia, tendo no minuto seguinte beneficiado de um livre direto que Nicolia falhou. Ainda no mesmo minuto, Tiago Rafael viu o cartão azul e a Oliveirense beneficiou de um livre direto que não concretizou - mesmo tendo sido repetido. Ainda assim e mesmo com menos um jogador, o Benfica conseguiu o empate numa brilhante execução de um livre direto de Adroher. Foi com este resultado lisonjeiro para o Benfica que chegámos ao intervalo.

 

No retomar da partida o Benfica entrou melhor, mas contra a corrente do jogo a Oliveirense fez o 3-2 e o 4-2, dispondo ainda de diversas oportunidades e de bolas no ferro para dilatar ainda mais a diferença. O Benfica estava mal no jogo, tanto a defender como a atacar e Pedro Nunes incompreensivelmente não mexia na equipa!

 

Ainda assim, Torra reduziu para 4-3 na transformação de uma grande penalidade e aí a esperança renasceu - apesar da má exibição e falta de criatividade da equipa.

 

O tempo foi-se arrastando e no último minuto numa decisão muito controversa, o árbitro marcou a 10ª falta ao Benfica, quando deveria ter marcado a 15ª falta da Oliveirense. Dispôs desta forma a Oliveirense de uma oportunidade para arrumar definitivamente com o jogo, mas Trabal brilhou e manteve a equipa no jogo. A 2 segundos do fim, Pedro Nunos tirou Trabal e colocou Miguel Rocha que, sem luvas, numa forte stickada fez o 4-4 final, levando à loucura os adeptos presentes.

 

O João Rodrigues faz muita falta, mas o Benfica tem obrigação de jogar mais. Pedro Nunes tem obrigação de rodar mais a equipa.

 

Mantivemos a liderança, agora com 7 pontos de avanço para o segundo e conseguimos dar mais um passo rumo ao título.

 

Uma palavra especial para Carlitos López que continua um jogador brutal, mas que mantém toda a simpatia e simplicidade. Uma referência para todos os amantes da modalidade e em especial dos Benfiquistas que tanto vibraram com ele.

 

Sábado, vamos a Braga, num jogo com início marcado para as 17h.


 

 

Os homens de José Jardim - Voleibol  - receberam e bateram no Sábado o Esmoriz por 3-1 num jogo sólido, pese o 2º set ter sido mau. Os parciais foram 25-15, 21-25, 25-16 e 25-16.

 

Não há muito a dizer sobre este jogo, excetuando o 2º set que perdemos devido a algum relaxamento, mas o Benfica foi sempre mais equipa e venceu com toda a naturalidade.

 

 

Ontem, voltámos a fazer história na Challenge ao batermos o Istambul por 4-0, com parciais de 25-18, 25-21, 25-19 e 15-13 no Golden Set.

 

Depois da derrota por 3-1 na primeira mão e frente a uma equipa de grande nível, só um Benfica perfeito seria capaz de virar completamente a eliminatória. Expressar por palavras o que lograram obter é muito difícil, porque acho que ainda nem temos bem noção do que acabámos de fazer.

 

O Istambul é uma equipa com um serviço poderosíssimo e se na primeira mão conseguiram fazer a diferença por aí, ontem não. E não o conseguiram porque tivemos um libero absolutamente fabuloso - Ivo Casas - que conseguiu receber sempre bem, facilitando e muito a distribuição a Renan.

 

Depois, a raça do Roberto, a liderança do Hugo, a frieza do Kolev, a tranquilidade do Zelão e do Duff e a distribuição do Renan fizeram o resto.

 

Uma palavra ainda para o nosso técnico que acompanha todo o jogo na lateral como se fosse mais um jogador na quadra. Ele salta, corre, baixa-se, festeja, sorri, dá ânimo, acalma a equipa. Enfim, José Jardim é Benfica!

 

E sabendo que é difícil, mas não impossível, porque com estes jogadores não há impossíveis, tragam lá a Taça.

 

Sábado, vamos a Guimarães jogar às 16h30 e Domingo às Caldas da Rainha às 17h.


 

 

No Sábado, a nossa equipa de andebol foi à Madeira e bateu o Madeira SAD por 28-31. Num jogo equilibrado, o Benfica venceu fruto de uma segunda parte bem melhor do que a primeira, pois ao intervalo íamos perdendo por 18-16.

 

Foi uma vitória muito importante para conseguirmos assegurar o 2º lugar da fase regular.

 

Os golos foram apontados por: Uelington (6), João Pais (6), Davide Carvalho (4), Belone (4), Tiago Pereira (3), Borragán (2), Hugo Lima (2), Tiago Ferro (2), Cavalcanti (1) e Augusto Aranda (1)

 

Destaque para a exibição de Mitrevski que mostrou as credenciais que levaram o Benfica a partir para a sua contratação.

 

 

Ontem, o Benfica recebeu e bateu ontem o Sp. da Horta por 38-27.

 

Entrámos mal, com uma defesa muito passiva, um ataque previsível e com falhas técnicas durante os primeiros 15 minutos, onde durante esse tempo o Sporting da Horta conseguiu equilibrar o jogo. No entanto, após termos passado a assumir a liderança no marcador, estabilizámos e nunca mais tivemos grandes problemas durante o jogo. Ao intervalo já íamos vencendo por 18-15.

 

Na segunda parte fomos gerindo o jogo e rodando a equipa, pois Sábado voltamos a jogar, desta vez para a Taça de Portugal frente ao Benavente às 18h.

 

Os golos foram marcados por: Belone Moreira (6), João Pais (6), Davide Carvalho (5), Tiago Pereira (4), Uelington (4), Alexandre Cavalcanti (3), Borragán (3), Vrgoc (3), Ales Silva (2), Tiago Ferro (1) e Augusto Aranda (1).

 

Destaque para as boas exibições dos nossos pontas que tanto têm sido criticados - João Pais e Davide Carvalho - e para a eficácia de Mitrevski que voltou a exibir-se a bom nível.


 

Realce ainda para o que foi conquistado no Atletismo este fim-de-semana.

 

O Benfica sagrou-se no Sábado Tetracampeão Masculino de estrada e Tricampeão em Femininos. Um feito brutal. Se em Femininos éramos favoritos, o mesmo já não pode ser dito na variante masculina, onde contávamos com diversas ausências de peso. Estão de Parabéns!!

 

E porque o Benfica é mais do que futebol, tudo aos pavilhões!

 

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publicado às 21:24

Resultados das Modalidades e da Formação

por Miguel Martins, em 21.01.16

 

No Futebol, o destaque pela negativa vai novamente para a equipa B que já está em lugar de descida. Não me acredito que desçam, mas cada vez mais paira essa nuvem sobre a equipa. Urgem mudanças. Na formação foi um fim-de-semana normal, com várias equipas a prepararem-se para a disputa da próxima fase do seu escalão.

 

No Futsal, fim-de-semana 100% vitorioso, com destaque para a goleada dos Juvenis na deslocação a casa do Sporting.

 

 

 

Em Basquetebol, tivemos um fim-de-semana quase perfeito. Destaque para a vitória da nossa principal frente ao Galitos e da equipa B frente ao Barreirense.

 

Em Rugby, destaque para vitória da equipa sénior masculina frente ao Caldas, cumprindo a obrigação. Em femininos, também estivemos bem na vertente de Sevens, excepção feita ao jogo frente ao Sporting, mas mesmo assim ficámos no 2º lugar da primeira eliminatória da Taça de Portugal.

 

No Voleibol, um fim-de-semana fantástico, onde vencemos todos os jogos sem ceder um único set!

 

A nossa equipa sénior de Andebol teve uma derrota - já esperada - em casa contra o FC Porto. Na formação, obtivemos excelente resultados em todos os escalões.

 

 

 

No Hóquei em Patins o destaque pela negativa para a equipa sénior masculina, ela que tantas vezes tem sido elogiada. Não é pela derrota, mas sim pelo resultado que se verificava ao intervalo - desvantagem por 7-1. A equipa sénior feminina foi também derrotada na prova europeia, mas está na luta pela passagem, precisando agora de dar a volta à eliminatória na 2ª mão.

 

O nosso judoca Nuno Saraiva teve uma boa prestação no African Open Tunis, ficando em 3º lugar. Está de Parabéns!

 

No Bilhar, resultados razoáveis, com destaque para a vitória em Pool Português num sempre apetecível derby. Destaque também para as boas prestações individuais de Lucas Barros, Dilsa Mónico e de Teresa Castro.

 

No Atletismo, a nossas equipas séniores e de juvenis venceram o Torneio Nacional de Pentatlo.

 

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publicado às 15:26

Semana das Modalidades

por Miguel Martins, em 14.01.16

 

No passado Sábado, a nossa equipa de Basquetebol regressou às vitórias, depois de receber e bater facilmente o BC Barcelos por 72-41. Num jogo desequilibrado e que foi completamente dominado por nós, o resultado acaba por ser justo, tal a diferença de qualidade entre as duas equipas.


Ao intervalo já íamos vencendo por 38-23, fruto de um segundo período muito forte. No terceiro período a toada foi-se mantendo e a vitória foi confirmada. 


Não foi um jogo brilhante, mas foi um jogo competente da nossa equipa.


Os pontos foram marcados por: Wilson (20), Radic (17), Cook (6), Tomás Barroso (6), João Soares (5), Carlos Andrade (5), Cláudio Fonseca (5), Gentry (4), Nuno Oliveira (2) e Diogo Gameiro (2).

 


Ontem fomos jogar a Oliveira de Azeméis e vencemos por 61-77. Foi um jogo mais equilibrado que o anterior, mas ainda assim tivemos uma vitória confortável. Ao intervalo já íamos vencendo por 30-42.


Fomos efetivamente eficientes nos momentos certos, e a vitória ajusta-se perfeitamente.


Os pontos foram apontados por: Radic (18), Carlos Andrade (18), Nuno Oliveira (16), Tomás Barroso (14),Wilson (7) e Gentry (4).


Pela positiva, destacar a prestação de Radic nos dois jogos. Atravessa um bom momento de forma e tem mostrado ser um excelente poste que, embora sem grande capacidade técnica, é extremamente eficiente.


Pela negativa, a prestação de Cook. Já são três jogos consecutivos absolutamente patéticos! Não sei se está tocado, não sei se é por falta de adaptação ou de motivação, mas Carlos Lisboa tem de resolver este problema. Sim, é um jogador fantástico, um potencial brutal, mas não está a render um terço do que pode e deve. São más decisões, são maus lançamentos, é falta de aplicação defensiva, mas a soqueira às voltas na boca nunca falta.


Exige-se uma mudança de atitude ou então que saia. Que saudades do Jobey, pelo que jogava, pelo que fazia jogar, mas acima de tudo, pelo profissionalismo e entrega.


Domingo, recebemos o Galitos às 17h.


 


Na passada quinta-feira, a nossa equipa de Futsal continuou o seu mau momento. Nova derrota, e novamente frente ao Fundão, desta feita por 0-1 com um golo sofrido a 4 segundos do fim.


Derrota injusta e cruel para a única equipa que procurou sempre ganhar, embora não arriscando muito. Foi um jogo quase de sentido único, onde a componente tática dominou, com o Benfica a ter dificuldade em entrar na defesa do Fundão. Quando entrou, ou falhou ou guarda-redes defendeu. Marcámos inclusive um golo limpo ainda na 1ª parte, mas que foi anulado. Tivemos pelo menos uma grande penalidade a nosso favor que não foi assinalada, mas isso não justifica nova derrota.


A equipa está cansada, nos seus limites físicos e a pausa acaba por vir numa boa altura, pese o facto de alguns jogadores irem participar no Europeu. O Fundão ganhou sempre as divididas e as segundas bolas porque era mais rápido e mais forte.


Não se pode apontar nada a este grupo de trabalho, são profissionais, dão tudo e sentiram a derrota agradecendo aos adeptos, pedindo também desculpa pela deceção.


Confio plenamente neles e na equipa técnica para ainda esta época nos darem grandes alegrias. 


 

A nossa equipa de Hóquei em Patins seguiu o seu trilho de vitórias com mais uma goleada, desta feita frente à Sanjoanense por 8-0.


Ao intervalo já íamos vencendo por 2-0, com dois golos de Adroher e com imensas falhas na finalização. O resultado pecava por escasso, mas na segunda parte tudo mudou e o Benfica arrancou para uma goleada com mais 2 golos de Adroher, 2 de Torra, 1 de Diogo Rafael e 1 de Miguel Rocha.


Bom jogo da nossa equipa que ao intervalo corrigiu o aspeto que estava a falhar, a finalização.


Destaque para o jogo de João Sardo que foi opção em virtude da lesão do João Rodrigues. Mais um grande talento da nossa formação.


Impossível não ficar entusiasmado a ver esta equipa a jogar, impossível não sentir a vontade de ir ver todos os jogos desta equipa. Quem tiver possibilidade que não a desperdice. Uma equipa fabulosa, um grupo de trabalho fantástico e que merecem sempre pavilhão cheio. Das melhores equipas do mundo - para mim a melhor.


Sábado, temos jogos para a Liga Europeia em Espanha frente ao VIC, às 18h30.




A nossa equipa de Voleibol continuou o seu rumo vitorioso com duas vitórias no fim-de-semana, mas para competições diferentes.
No Sábado, fomos a Matosinhos derrotar o Leixões por 0-3, com parciais de 17-25, 18-25 e 12-25. Foi um jogo que tornámos fácil com uma boa exibição onde revelámos um bom serviço e uma receção de grande qualidade.


Destaque para o jogo do jovem João Oliveira. Está a crescer.

 


No Domingo, para a Taça de Portugal, recebemos e vencemos o Atl. da Madalena por 3-0, com parciais de 25-15, 25-21 e 25-16.


Foi mais um jogo de qualidade da nossa equipa e onde voltou a provar toda a sua superioridade de forma tranquila, com exceção para o 2º set onde o Atl. da Madalena conseguiu equilibrar um pouco mais o jogo.


Grande jogo do nosso capitão, Hugo Gaspar.


Estamos na Final-four da Taça de Portugal!


Grande alma, grande entrega desta equipa que vai derrotando semana após semana todas as adversidades e adversários, mostrando que o sucesso da época passada se vai prolongar.


No próximo fim-de-semana há novamente uma jornada dupla. Sábado, recebemos o AA Espinho às 18h30 e Domingo temos uma deslocação a S. Mamede para defrontar a equipa local às 17h.


 

 

Também no Sábado, temos também o regresso do campeonato de Andebol. Vamos receber o FC Porto às 15h. Jogo muito complicado onde não somos favoritos.


Pede-se um pavilhão entusiasta, uma defesa agressiva e um contra ataque letal. A vitória é possível, mas para isso teremos de ser extremamente competentes, não existindo espaço para falhas ou para deixar o adversário distanciar-se no marcador.

 


E porque o Benfica é mais do que futebol, tudo aos pavilhões!

 

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publicado às 22:09

Resultados das Modalidades e da Formação

por Miguel Martins, em 13.01.16

 

No Futebol, o destaque vai para o empate da nossa equipa de juniores no derby e também para mais uma derrota da nossa equipa B. Começa a ser preocupante o rendimento da mesma. Os Iniciados terminaram a brilhante primeira volta com mais uma goleada, acabando esta fase sem sofrer nenhum golo.

 

Em Futsal, mais uma derrota da equipa sénior masculina. Desta feita para a Taça da Liga e novamente com o Fundão. Destaque pela positiva para a nossa equipa feminina. Grande campeonato que estão a realizar.

 

 

 

No Basquetebol tivemos um fim-de-semana com apenas uma derrota em sub-16 femininos. O grande destaque vai para a nossa equipa sénior feminina que venceu os 2 jogos que disputou.

 

Em Voleibol, o destaque vai para os nossos juvenis masculinos que se tornaram campeões regionais. Parabéns!

 

 

 

No Hóquei em Patins, tivemos um fim-de-semana muito positivo. Destaque para a nossa equipa feminina que segue de vitória em vitória e para os sub-17 que foram ganhar a casa do Sporting.

 

Nos torneios de Judo tivemos bons resultados, com destaque para as vitórias de Alexandra Doros, Ricardo Lopes e Djamila Silva nas respectivas categorias. Parabéns!

 

 

 

No Atletismo tivemos bons resultados nas provas onde competimos.

 

Em Bilhar, o destaque vai para a excelente performance individual de Fábio Gomes que venceu o 4º Open da 2ª Divisão do Circuito de Lisboa. Parabéns!

 

O Andebol averbou vitórias em todos os jogos que disputou nos escalões de formação.

 

A nossa equipa sénior masculina de Rugby averbou uma derrota num jogo muito equilibrado com o CR Técnico. Parecem estar a quebrar no campeonato, mas acredito que brevemente voltaremos aos bons resultados.

 

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publicado às 23:33

Fim-de-semana das Modalidades

por Miguel Martins, em 06.01.16

 

Foi um fim-de-semana negativo ao nível das modalidades, já que averbámos duas derrotas claras, em dois maus jogos - Futsal e Basquetebol.

No Sábado, a nossa equipa de futsal recebeu o Fundão e foi batida por 2-4. Foi uma exibição negativa, embora melhor que as últimas que tínhamos tido. Até começámos razoavelmente bem com um golaço de Alan Brandi - mais um esta temporada e tem mostrado ser um jogador com uma grande apetência para marcar golos de levantar pavilhões - mas rapidamente permitimos ao Fundão virar o resultado para 1-2. Ainda antes do intervalo, o Benfica conseguiu empatar por Jefferson que, finalmente, regressou da sua complicada lesão.


Na segunda parte o Benfica nunca acertou com a baliza adversária, e o Fundão marcou dois golos, logrando uma vitória em nossa casa com mérito mas também muito demérito do Benfica, já que falhámos diversos golos. Ora com grandes defesas do guarda-redes do Fundão, ora com falhanços inacreditáveis dos jogadores do Benfica.


Foi assim a nossa primeira derrota em território nacional esta temporada, uma derrota que embora fosse expectável para o nível de futsal que temos vindo a praticar, acaba por ser surpreendente por ter acontecido nossa casa. É um resultado negativo, que faz diferença nas contas classificativas, mas que não decide nada.


É preciso elevar a intensidade e recuperar a alegria em jogar futsal, algo que me parece faltar nesta fase à nossa equipa.

Amanhã, vamos defrontar novamente o Fundão em Oliveira de Azeméis, nos quartos-de-final da Taça da Liga às 21h00. Exige-se uma reação forte da nossa equipa.


 


E se a derrota no futsal foi má, que dizer da pesada derrota da nossa equipa de basquetebol em casa do nosso rival, FC Porto? Não há descrição possível para o que ocorreu no Dragão Caixa no passado Domingo. Foi tudo mau, em demasia.


Uma equipa amorfa, sem vontade, com pouca entrega, sem intensidade, desconcentrada e que foi completamente dominada durante todo o jogo por um conjunto inferior mas que encarou o jogo com seriedade.


Destaque para o parcial de 16-0 com que fomos brindados no início do 4º período. Vergonhoso!


O FC Porto para este jogo voltou a montar uma estratégia que tentava levar os nossos jogadores interiores para o mais longe possível do cesto, fazendo com que a nível do ressalto conseguissem equilibrar e resultou perfeitamente. É uma estratégia que já na primeira volta tinham tentado e para a qual Carlos Lisboa terá de encontrar um antídoto.

 

De resto, mau jogo tanto de Cook como de Wilson, as duas maiores armas deste Benfica juntamente com Radic - carregou a equipa no primeiro período mas depois também foi decrescendo o nível de qualidade da exibição - e a isto somou-se umas percentagens de lançamento completamente patéticas e um grande número de perdas de bolas sem lançamento.


Derrota por 81-62 que espero que sirva de lição.

Sábado, vamos receber o Barcelos, às 15h30.


 


Pela positiva, destaque para vitória da nossa equipa de Voleibol no  Eurosped Volleybal Classic 2015.

São uns verdadeiros papa-títulos. Orgulho imenso nestes rapazes!

Neste fim-de-semana terão jornada dupla, mas para competições diferentes. Sábado, temos jogo em Matosinhos frente ao Leixões para o campeonato às 16h. Domingo, recebemos o Madalena para a Taça de Portugal às 15h.


 

O Hóquei em Patins joga no Sábado, às 19h em casa, frente ao Sanjoanense.

O Andebol só regressa dia 16 de Janeiro devido aos compromissos da seleção nacional.


E porque o Benfica é mais do que futebol, tudo aos pavilhões!

 

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publicado às 14:20

Resultados das Modalidades e da Formação

por Miguel Martins, em 22.12.15

 

No Futebol, o destaque vai para mais uma derrota da equipa B, desta vez frente ao FC Porto B por 0-3. Urgem mudanças na equipa B que podem passar por uma maior estabilização dos jogadores no plantel, acabando com as constantes mexidas. Os Juvenis tiveram um empate inesperado, enquanto os Iniciados continuam a sua brilhante caminhada.

 

Em Rugby averbámos duas derrotas na formação.

 

No Futsal, o destaque vai para as nossas meninas que tiveram uma vitória categórica frente ao Sporting. Estão em grande e de parabéns. A formação, soma e segue.

 

 

No Basquetebol, o destaque vai para a derrota da nossa equipa sénior feminina frente ao Quinta de Lobos, que apenas se deu no 4º período. Grande réplica das nossas meninas e acredito que com 1/2 reforços agora em Janeiro, podíamos dar o salto necessário para lutar por algo mais.

 

O destaque no Andebol vai para a nossa derrota na Maia, frente ao Águas Santas.

 

No Voleibol, o destaque vai para a semana muito positiva da nossa equipa sénior. Apuramento garantido na Europa e grande vitória fora, frente ao Castêlo da Maia.

 

No Hóquei em Patins derrotámos o FC Porto em casa. Um grande resultado e um grande passo rumo ao título.

 

 

Na Natação, conseguimos a subida de divisão em masculinos. Parabéns!

 

Teresa Queirós e Cláudia Dominguez, conquistaram dois primeiros lugares em Bilhar, no Open da Zona Centro e de Lisboa/Setúbal. Parabéns!

 

No Atletismo, mais um fim de semana fantástico, com grandes resultados de uma secção à Benfica!

 

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publicado às 23:03

Entrevista a Fernando Tavares

por Miguel Martins, em 20.12.15

 

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas na Universidade Técnica de Lisboa-ISE, Fernando Tavares é, aos 55 anos, um nome de referência e apontado várias vezes como um dos nomes fortes para um dia ser Presidente do Sport Lisboa e Benfica. Já foi Vice-Presidente para as Modalidades do Benfica durante 5 anos, demitindo-se em Setembro de 2008. Durante um ano, foi também Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol. 

 

Um muito obrigado da nossa parte a Fernando Tavares por ter aceite o nosso convite para responder a várias perguntas colocadas por nós. Numa entrevista frontal e verdadeira como sempre habituou os Benfiquistas, fala do passado do Benfica, do presente e projeta o futuro.

 

 

 

Nas últimas eleições, encabeçou uma alternativa a Luís Filipe Vieira. Alternativa essa que conseguiu chumbar um R&C (Relatório e Contas). Curiosamente ou não, o Benfica após isso ganhou dois Campeonatos, uma Supertaça, uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga. Considera que esse momento foi de viragem?

 

O chumbo do R&C em 2012 foi um movimento espontâneo dos sócios do Benfica que se mobilizaram no sentido de expressar, através daquele voto, a insatisfação vivida pela falta de resultados desportivos no futebol, para além das questões financeiras relacionadas com o aumento galopante do passivo e a discussão à volta do “milagre financeiro”. Aquele ato, não foi de todo organizado, nem os sócios se deixariam manipular ou instrumentalizar. Pensar assim, seria passar aos sócios um atestado de falta de sentido de clube, o que me parece não ser o caso. Creio mesmo que os sócios em condições normais não teriam chumbado o R&C. O documento foi apenas instrumental, ou seja, foi o pretexto para expressar um certo descontentamento. No entanto, não podemos esconder que aquela rejeição teve como objetivo criar um certo impulso para o aparecimento de uma alternativa. É assim que eu leio o momento vivido. Não foi a alternativa que chumbou o R&C, mas sim o contrário, no sentido em que o dito chumbo representou uma solicitação expressa por parte da maioria dos sócios presentes naquela AG para que emergisse uma alternativa credível. Dito de outra forma, os sócios presentes na AG fizeram a sua parte e passaram a mensagem para que nós fizéssemos a nossa. Foi um momento à Benfica, ou seja, foi como recuperar a tradição das velhas assembleias. Era impossível fugir daquela responsabilidade e ficar insensível ao movimento verificado que teve a sua expressão mais forte no chumbo do R&C. Ao longo das semanas seguintes fui testemunha da paixão clubística de todos os que travaram essa “batalha” desigual por novos caminhos. Surpreendeu-me o conhecimento que a juventude que apoiou a mudança tem sobre o Benfica e, acima de tudo, o sentido de clube e dos seus valores. A verdade é que essa expressão maioritária na AG não teve tradução nos resultados eleitorais.

 

No entanto, a candidatura de Rui Rangel teve uma outra expressão, escondida é certo, não conhecida publicamente, que se revelou absolutamente crítica para a decisão de avançar. Entre 2008 e 2012 formou-se uma certa oposição à atual liderança. No ano eleitoral e no contexto dessa oposição emergiu um movimento que defendia uma ação de aproximação à gestão de Luís Filipe Vieira no sentido da constituição de uma lista conjunta. O objetivo era, de certa forma, tentar influenciar e tomar o Benfica por dentro. Essa estratégia teve a oposição imediata de Rui Rangel e da minha parte. Na altura, ambos considerámos que as discrepâncias tinham que ser assumidas através de uma candidatura que desse corpo a uma nova alternativa. Infelizmente para alguns, o poder pelo poder falou mais alto e os princípios e os valores da ética ficaram dentro da gaveta.

 

Tenho pena que não tenha sido possível, em tão pouco tempo, passar a mensagem do programa eleitoral encabeçado por Rui Rangel. A equipa liderada pelo candidato tinha enormes valências e o programa estava muito bem estruturado. Com todo o respeito por todos os estilos de liderança, creio que o Benfica perdeu uma oportunidade para acomodar um estilo distinto de gestão, mais assente na construção da equipa, numa orgânica baseada num conceito de colégio (com decisões colegiadas) e menos centrada na figura presidencial, sem que isso significasse que o presidente perdesse os poderes estatutários. De qualquer das formas, fica a noção do dever cumprido face ao movimento de sócios que procurava uma solução distinta para comandar os destinos do Benfica, assim como a necessidade de afirmar uma oposição que se expressasse nas urnas e não em tentativas de golpes palacianos.  

 

É natural que estes movimentos acabem por obrigar quem gere a melhorar processos e decisões. Nesse sentido, creio que algum impacto indireto terá tido, embora os resultados obtidos são principalmente da responsabilidade de quem no momento geria o futebol do Benfica e a SAD.           

 

 

Apesar de já ter demonstrado o seu apoio a Rui Rangel e Bagão Félix, ponderaria votar em Luís Filipe Vieira em 2016, caso ele se recandidate? E porquê?

 

Primeiro não estou certo que Rui Rangel volte a recandidatar-se e que Bagão Félix esteja disponível para se candidatar. Em nome da pluralidade seria bom que se candidatassem. Não tenho dúvidas, qualquer deles seriam excelentes presidentes. Conheço ambos muito bem e posso testemunhar a seriedade, a competência e a paixão pelo Benfica. Não posso a esta distância das eleições e sem conhecer o pool de candidatos formar um sentido de voto. No entanto, não excluo nenhuma possibilidade, incluindo o voto em Luís Filipe Vieira.     

 

 

Contempla, algum dia, a hipótese de ser candidato à presidência? E se sim, contra Luís Filipe Vieira?

 

Não excluo a possibilidade de me candidatar a Presidente do Benfica embora tal não esteja no meu horizonte como um objetivo que me persiga diariamente. No entanto, é importante que se verifiquem sempre duas condições: 1) sentir que existe um movimento de apoio a uma potencial candidatura com condições ganhadoras, ou em alternativa condições de dever de consciência e de responsabilidade para marcar uma posição ou um sentido de rumo para o Benfica (como de certa forma se verificou no apoio a Rui Rangel); 2) ter condições financeiras e humanas de governabilidade. Só em condições extremas concorreria, neste momento, contra Luís Filipe Vieira.     

 

 

Em seu entender, quais foram até hoje os maiores erros e também valias da gestão de Luís Filipe Vieira?

 

Prefiro começar pelas mais valias. Luís Filipe Vieira devolveu a credibilidade ao Benfica. Eu sou testemunha. Quando tomei posse como Vice-Presidente responsável pelas modalidades em 2003 o clube não tinha qualquer tipo de credibilidade em matéria de cumprimento contratual. Recordo-me bem da dificuldade que tive para formar as equipas. O Benfica tinha uma reputação de incumprimento e os atletas e os treinadores recusavam-se a assinar pelo Benfica. Lembro-me de ter reunido com o advogado do Clube para fazer um levantamento dos incumprimentos que se arrastavam em tribunal. Cerca de 3 milhões de euros de dívidas a atletas e a treinadores. Uma parte significativa da dívida ainda resultava da equipa de ciclismo da gestão de Vale e Azevedo. Falei com cada credor individualmente, negociei uma redução da dívida e estabeleci planos de pagamento que cumprimos religiosamente. Todos sem exceção retiraram os processos que tinham em tribunal. Pela primeira vez e passados vários anos, alguém falava abertamente com os credores no sentido de resolver. Limpei integralmente o passivo em 12 meses e nessa altura contei com o apoio incondicional do Presidente e do Departamento Financeiro liderado pela Teresa Claudino. Uma financeira muito competente, afastada da primeira linha da agenda financeira da SAD e do Clube com o processo de profissionalização do Benfica. Na minha opinião uma perda para o Benfica. Estratégias de poder com as quais a determinada altura, e na defesa dos superiores interesses do Benfica, me incompatibilizei.

 

Luís Filipe Vieira sempre teve a visão de dotar o Benfica com as infraestruturas necessárias à prossecução de um objetivo desportivo: garantir a hegemonia desportiva. O estádio, os pavilhões, as piscinas e o Seixal são exemplos de uma visão clara de enriquecimento do património e acima de tudo da necessidade de dotar o Benfica com uma logística diferenciadora visando a excelência desportiva.

 

Outro aspeto positivo foi a profissionalização do Clube e da SAD, embora tal processo poderia ter sido implementado com profissionais Benfiquistas. Sempre disse e mantenho que, para determinado cargo, se posso contratar um benfiquista, não vou contratar um sportinguista, um portista ou um boavisteiro. No universo do Benfica, existem profissionais competentes que sem salários principescos aceitariam servir com paixão, motivação, excelência e profissionalismo o Benfica. Serei sempre um crítico dessa estratégia de contratação, mas ao longo deste percurso o Benfica fez excelentes contratações no campo técnico. Por exemplo, o Benfica hoje está dotado de uma excelente equipa de médicos e de fisioterapeutas, para além de outras funções ligadas ao treino e à deteção de talentos.

 

Outro trabalho muito meritório foi o desenvolvido no Seixal que permitiu o aparecimento de jovens jogadores com muito talento. Pena que alguns deles não tenham sido retidos durante mais tempo. Igualmente de assinalar o esforço feito pelo reforço e o crescimento competitivo das modalidades, assim como a criação da Fundação Benfica.              

 

Saliento como menos positivo uma estratégia com avanços e recuos em relação à política desportiva para o futebol e um aumento exagerado do passivo que agora nos obrigará a fazer uma contenção durante os próximos anos. Em determinamos momentos, contratámos jogadores sem qualidade para jogar no Benfica e desnacionalizámos completamente a equipa de futebol. No processo de contratação de profissionais já referi que discordo de contratar não benfiquistas e para além disso a estrutura parece-me muito pesada. Sempre fui defensor de estruturas muito mais leves, em nome da eficiência organizacional e da mitigação dos custos. Do ponto de vista do desenvolvimento organizacional nunca concentraria todos os poderes num único Administrador Executivo. É um tipo de modelo que convive bem com o erro e com os vícios de gestão. Eu separaria três áreas funcionais e nomearia para cada uma delas um Administrador: Desportiva, Financeira/Serviços e Marketing/Comercial. Por outro lado, discordo completamente de um modelo de governo em que a estrutura profissional se sobreponha aos Órgãos Eleitos. É possível profissionalizar sem ferir normas estatutárias básicas e princípios de boa convivência funcional.

 

 

Vê alguém dentro da estrutura do Benfica com competência suficiente para assumir o lugar de Presidente do Benfica?

 

Sinceramente não. A maior parte das pessoas que compõem os Órgãos Sociais do Benfica, com algumas exceções, não têm funções executivas e acabam por não conhecer bem o Clube por dentro, para além do Camarote Presidencial. Por outro lado, a exigência do lugar de Presidente obriga a um perfil que combine capacidades de gestão, conhecimentos desportivos e valências comportamentais, que eu sinceramente não descortino na atual estrutura.       

 

 

Bruno Carvalho já assumiu publicamente que vai ser candidato nas próximas eleições. Na sua opinião, ele é uma alternativa credível e forte?

 

Todas as alternativas são credíveis desde que os candidatos reúnam condições de elegibilidade. Havendo um debate sobre a legitimidade da candidatura de Bruno Carvalho, conduzida pelo condicionalismo dos 25 anos, e não sendo um especialista em direito, creio que do ponto de vista do direito administrativo, existem saídas que podem legitimar a sua candidatura, pelo facto de já ter sido candidato antes da revisão estatutária. E como já disse, em nome da pluralidade, todas as candidaturas são bem vindas. Conheço relativamente bem Bruno de Carvalho e creio que as suas intenções em relação ao Benfica são sérias, genuínas e conduzidas pelo seu sentido de responsabilidade. Tenho dúvidas que a sua candidatura possa reunir apoios necessários para realmente disputar a liderança. Temos igualmente que reconhecer que não é fácil concorrer contra Luís Filipe Vieira. No entanto, saúdo a sua iniciativa que tem certamente o meu apreço.      

 

 

Como vê o momento atual do Benfica, com os novos contratos assinados, e a promessa de eliminação do passivo? Acredita que essa promessa será cumprida?

 

Já tive oportunidade de escrever que o novo contrato com a NOS é importante para o Benfica. Não restam dúvidas que o Benfica organicamente, ou seja, com as receitas anuais correntes e extraordinárias provenientes da venda de jogadores, não conseguiria eliminar o passivo. Só com uma operação comercial com esta magnitude financeira, ou seja, inorganicamente, é que seria possível eliminar passivo e manter os níveis de competitividade da equipa de futebol. O Benfica estava estrangulado financeiramente e só acumulando operações financeiras seria possível dar resposta aos compromissos vencidos. Significa que globalmente este negócio é bem vindo e creio que necessário para a boa solvabilidade da SAD.

 

Fica claro que o investimento na BTV acabou por funcionar como uma estratégia de pressão comercial. A verdade é que o crescimento da BTV acabou por se revelar decisivo para que hoje a NOS pagasse pelos direitos aquilo que o Benfica sempre pretendeu, ou seja, 40 milhões por ano. Nesse sentido, o atual acordo é uma vitória comercial do Benfica. Podíamos dizer que se trata de uma inversão de estratégia mas na realidade creio que essa opção nunca esteve na mente de Luís Filipe Vieira porque seria incomportável para o Benfica manter e aumentar os níveis de investimento no canal para obter um retorno aceitável. A menos que o Benfica deixasse de ser um clube desportivo para ser um canal televisivo. E isso creio que os Benfiquistas não aceitariam. O retorno obtém-se por quem detém a especialidade técnica e acima de tudo a disponibilidade para fazer volumosos investimentos no seu "Core Business". Por outro lado, o Benfica percebeu que a BTV tinha atingido o seu limite de Peter quando concorreu pelos direitos da Liga dos Campeões e a UEFA não permitiu tal cedência.  

 

Diminuir o passivo é imperativo. Não creio que exista outra opção. Principalmente o passivo de curto prazo que deverá, neste momento, representar cerca de metade do passivo bancário. Obviamente como qualquer outra grande organização o Benfica não pode nem deve ter passivo zero. Existirá sempre passivo operacional, mas dentro de um desejável equilíbrio financeiro. Por outro lado, parte do passivo bancário, o que está relacionado com o estádio, poderá ser amortizado dentro do plano de pagamentos acordado, não havendo razões de fundo para antecipar pagamentos, até porque as respetivas taxas de juro são competitivas.    

 

 

O Benfica tem afirmado aos seus adeptos que, tem as suas finanças sólidas e é um clube estável. No entanto, todos os anos tem necessidade de vender os seus principais ativos e este ano optou por uma política de desinvestimento, comparativamente com anos anteriores. O que pensa desta situação e porque acha que foi tomada esta decisão?

 

O Benfica não podia continuar a investir sem critério na equipa de futebol. Por outro lado, era necessário dar sentido ao bom desenvolvimento do trabalho no Seixal. Trata-se de uma combinação de fatores que obrigam o Benfica a mudar de paradigma e à recuperação do modelo desportivo que teve sucesso entre os anos 60 e meados dos anos 90. Aposta no jogador português e critério na contratação do jogador estrangeiro.

 

 

Acredita que algum dia existiu o chamado “Milagre Financeiro”?

 

Claro que não. Tratou-se de uma manobra de propaganda. O que houve, como já expliquei anteriormente, foi uma recuperação da credibilidade institucional do Benfica. Para além disso, o aumento do passivo foi muito preocupante e é preciso explicar que parte do mesmo nem sequer resulta do investimento em património mas sim de decisões desportivas. 

 

 

Acha que a venda dos direitos televisivos à NOS por 400 milhões de euros foi realmente um bom negócio?

 

Na minha opinião sim como expliquei anteriormente embora me preocupe o facto de não existir uma cláusula de saída unilateral.

 

 

Vê com bons olhos que, caso se confirme, os jogos do Benfica em casa sejam transmitidos pela Sport TV?

 

Não vejo que exista problema a não ser o facto de perder a autonomia em relação aos horários dos jogos. Sobre preocupações passadas temos que reconhecer que o acordo foi assinado com a NOS e não com a Olivedesportos. Para além disso, hoje a relação de forças dos protagonistas é bem diferente daquela que vivemos no passado.   

 

 

É a favor ou contra a venda do Naming do Estádio?

 

Tenho que reconhecer ter alguma dificuldade em aceitar. Mas hoje as exigências financeiras são tremendas e o Benfica tem que capitalizar os seus proveitos para poder ser competitivo. Para mim o Estádio será sempre o da Luz.  

 

 

Recentemente, quer no futebol, quer nas modalidades, o Sport Lisboa e Benfica tem sido bem sucedido. Apesar de tudo, nas modalidades, parece imperar um rumo mais consciente, preciso e funcional. Os resultados positivos são frutos dum trabalho pensado, bem elaborado e ciente das necessidades. Acha que o futebol, no plano de vista desportivo, tinha alguma coisa a aprender com as modalidades?

 

Antes de ter tido responsabilidades no Benfica considerava que as modalidades faziam parte do código genético do Benfica e em nome da tradição era absolutamente crítico mantê-las. Hoje penso que para além disso é necessário manter as modalidades porque através das mesmas podemos ter um futebol mais forte. Do ponto de vista das tecnologias do treino e do desenvolvimento da alta competição, o futebol tem andado atrás de muitas das modalidades. Poderia dar inúmeros exemplos, mas darei apenas um. O scouting, hoje instrumento fundamental no futebol, desenvolveu-se no basquetebol há mais de 40 anos. Normalmente os treinadores das modalidades são muito qualificados e meticulosos. Isso ajuda muito a centrar a agenda desportiva e o respetivo rumo.       

 

 

Sendo o maior clube português, com melhores condições a todos os níveis, o que acha que falta ao Benfica para obter uma completa "hegemonia" interna? Ou ganhar com mais regularidade? É demérito nosso ou mérito de terceiros?

 

Bom, nas modalidades essa sustentabilidade é claramente possível. No caso do futebol temos que aguardar pelos resultados desta nova estratégia desportiva.

 

 

Há algum clube ou projeto que siga como exemplo ou use como referência?

 

Não em particular, embora reconheça méritos elevados no modelo de formação do Ajax e a sua articulação com o desporto escolar. Dos modelos mais completos que estudei, embora não tenha sido possível uma afirmação a nível europeu um pouco resultante de ser, como Portugal, um mercado de poucos milhões. Creio que o Benfica tem características muito particulares. Resta-nos refletir sobre os fatores de sucesso do passado e extrapolar a agenda para os dias de hoje. É possível nacionalizar mais a equipa de futebol e ser competitivo como demonstrámos durante três décadas. 

 

 

Acredita que num prazo de 5 anos, o Benfica possa afirmar-se como um clube Top 10 europeu? Qual pensa ser a melhor estratégia para lá chegar?

 

É possível. Já provámos que é possível formar dos melhores jogadores da Europa. Não podemos viver apenas da formação mas também não devemos contratar indiscriminadamente. Ser seletivo como no passado glorioso ao nível da contratação de jogadores estrangeiros. Pagando parte do passivo mais oneroso e possível libertar mais receitas às quais se devem adicionar as mais valias resultantes dos novos contratos. As regras de fair play financeiro ajudarão a equilibrar a competitividade. Os clubes com orçamentos mais elevados são altamente despesistas ao nível da contratação. Não será necessário gastar a esse nível para ser competitivo. Fundamental anualmente conseguir boas campanhas na Liga dos Campeões que permitam igualmente a otimização das receitas. A minha dúvida é de que forma podemos acelerar a prossecução desse objetivo face ao processo de transição que estamos a viver. As indicações, por agora, não são muito favoráveis, ou seja, uma vez mais, o desafio não está, a meu ver, na mudança de paradigma, mas mais no protagonista (treinador) que tem que a gerir. É natural que uma transformação com este calibre obrigue a uma aposta com, eu diria, um “músculo” superior. Aliás, a história do Benfica assim o demonstra. Transformar sim, mas com grandes treinadores.

         

 

O que pensa do papel de Rui Costa? Crê que deveria ter mais poder de decisão?

 

Aí está uma questão difícil. Não consigo entender o dá e o tira na relação entre a liderança e o Rui Costa ao longo dos anos. Eu teria preferido dar responsabilidades adequadas e crescentes na sua complexidade e âmbito ao Rui Costa. O crescimento profissional faz-se fazendo, dia a dia, projeto a projeto. Por mim, Rui Costa teria hoje mais responsabilidades, mas eu não teria dado tantas responsabilidades quando iniciou as suas funções como gestor para o futebol.      

 

 

Jorge Mendes tem um papel muito importante no futebol do Benfica. Todos os anos assistimos a inúmeros negócios entre o Benfica e o empresário português. Qual a sua opinião sobre isso? Dependemos demasiado dele?

 

Creio que sim. Temos que reconhecer que proporcionou excelentes negócios. No entanto, algumas vezes tivemos que pagar esses favores com contratações discutíveis. O saldo é claramente positivo embora considere que o Benfica devia diversificar um pouco mais a relação com os agentes. Jorge Mendes pela posição que ocupa na indústria pode dar vantagens competitivas face à sua capacidade para chegar a qualquer clube. Não creio que a sua ação seja igualmente positiva para jogadores que não sejam de primeira linha. Significa que o seu trabalho acaba por ser muito seletivo. Neste área funcional, o Benfica deveria ter alguém especializado para posicionar outros jogadores no mercado, fazer o marketing dos seus ativos junto de potenciais clubes compradores, fazer o seguimento dos jogadores emprestados, assim como ajudar o Benfica a criar as condições para o êxito das contratações de jogadores talentosos, ou seja, assegurar uma espécie de diplomacia desportiva.      

 

 

Cada vez aparecem mais jogadores oriundos da formação e com mais qualidade. Pensa que estamos a trabalhar bem a formação ou ainda há muito para melhorar?

 

Penso que estamos no bom caminho. Os resultados são muito evidentes. A questão coloca-se ao nível da integração dos jogadores na primeira equipa e de que forma isso será possível sem envolver por época desportiva muitos jogadores.

 

 

Concorda com a ideia de que o insucesso até agora na época se deve a uma aposta na formação e desinvestimento?

 

Em parte. Não explica tudo, a meu ver. Mesmo assim, a equipa deveria render mais, apresentar um fio de jogo e crescer de jogo para jogo. 

 

 

Quem foi o principal culpado na saída de um treinador bicampeão? O próprio treinador ou Luís Filipe Vieira?

 

Para mim é claro que o Benfica pretendeu fazer uma aposta diferente. A forma como o Presidente do Benfica geriu a renovação do contrato, foi um convite a um impulso do treinador para abandonar. Jesus podia ter assinado? Talvez. Mas ceio que o treinador percebeu que não era desejado. Dito isto, não estou a afirmar que estaria de acordo com a manutenção do treinador.    

 

 

Nos últimos largos anos, apenas com Jorge Jesus a treinador, Luís Filipe Vieira conseguiu ganhar. A estrutura do Benfica existe mesmo, ou a estrutura era Jorge Jesus?

 

Depende do que se entende por estrutura. Creio que há um tipo de estrutura que se mantém inalterável e como já aqui disse o Benfica tem pessoas muito qualificadas em diversas áreas funcionais do futebol que não se podem confundir com o papel que Jorge Jesus teve no Benfica. No entanto, há um tipo de estrutura, mais ligado à equipa principal e não tanto de retaguarda, em que Jorge Jesus, pelo seu perfil, exercia uma influência enorme. Creio que nesse campo, a estrutura era mais Jesus e com a sua saída criou-se um vazio, que a meu ver está a ser ocupado de uma forma pouco estruturada. Dou um exemplo. Jorge Jesus pode falar com erros gramaticais e de uma forma grosseira, mas a mensagem passa. No entanto, podemos falar muito bem e a mensagem não passa.      

 

 

Rui Vitória, foi inequivocamente, uma escolha de Luís Filipe Vieira. O que acha dessa decisão?

 

Penso que sim. Luís Filipe Vieira viu em Rui Vitória o treinador para mudar o paradigma do futebol. Uma maior aposta no Seixal. O treinador tinha tido sucesso no Guimarães com esse modelo e conhecia o Benfica. O problema é que o Benfica tem outras exigências e um impacto mediático enorme. Na minha modesta opinião esse ângulo da decisão poderia ter sido mais bem ponderado face a outras alternativas.  Creio que o desafio que se coloca hoje a Luís Filipe Vieira não é tanto a saída de Jesus mas sim se o seu substituto estará à altura do desafio.   

 

 

Seria Rui Vitória a sua escolha para treinar o Benfica?

 

Não pretendo ser indelicado para o treinador do Benfica. Enquanto treinador terá sempre o meu apoio como sócio e adepto. Mas em nome da minha consciência e do respeito que devo aos sócios que solicitaram esta entrevista, assim como o respeito e a lealdade que devo ao Clube do meu coração, tenho que responder que não. Isso não significa que não lhe reconheça méritos e desempenhos bem conseguidos até ao momento.

 

Eu teria ponderado entre três perfis distintos de treinadores: 1) Aposta num treinador emergente do tipo Rui Vitória, Marco Silva ou Paulo Fonseca e neste campo creio que Marco Silva poderia ser a melhor opção, mas condicionaria sempre a decisão final a um conhecimento detalhado sobre o treinador. A minha intuição por Marco Silva é conduzida pelo trabalho feito no Estoril (que eu acompanhei de perto) e no rival. Particularmente no rival, porque apesar de ter a estrutura contra si e os resultados não terem aparecido (acabou por ganhar uma Taça de Portugal), teve sempre os jogadores com ele e manteve sempre um discurso estruturado e nunca perdeu os papeis; 2) Aposta num treinador português com mais experiência e aí a minha opção cairia em Vítor Pereira. Não pretendo ser polémico mas Vítor Pereira nunca caiu no discurso fácil de dizer que em Portugal só no Porto. Trata-se de um treinador muito bem equipado tecnicamente e para mal dos nossos pecados criou uma ascendência em relação ao Jesus no confronto direto; 3) Aposta num treinador estrangeiro capaz, do ponto de vista da construção da equipa, de assumir um equilíbrio entre o jogador experiente e o jogador da formação. Aqui a minha escolha poderia recair entre Jurgen Kloop e Lucien Favre, sendo que a minha primeira opção seria o treinador alemão. Fico-me por aqui e apenas para explicar o processo de decisão que seguiria.

 

 

Depois de um mau começo de época, apesar da campanha na Liga dos Campeões, acha que o presidente irá segurar o treinador, mesmo que a época tenha um mau desfecho?

 

Não me parece que Luís Filipe Vieira deixe de o fazer a menos que os resultados sejam uma verdadeira catástrofe e o próprio treinador resolva sair pelo seu próprio pé.    

 

 

Como classifica o trabalho de Rui Vitória até ao momento?

 

Sofrível com alguns pontos altos. Embora reconheça a sua coragem e perspicácia para lançar jovens jogadores com êxito, assim como a qualificação para os oitavos da Liga dos Campeões. Creio que Rui Vitória pode igualmente melhorar a sua comunicação principalmente nas análises após os jogos que me parecem por vezes muito genéricas e com pouca substância. Não apreciei que tivesse permitido que o jovem Gonçalo Guedes tivesse dado a cara após a eliminação da Taça de Portugal contra o Sporting e ainda por cima para atuar como mensageiro. Estes são os momentos  para afirmar a liderança e garantir que um jogador mais experiente, um dos capitães, desse a cara.      

 

 

É o principal culpado de uma época onde estamos claramente aquém das expectativas?

 

Não pode ser considerado o único culpado. Uma pré-época desadequada e uma equipa com fragilidades nalgumas posições explicam parte do problema. Apesar da mudança de paradigma a equipa devia render mais e devia ser mais consistente no seu modelo de jogo. 

 

 

Pensa que foi cumprida a promessa de que Rui Vitória ia ter as mesmas condições que outros tiveram?

 

Não me parece. A equipa tem fragilidades e o tipo de contratações afastou-se em termos de qualidade dos anos anteriores. Embora não se deva subestimar totalmente as contratações feitas, nem o dinheiro investido, apesar de algumas delas não estarem a resultar, por falta de adaptação, por falta de oportunidades dadas aos jogadores ou mesmo por falta de qualidade.      

 

 

Acha que os espetáculos semanais proporcionados por dirigentes e presidentes, levantando polémica atrás de polémica, aumentando inclusive um clima de tensão entre clubes e adeptos, é positivo para o desporto?

 

Os dirigentes têm que entender que os clubes são sócios do mesmo negócio e que fora do campo têm interesses comuns. Competir sim, mas dentro do campo. Por vezes a emoção da competição e a pressão dos resultados levam os dirigentes a passar dos limites. Eu próprio como dirigente cometi exageros nessa matéria. 

 

 

Que acha de existirem membros da direção do Benfica em programas que nada promovem o debate futebolístico?

 

Várias vezes dei a minha opinião sobre este assunto. A participação de benfiquistas nesse tipo de programas deve ser muito bem pensada. Jamais concordarei com a participação de dirigentes ou profissionais do Clube nesses programas, principalmente quando fazem figuras e protagonizam comportamentos que não dignificam os valores, a história e os fundadores do Benfica. 

 

 

No Benfica, há espaço para o crescimento nas modalidades? Acha possível que essas tenham outro protagonismo, até fruto de boas campanhas europeias? E já agora, que espaço acha que deveríamos almejar nesse espaço europeu.

 

Há sempre espaço para crescer. Creio que o desafio que se coloca às modalidades prende-se mais com o modelo de desenvolvimento da formação. De que forma é possível alimentar as primeiras equipas com jogadores da formação? Estes processos requerem momentos de transição que podem sacrificar campeonatos. No entanto, quando se atinge o ponto ideal, a renovação das equipas faz-se de uma forma natural e gradual. Se o Benfica conseguir isso, atingirá a excelência desportiva. Mas muitas das vezes o Benfica não aproveita o contexto para assumir essa mudança de paradigma. Por exemplo, o Benfica não está a aproveitar o contexto menos competitivo no basquetebol para assumir um novo rumo. Aqui está um bom exemplo onde seria possível a uma maior aposta na formação sem que isso significasse necessariamente perder campeonatos. Por outro lado, é preciso entender a realidade de cada modalidade. Por exemplo no caso do voleibol não temos muitos jovens praticantes em Lisboa. A modalidade está muito centralizada no norte. Seria difícil assumir neste caso uma mudança de paradigma a menos que o Benfica estivesse preparado para investir seriamente no crescimento da modalidade nas escolas lisboetas. Seria necessário investir bastante e esperar entre 8 a 12 anos para obter resultados. Sendo assim, fará mais sentido que os outros formem e o Benfica contrate.

 

No campo europeu temos claras ambições no hóquei e no futsal. O voleibol encontrou um certo equilíbrio. No andebol e no basquetebol seriam necessários investimentos volumosos para competir a um nível elevado.          

 

 

Tendo estado ligado às modalidades do Benfica, como as vê atualmente? Que acha em concreto da situação do Andebol?

 

O Benfica pode sustentar durante muitos anos uma posição de hegemonia nas modalidades. O Benfica tem feito um esforço significativo para manter as modalidades e sua competitividade. É curioso pensar que internamente e enquanto responsável pelas modalidades fui muitas das vezes acusado de despesista. A verdade é que hoje o Benfica gasta o dobro com as modalidades e os campeonatos são muito menos competitivos quando comparados com os tempos da minha gestão. Saúdo essa aposta.

 

O andebol teima em acertar o passo e parece ser a modalidade com mais dificuldade em atingir a hegemonia. O andebol tem a particularidade de contar com os três grandes e isso torna a competição mais acesa. Por outro lado, o FC Porto leva muitos anos de avanço no desenvolvimento desportivo de um modelo que assenta na formação e no desporto escolar. O FC Porto aumentou a sua massa crítica e tem uma fonte de jogadores inesgotável. Para isso contribui o seu diretor técnico que é o treinador mais qualificado em Portugal. O andebol tem uma forte penetração no desporto escolar. O rumo passa, na minha opinião, muito por aí mas é necessário aguardar pelos resultados.        

 

 

Como vê a perda de identidade da secção de futsal no que toca a um menor número de jogadores de topo portugueses, comparando com o passado (Ricardinho, Costinha, Arnaldo, Joel, etc)? Acha possível uma nova conquista portuguesa na UEFA Futsal Cup?

 

Uma geração de jogadores invulgares. O balneário mais forte que eu conheci. Nem sempre é possível fazer coincidir tanto talento português. O Benfica não foi capaz de assegurar uma transição que permitisse manter aquele perfil de talento português. Há duas explicações para isso: 1) saída prematura do André Lima que tinha todas as condições para gerir essa transição (o André tinha ideias claras sobre o que fazer e quando fazer) e 2) não foi feita uma aposta atempada na formação que permitisse alimentar a primeira equipa de uma forma sustentada. Creio que temos condições para vencer de novo a UEFA CUP.

   

 

Que modalidades faltam ao Benfica? Acha possível por exemplo o regresso ao ciclismo?

 

Na minha gestão recuperei o ciclismo através de um acordo com a João Lagos Sport. Fi-lo por considerar estratégico e porque o ciclismo foi crucial para a dimensão nacional do clube. Na altura o Benfica não tinha condições financeiras para suportar o custo de uma equipa. Foi necessário encontrar um parceiro. Infelizmente e já depois da minha saída a parceria caiu, creio que por razões financeiras que são públicas e que afetaram fortemente o nosso parceiro. O Benfica deveria procurar uma nova parceria uma vez que um orçamento mínimo para a modalidade deverá andar à volta de 3 milhões de euros no mínimo, isto com ambições internacionais. Se for apenas para correr nacionalmente, 1 milhão deve chegar. Para além do ciclismo, o Benfica devia reforçar aposta no rugby. Trata-se da modalidade, neste momento, com maior o crescimento a nível mundial (claramente a modalidade do século vinte e um) e com uma forte penetração nos jovens. Por outro lado, tem valores comportamentais que se enquadram no espírito do Benfica.

    

 

O Benfica sempre inovou muito em várias decisões e a sua participação em qualquer modalidade, faz logo com que ela tenha outra visibilidade. Acha que é altura de se criar uma equipa de futebol sénior feminino? 

 

Penso que sim. O Benfica tem uma responsabilidade desportiva que advém da sua dimensão. Veja-se a explosão verificada no futsal com a entrada do Benfica. Seria um impulso extraordinário para o futebol feminino. Passaria uma mensagem de diversidade e atrairia mais público e adeptos femininos.

 

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publicado às 20:49


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