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Análise ao Benfica vs Arouca

por R_9, em 25.01.16

 

Depois da vitória a meio da semana para a Taça CTT, no sábado foi dia do Benfica receber em casa no Arouca. Com a vitória, iríamos passar para primeiro lugar, já que o Sporting apenas jogava a seguir ao nosso jogo, colocando assim mais alguma pressão nos nossos adversários. Para este confronto, Rui Vitoria fez duas alterações ao 11 habitualmente titular nos últimos jogos do campeonato. O lesionado Fejsa deu lugar a Samaris, enquanto na frente de ataque tivemos Mitroglou a fazer dupla com Jonas, relegando Raúl para o banco de suplentes. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Samaris, Renato Sanches, Pizzi, Carcela, Jonas e Mitroglou. Foi esta a equipa inicial para defrontar o Arouca.

 

 

 

 

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publicado às 14:16

Análise a Alex Grimaldo

por R_9, em 29.12.15

 

Alejandro Grimaldo García é o novo reforço do Benfica. O lateral esquerdo chega do Barcelona B - onde era o capitão da equipa - assinando um contrato válido até 2021. O jovem jogador espanhol desde muito cedo deu nas vistas e foi falado no mundo do futebol. Foi no Valência que começou a dar os primeiros toques na bola, onde jogava a médio. Saiu depois em 2008 para o Barcelona, onde esteve até aos dias de hoje. Foi um autêntico saltador de etapas na equipa catalã, jogando sempre em escalões superiores ao que seria normal na sua idade. Por exemplo, estreou-se pelo Barcelona B a 4 de Setembro de 2011, quando ainda nem 16 anos tinha feito. A partir da temporada 2012/2013 começou a ser presença assídua na equipa B, mas em Janeiro de 2013 aparece uma grande contrariedade para a sua evolução. Em jogo contra o Hércules, tem uma lesão gravíssima - rotura do ligamento cruzado no joelho direito -, ficando assim muito tempo afastado dos relvados, voltando apenas já a meio da temporada 2013/2014. Depois de voltar, tem sido indiscutível da equipa B blaugrana, contabilizando até hoje 95 jogos pela equipa. Aos 16 anos, foi também Campeão Europeu Sub19, quando em 2012 a sua selecção venceu o Europeu na Estónia. Foi titular o torneio todo, sendo por exemplo, Bernat - que joga agora no Bayern - suplente. Ao seu lado, jogavam nomes como Deulofeu, Paco Alcácer, Jesé Rodriguez, Óliver Torres, Suso ou Saúl Ñíguez. Nessa prova, enfrentou a selecção de Portugal, que contava com André Gomes, João Mário, Bruma, Ivan Cavaleiro, João Cancelo ou Tiago Ilori. 

 

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publicado às 14:28

Análise ao Benfica vs Rio Ave

por R_9, em 21.12.15

 

Depois do empate a meio da semana na Madeira, o Benfica voltava a jogar em casa. Desta vez, foi o Rio Ave a visitar o Estádio da Luz. Para este jogo, Rui Vitória fez apenas uma alteração relativamente ao jogo anterior, entrando Samaris para o lugar de Fejsa. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Samaris, Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Pizzi, Jonas e Mitroglou.Foi esta a equipa titular escolhida pelo treinador do Benfica para este jogo.

 

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publicado às 19:48

Deixem jogar o Pedro

por R_9, em 11.12.15

 

 

Pedro Rodrigues é um dos jogadores que mais se tem destacado ao longo dos últimos anos nas camadas jovens do Benfica. É um jovem a quem eu reconheço muito talento e um potencial imenso para jogar ao mais alto nível. Está no seu último ano de júnior e tem alternado entre a equipa de juniores e a equipa B. Em nenhuma delas tem tido muitos minutos, jogando apenas em jogos mais complicados no Nacional de Juniores e na Youth League. Na equipa B não tem sido das principais apostas por parte de Hélder Cristovão.

 

É a médio defensivo que coloca todo o seu futebol em campo, podendo também jogar a 8 ou até a defesa central. Pedro não é um médio defensivo, digamos que, normal. Jogar com ele naquela zona do terreno, é como jogar ali com um número 10. Tem uma capacidade de passe, de visão e construção de jogo, de inteligência e de cultura táctica fora do normal. Descobre inúmeras linhas de passe onde poucos conseguem, construindo sempre o jogo com muita qualidade, procurando o espaço certo para receber e entregar. Tanto em passes longos como curtos, é muito bom e a bola sai sempre com qualidade do seu pé. Bate muito bem as bolas paradas e tem um bom pontapé de longe. No campo, anda sempre de cabeça levantada, procurando saber o posicionamento dos colegas e adversários para estar preparado quando receber a bola. Tem uma grande maturidade e assume o jogo, querendo sempre ter bola. 

 

Onde ele tem de melhorar é na agressividade quando não tem bola, ser mais forte na pressão e não ser tão macio. Ainda é aí que falha muito e sabemos bem como ainda se privilegia aqueles jogadores mais físicos e raçudos, em vez daqueles que mais podem dar no futuro através de tudo o que conseguem dar ao jogo. Caso não melhore nestas vertentes, irá ter muitas dificuldades a nível sénior. Ele só as melhorará se tiver tempo de jogo num contexto onde lhe sejam apresentadas mais dificuldades e os estímulos sejam diferentes. Nos juniores a pressão é muito pouca, assim como a diferença de qualidade é enorme, e ele irá sempre jogar de cadeirinha no meio-campo. Já na equipa B as coisas serão diferentes. Vai precisar de ser mais agressivo sem bola, ser mais intenso e assim melhorar.

 

Acho que é urgente que se arranje uma solução para o Pedro. Não pode continuar a ter tão poucos minutos de jogo, pois assim não irá evoluir e vai estagnar. Tem de ser opção na equipa B, sendo talvez a melhor solução emprestar Pawel e o Gilson deixar de ser solução para a equipa na frente do Pedro. O potencial dele é imenso e não é fácil arranjar um jogador com estas qualidades para aquela posição que cada vez é mais importante. É um jogador para uma equipa grande e que espero que evolua nas vertentes que lhe faltam, já que caso isso aconteça, daqui a uns anos será um jogador muito importante na equipa principal do Benfica.

 

 

Sair a jogar com qualidade, passando pelo adversário.

 

 

Receber a bola, rodar com ela e aguardar pela linha de passe que o avançado lhe vai dar na zona central do terreno.

 

 

Antes de receber a bola olhar para saber onde estão os adversários e assim entregar logo a tabela sem o jogador do Atlético chegar.

 

 

Encontrar os espaços ao meio em vez de colocar a bola na linha.

 

 

Três passes para o meio que, vistos assim, até parecem fáceis de fazer com qualidade e de descobrir a linha de passe.

 

 

Tem olhos a bola.

 

 

Inteligência em perceber que o lateral não estava e a recuar rapidamente para fechar o corredor.

 

 

Muito difícil que perca a bola nas saídas a jogar.

 

 

O jogo de estreia na equipa B, contra a Oliveirense.

 

 

Posto tudo isto, é urgente deixar jogar o Pedro.

 

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publicado às 21:00

 

Depois da vitória frente à Académica, o Benfica recebeu em casa o Atlético Madrid, naquele que era o último jogo do grupo C da Liga dos Campeões. Com o apuramento já garantido para ambas as equipas, o que estava em jogo era o primeiro lugar do grupo. Um empate ou vitória servia ao Benfica. Para este jogo, uma alteração na equipa que defrontou a Académica. Entrou Gonçalo Guedes e saiu Mitroglou. Gaitán juntou-se a Jonas na frente e Guedes ficou na ala esquerda. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Fejsa, Renato Sanches, Pizzi, Gonçalo Guedes, Gaitán e Jonas. Foi este o 11 inicial.

 

Os primeiros 10 minutos foram algo divididos. O Atlético pressionava algo alto, mas o Benfica conseguia trocar a bola entre os seus defesas e médios, sempre sem conseguir avançar muito com ela. Não havia perigo em nenhuma das balizas. Íamos conseguindo pressionar alto depois de perder a bola na frente, mas ao recuperar não se sabia o que fazer com a bola. Trocava-se muito, mas nada daí resultava.

 

Aos 18 minutos, golo bem anulado ao Atlético, já que Godín estava em fora de jogo. Poucos minutos depois, Júlio César evita por duas vezes o golo do Atlético, com boas intervenções. Depois é Lisandro com um grande corte a evitar o golo. A equipa espanhola estava agora por cima do jogo.

 

Num contra-ataque, o Benfica sai rápido e com algum perigo, mas Savić acaba por desarmar Pizzi. Pouco tempo depois, a equipa espanhola adianta-se no marcador por Saúl Ñíguez, depois de uma jogada bem conseguida. Através de um remate de fora da área, Guedes leva algum perigo à baliza de Oblak aos 38 minutos, mas a bola acaba por sair ao lado.

 

O Atlético dominava agora completamente o jogo e geria-o ao ritmo que mais lhe convinha. O Benfica apesar de estar a perder, estava mais recuado no terreno e a pressionar muito pouco. E foi com o Atlético a vencer por 0-1 que os primeiros 45 minutos acabaram.

 

 

A equipa de Rui Vitória não entrou mal no jogo. Tivemos ali bola e existia a preocupação de a recuperar alto no terreno quando ela era perdida em zonas adiantadas do campo. Não durou foi muito, já que a partir dos 20 minutos as linhas se baixaram. Escusado será dizer que com tanta posse de bola não criámos nada, mas isso não é de hoje. Está bem que era contra o Atlético Madrid, mas o Benfica não criou nenhum lance de grande perigo na primeira parte em posse. Depois com a pressão a ser feita pior, eles jogavam muito facilmente entre as nossas linhas e trocavam a bola como queriam e à velocidade que queriam.

 

Júlio César esteve bem como normalmente. Os laterais pouco atacaram e defensivamente passaram algumas dificuldades. Lisandro e Jardel estiveram bem, com destaque para Lisandro. Fejsa e Renato cumpriram o que lhes foi pedido. Nenhum deles se aventurou no ataque, mas isso penso que é o que está delineado por Rui Vitória.

 

Pizzi continuou com os seus movimentos que trazem algo à equipa, mas raramente foram servidos, tendo pouca bola no meio-campo ofensivo. Guedes tem estado a cair de produção e este foi mais um jogo onde isso se notou. Jonas procurou muito os espaços para receber, mas raramente foi solicitado e, quando o foi, depois não havia soluções. Gaitán foi tentando remar contra a maré mas esteve muito individualista e pouco ou nada de bom fez no ataque.

 

 

 

 

 

 

Um bom movimento da equipa com a bola a ser circulada rapidamente e a existirem movimentações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rui Vitória mexeu na equipa ao intervalo. Saiu Gonçalo Guedes  e entrou Mitroglou, indo Gaitán para a esquerda. Logo de entrada, o avançado grego tem uma boa oportunidade, mas a bola acaba por sair ao lado. Estes primeiros minutos não foram muito diferentes dos finais da primeira parte. O Atlético geria o jogo como queria, conseguindo trocar a bola sem grande pressão no meio-campo do Benfica. Quando não tinha a bola deixava jogar o Benfica, mas só até ao meio-campo, e depois não passávamos daí.

 

Aos 55 minutos, aparece o 0-2 no jogo. Boa jogada do Atlético e Vietto aparece a finalizar. Rui Vitória mexe pela segunda vez na equipa aos 61 minutos. Sai Jonas e entra Raúl. Com o golo, o Atlético baixou as linhas e deixou jogar mais o Benfica, mas não deixando a bola entrar em zonas perigosas. Era uma posse de bola consentida e em zonas mais recuadas do terreno.

 

Raúl remata de longe aos 63 minutos, mas Oblak segura a bola com facilidade. O Benfica não conseguia criar nada de nada. Ia-se trocando a bola quando a tínhamos, mas sem progredir com ela. O Atlético sempre que tinha posse conseguia avançar com ela no terreno, mesmo sem acelerar muito.

 

Quando pouco o fazia prever, o Benfica faz o 1-2 aos 75 minutos. Passe de Raúl para Mitroglou e o avançado grego a rodar bem sobre Godín e a fazer o golo. Logo a seguir, a terceira substituição no Benfica. Sai Gaitán e entra Carcela. Com o golo, a equipa empolgou-se. Renato Sanches remata de longe aos 78 minutos, mas a bola sai por cima.

 

O Atlético passava agora por dificuldades. O Benfica estava claramente por cima no jogo e conseguia encostar a equipa espanhola no último terço do terreno, recuperando logo a bola depois de a perder. Quase empatamos o jogo aos 85 minutos, mas o cabeceamento de Raúl sai um pouco ao lado.

 

Eliseu aos 87 minutos remata de longe, mas Oblak segura bem a bola. Pouco ou nada de mais importante aconteceu até ao final do jogo, acabando por ser 1-2 o resultado final.

 

 

Até ao golo do Benfica, esta segunda parte foi como aqueles 25 minutos finais da primeira. Como equipa, fomos muito fracos e não se conseguiu criar nada, sendo o domínio da posse de bola consentido pelo adversário que depois quando a recuperava a conseguia trocar e avançar no terreno sem grandes problemas. Com o golo de Mitroglou, a equipa ganhou uma nova alma.

 

A defesa continuou a ser o que tinha sido na primeira. Laterais a participarem pouco no jogo ofensivo. Os centrais estiveram bem, com destaque para Lisandro, que foi um dos melhores em campo. Fejsa continuou a sua tarefa de destruição no meio-campo, mas depois não consegue ajudar na construção quando temos bola. Renato esteve muito amarrado e recuado, mas por volta dos 60 minutos soltou-se.

 

Pizzi não apareceu tanto na segunda parte e ainda teve menos bola. Gaitán também pouco ou nada fez. Jonas continuou a procurar os espaços para receber mas quase nunca teve bola. Mitroglou veio dar outras coisas ao jogo do Benfica. Sozinho segura os dois centrais e depois dá muitos apoios. O golo foi muito bem trabalhado por ele. Raúl também não entrou mal e foi importante naquele forcing final. Carcela veio dar mais largura e irreverência ao ataque.

 

 

Bem trabalhado, mas Mitroglou atira ao lado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fácil a trocarem a bola entre as nossas linhas.

 

 

 

 

O golo de Mitroglou. Bom passe de Raúl e o avançado grego a rodar muito bem e a bater Oblak.

 

 

Grande remate de Renato Sanches que sai um pouco por cima da baliza.

 

 

 

 

Muito perto o Benfica de empatar, mas o cabeceamento de Raúl sai um pouco ao lado.

 

 

A equipa do Benfica não defrontou um adversário qualquer neste jogo, já que o Atlético tem uma grande equipa e são muitos fortes. No entanto, a exibição não me agradou muito. Já li por aí que dominámos o jogo porque tivemos mais bola e etc, mas quem dominou o jogo foi o Atlético, mesmo tendo menos bola e fazendo menos passes. Tirando os últimos 15 minutos, deram a bola ao Benfica quando quiserem, encostaram o Benfica quando achavam que deviam, o jogo foi jogado à velocidade que eles queriam, ou seja, iam gerindo os momentos do jogo como mais lhes convinha ou estava delineado. Esse é um dos problemas do Benfica. Não sabemos gerir os momentos do jogo.

 

Mais uma vez, tivemos muita posse de bola, mas a equipa não conseguiu criar nada com ela. Alguns jogadores ainda aparecem a dar linhas de passes, mas invariavelmente elas não são servidas. E isso não é de agora. Os jogos são os reflexos dos treinos e se a equipa não coloca aí as bolas, por alguma razão é. Não há estimulo nem confiança para tal. A pressão, tirando aqueles 15 minutos iniciais, foi fraca. O Atlético tem qualidade mas a facilidade como eles trocavam a bola no nosso meio-campo era inacreditável. 

 

Os médios estiveram muito amarrados. Continuamos a atacar com poucos. Foram inúmeras as vezes que dois ou três jogadores nossos apareceram rodeados por 6, 7, 8 ou mesmo 9 adversários. Continuamos a reagir mal à perda da bola. Não percebo porque se pressiona alto durante 15 minutos e depois se baixam logo as linhas. Para este jogo, a estratégia foi a mesma de Braga, mas este adversário era bem mais forte. Entrar bem, a pressionar e a aguardar por um golo. Como ele não apareceu, a equipa deixa de ter soluções para criar algo, aguardando sempre que alguém resolva individualmente.

 

Aqueles 15 minutos finais foram bastante intensos, mas aconteceram mais devido a jogar-se com o coração de com a cabeça. É a magia do futebol. O Benfica empolgou-se com o golo e foi para cima do Atlético, mas mesmo assim denotou-se a falta de ideias da equipa que depositou a esperança do golo do empate nos movimentos de trás para a frente de um miúdo que tem, com este, 3 jogos na equipa principal. O único lance de perigo foi originado por um cruzamento da esquerda de Carcela, surgindo Raúl a cabecear ligeiramente ao lado.

 

O objectivo foi cumprido, passar de grupo, e Rui Vitória está claramente de parabéns. Fica é um sabor um pouco amargo por não ter sido conseguido o primeiro lugar, que esteve ali mesmo à mão de semear. Não se pode é tentar mascarar a má época até ao momento com este apuramento, independentemente do que aconteceu em anos anteriores. Já são demasiadas derrotas e a equipa continua sem evoluir praticamente nada desde que a época começou e isso não é apenas uma questão de falta de qualidade no plantel. Já se coloca em causa a qualidade dos melhores jogadores e já se começa a dizer que nenhum presta, não se percebendo que o problema é o colectivo e a falta de muitas coisas da equipa em campo.

 

Vamos ver o que nos reservam os próximos jogos.

 

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publicado às 22:04

Análise ao Benfica vs Académica

por R_9, em 05.12.15

 

 

Depois de quase um mês sem jogar no Estádio da Luz, o Benfica voltou a casa. O adversário foi a Académica e para este jogo Rui Vitória fez apenas uma alteração na equipa titular que tinha defrontado o SC Braga. Saiu Gonçalo Guedes e entrou Jonas, voltando Gaitán para a esquerda e Jonas para jogar no seu posto habitual. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Fejsa, Renato Sanches, Pizzi, Gaitán, Jonas e Mitroglou.

 

Como era esperado, a Académica veio ao Estádio da Luz defender com as linhas muito baixas e dar a iniciativa de jogo ao Benfica, não fazendo qualquer tipo de pressão alta. Os primeiros 15 minutos de jogo demonstraram isso mesmo. Benfica com muita posse de bola, a trocar em zonas recuadas do terreno, mas sem conseguir entrar com ela na muralha defensiva da briosa. Poucas vezes chegámos com perigo à baliza contrária e nenhuma delas com perigo.

 

O primeiro lance de perigo aparece aos 16 minutos. Recuperação de Renato que entrega em Pizzi, mas o médio atira por cima da baliza. Aos 24 minutos aparece a primeira boa jogada do Benfica. Combinação entre Jonas e Pizzi, mas o remate do médio sai à figura do guarda-redes. Voltamos a chegar com algum perigo à baliza da Académica pouco depois. Primeiro é Jonas num contra-ataque, depois é André Almeida com um remate de longe.

 

O jogo continuava muito chato e com poucos motivos de interesse. O Benfica pressionava um pouco mais, mas nada retirava disso. Depois, ofensivamente, as coisas continuavam muito sofríveis, com pouco ou nada a ser criado. Posse de bola era feita de uma forma muito lenta e com pouco dinamismo. Num lance um pouco caricato, o Benfica tem a seu dispor uma grande penalidade aos 35 minutos. Jonas não perdoa e faz o 1-0.

 

Pouco aconteceu de interessante  depois do golo e o jogo acabou por chegar ao intervalo com o Benfica a vencer por 1-0.

 

 

Esta foi uma primeira parte sem grande interesse. A Académica veio jogar com o autocarro, e o Benfica pouco de bom fez para contrariar isso. Não mostrámos quase nada ofensivamente, tivemos uma posse de bola com pouca dinâmica, criaram-se poucas linhas de passe, muita lentidão em campo e assim era difícil ultrapassar as linhas adversárias. Os dois médios jogaram muito recuados e a par, e pouco participaram no momento ofensivo, o que ajudou a piorar ainda mais a situação.

 

Júlio César foi um espectador durante os primeiros 45 minutos, assim como a defesa quase toda. Pouco ou nenhum trabalho defensivo tiveram. Os laterais também participaram pouco no jogo ofensivo da equipa e raramente subiram no flanco. Sobre Renato e Fejsa foi o que já disse. Estiveram muito recuados e nenhum deles a subir para tentar o desequilíbrio. Muitas vezes a par em cima da linha de meio-campo, o que ainda dificultou mais as coisas.

 

Pizzi continuou a apresentar um bom nível como nos jogo anteriores. Muitos movimentos interiores e a procurar espaços para ter bola. Gaitán no um para um continuou a mostrar que é muito forte, mas também sem brilhar muito. Jonas teve dificuldade em ter bola, já que a zona dele estava muito marcada. Mitroglou praticamente não tocou na bola, nem teve nenhuma oportunidade para fazer golo.

 

 

Bem jogado com Jonas a receber entre linhas, entregando depois a Pizzi. O cruzamento é que acaba por sair mal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A melhor jogada do Benfica na primeira parte. Jonas deixa com qualidade para Pizzi, que remata depois para defesa do guarda-redes da Académica. Mitroglou estava sozinho, mas o passe era difícil.

 

 

 

 

 

 

Deixa algumas dúvidas.

 

 

O penalti convertido por Jonas.

 

 

Para a 2ª parte, nenhuma alteração na equipa. Nos primeiros minutos da segunda parte a Académica tentou mostrar algo mais do que tinha feito na primeira - também não era difícil -, mas foi por pouco tempo. O Benfica rapidamente voltou a dominar o jogo e a Académica voltou a baixar as suas linhas. Renato adiantou-se mais no terreno, deixando de estar tão recuado. 

 

O jogo continuava a ser o que tinha sido durante os primeiros 45 minutos, com pouco a mudar no que se via em campo. Aos 66 minutos a Académica chega com algum perigo à baliza do Benfica, mas Jardel consegue cortar a bola. Logo a seguir a este lance, a primeira alteração no Benfica. Sai Fejsa e entra Samaris.

 

O segundo golo do Benfica aparece aos 70 minutos. Jonas volta a marcar de grande penalidade, depois de um corte com o braço de um jogador da Académica na área. A segunda substituição no Benfica acontece aos 74 minutos. Sai Pizzi e entra Gonçalo Guedes.

 

O jogo foi ficando partido com o passar dos minutos. A Académica tentava esticar um pouco mais, mas a ocupação dos espaços já era bem menos eficiente, e o Benfica tinha mais espaço para jogar e sair em contra-ataques rápidos. Num desses lances, Mitroglou atira à figura do guarda-redes, depois de passe de Gaitán.

 

A última substituição acontece aos 80 minutos. Sai Mitroglou e entra Carcela. Gaitán foi colocar-se junto a Jonas no ataque, ficando Carcela e Guedes com as alas. O jogo caminhava tranquilamente para o final até que aos 85 minutos aparece o momento da noite. Renato enche-se de fé e num magnifico pontapé levanta o Estádio da Luz com um fantástico golo. Brilhante golo do menino.

 

Até ao fim do jogo, apenas a Académica no último lance criou perigo depois de um livre lateral e o Benfica chegou algumas vezes com a bola na frente, não tomando a melhor opção no passe final. O resultado final foi de 3-0 e o Benfica conquistava a sua quarta vitória seguida no campeonato.

 

 

Esta segunda parte não foi muito diferente da primeira no nível de futebol jogado. O Benfica melhorou um pouco com a subida no terreno de Renato Sanches, mas mesmo assim nada que entusiasmasse muito quem assistia ao jogo. Continuou a lentidão, a falta de dinâmica e o processo ofensivo com muitas debilidades. 

 

A defesa foi mais do mesmo. Ainda tiveram ali um ou outro lance para cortar, mas estiveram bem e não facilitaram. André Almeida envolveu-se mais no jogo ofensivo da equipa nesta segunda parte, assim como Eliseu, mas pouco resultou daí, já que depois a opção final era quase sempre a pior. Fejsa mostrou as normais debilidades quando em jogos como este tem de participar mais nas tarefas de construção de jogo. Renato subiu de produção com o adiantamento no terreno. Deu mais soluções de passe, mais dinâmica e pressionou um pouco mais alto. O golo é sublime. Digno do que ele é. Um prodígio. 

 

No quarteto ofensivo pouco mudou, continuando a ser o que foram na primeira parte. Mitroglou teve muito pouca bola, fruto do jogo ofensivo mau que a equipa teve. Samaris entrou para dar mais força ao meio-campo e dar um pouco mais de acutilância, apesar de não ser um prodígio técnico, acaba por construir melhor que Fejsa. Guedes entrou com vontade, mas tomou algumas más decisões. Carcela abanou um pouco aqueles 10 minutos finais, mostrando que se calhar merece mais minutos do que aqueles que tem tido.

 

 

 

 

 

 

 

 

Grande arrancada de Renato Sanches, mas depois o passe sai mal.

 

 

Lisandro batido no um para um e Fejsa com uma abordagem ridícula ao lance, deixando ainda o espaço central aberto. Valeu Jardel a fechar bem e a cortar a bola.

 

 

 

 

O 2-0.

 

 

Bem jogado, com Eliseu a fazer uma boa movimentação, mas o cruzamento depois sai mal.

 

 

 

 

 

 

 

 

Para guardar.

 

 

A Académica veio jogar bastante recuada no terreno, mas mesmo assim exigia-se mais futebol ao Benfica. O jogo ofensivo da equipa continua muito fraco e com poucas soluções para ultrapassar as dificuldades que estas equipas lhe colocam. A equipa cada vez dá mais a ideia de que é sem bola que se sente mais confortável. Ou seja, naqueles jogos em que damos mais a iniciativa ao adversário, as coisas parecem melhores. Quando temos de assumir e jogar à Benfica, estamos sempre a aguardar que uma das individualidades resolva, porque trabalhado aparece muito pouco.

 

Rui Vitória mexeu bem ao subir Renato no terreno, pois aí as coisas melhoram, já que ele consegue sozinho dar muitas coisas que faltam ao jogo ofensivo da equipa. A defesa tem estado bem e há alguns bons movimentos para envolver os laterais no jogo ofensivo em determinadas situações de jogo. Vamos ver se é para continuar. São precisos mais apoios, mais linhas de passe e acho que a equipa está muitas vezes demasiado aberta no campo. Os avançados têm pouca bola e é difícil para eles fazer algo quando lhes chega jogo ofensivo. Os movimentos de Pizzi têm sido bastante bons, e a equipa pode tirar muitas vantagens do novo posicionamento dele em campo.

 

Faltam jogadores importantes e que com a sua qualidade vão dar mais a esta equipa, mas não serão eles por si a resolver, é preciso que a equipa renda mais. São importantes estas quatro vitórias seguidas no campeonato, numa altura em que a equipa não tem margem de erro. 

 

Não há muito mais a dizer nem para ser analisado. Vem aí um jogo difícil na terça-feira e espero ver o Benfica passar no primeiro lugar do grupo.

 

Ps: Como este jogo não deu grande matéria para ser analisada como praticamente todos até agora, deixo o convite aos leitores do Eu Visto de Vermelho e Branco para passarem no outro blogue de alguns de nós e que é menos conhecido. Se gostam destas análises, também gostarão daquelas. São mais viradas para o futebol internacional e por exemplo encontrarão a análise à equipa que hoje vergou o Bayern de Pep Guardiola. 

 

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publicado às 18:58

Análise ao Astana vs Benfica

por R_9, em 26.11.15

 

 

Depois da eliminação da Taça de Portugal, o Benfica defrontou o Astana na 5ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões. Rui Vitória fez algumas alterações em relação à equipa que tinha defrontado o Sporting no último sábado. Lisandro substituiu o lesionado Luisão no centro da defesa, Renato Sanches foi pela primeira vez titular no lugar de Talisca e Jonas e Raúl formaram a dupla de avançados. Júlio César, Sílvio, Lisandro, Jardel, Eliseu, Samaris, Renato Sanches, Pizzi, Gonçalo Guedes, Jonas e Raúl. Foi a equipa titular para este jogo.

 

Os primeiros 15 minutos foram bastante divididos, apesar de existir alguma superioridade do Benfica na posse de bola. Chegámos algumas vezes perto da baliza contrária, tivemos alguns cantos, mas não foi criado perigo. O Astana também não conseguiu incomodar Júlio César, estando a procurar mais as saídas rápidas para o ataque.

 

Perto dos 18 minutos, a equipa da casa cria um lance de perigo. Um minuto depois, adiantam-se no marcador, num lance de contra-ataque. A equipa sentiu o golo e nos minutos seguintes já se notava bastante nervosismo. Raramente conseguimos chegar à área adversária e perdíamos muitas bolas.

 

Aos 31 minutos e depois de um livre lateral, o Astana faz o 2-0 no jogo num lance em que existe fora de jogo. Pouco depois, Pizzi tem um bom remate de fora da área, mas o guarda-redes adversário defende bem. A equipa do Benfica reagiu melhor a este golo que ao primeiro que sofreu e esteve nos minutos seguintes por cima do jogo, com o Astana a baixar as linhas.

 

O Benfica faz o 2-1 aos 40 minutos, por intermédio de Raúl. Sílvio marca rápido o lançamento, Jonas cruza e o avançado mexicano marca com uma bela cabeçada. Tirando o lance ridículo de Lisandro que lhe valeu o amarelo e um remate de longe do Astana que levou algum perigo, pouco mais aconteceu até ao fim dos primeiros 45 minutos. O Astana foi para o intervalo a vencer por 2-1.

 

 

Esta foi uma primeira parte com um futebol fraco por parte do Benfica. A defesa esteve pior, sentindo a falta de Luisão. Dificuldades na linha defensiva, no controlo da profundidade e de ocupação dos espaços - jogaram também muito baixos no terreno. Continuamos com dificuldades em criar algo quando temos a bola no ataque, onde raramente se consegue um desequilíbrio e abusamos nos cruzamentos de longe. As saídas a jogar continuam sofríveis. Basta um pequeno aperto adversário - ou às vezes nem isso - e lá vai um charuto para a frente.

 

Os laterais tiveram pouco em jogo, perdendo muitas bolas. Eliseu abusou no pontapé para a frente nas saídas a jogar e Sílvio ainda não percebeu que todas as bolas que recebe não têm de ser cruzadas para a área. Jardel também teve algumas dificuldades no posicionamento e com as movimentações dos avançados. Lisandro, é uma velha luta minha. Foi mais do mesmo. Os erros que comete em campo, são os mesmos que cometia no inicio de época quando toda a gente o elogiava - coisa que nunca cheguei a perceber. É um central péssimo no posicionamento, em perceber o que é o jogo, na tomada de decisão e com um grau de inteligência em campo que roça o ridículo. É bom no desarme e é o que lhe vale muitas vezes para compensar.

 

Samaris foi o que tem sido habitual. Muita luta e disponibilidade, mas continua a correr muito para onde não precisa. Tem definitivamente de perceber que espaços ocupar e quando é que deve ir e não ir à bola. No passe continua sofrível. Renato esteve algo nervoso e as coisas a não saírem tão bem como desejaria e como ele sabe. No entanto, é logo outra loiça com ele em campo. 

 

Pizzi fez uma primeira parte interessante, com muitos movimentos bons para ter bola. Guedes esteve mal na primeira parte, com algumas más decisões. Jonas procurou os espaços entre linhas mas já se sabe como é quando joga Raúl. Por vezes andam os dois no mesmo espaço na procura da bola. Raúl marcou um belo golo de cabeça, num dos seus melhores atributos. Sentem muito a falta de ter bola com qualidade na frente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bem jogado na saída para o ataque mas depois o passe de Pizzi sai mal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muito forte Renato a recuperar a bola e a progredir em velocidade com ela controlada. Depois o passe acaba por sair mal.

 

 

O primeiro golo do Benfica. Sílvio marca rápido o lançamento e Jonas cruza para Raúl que tem apenas um defesa junto a ele. Numa grande cabeçada, o avançado mexicano marca um belo golo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 Faltam-me as palavras.

 

 

 

 

 

 

Para a 2ª parte, nenhuma substituição na equipa. Aos 47 minutos de jogo, fantástica arrancada de Renato Sanches com bola, colocando depois em Gonçalo Guedes que permite a defesa ao guarda-redes adversário.

 

Se a primeira parte já foi bastante mal jogada, estes primeiros 15 minutos da segunda ainda foram piores. Péssimo futebol em campo e a existirem ainda menos - ou nenhumas - jogadas com pés e cabeça. Aos 60 minutos Jonas remata de primeira ao lado, levando algum perigo à baliza adversária. Um minuto depois, é Júlio César que evita o 3-1, com uma bela defesa.

 

Aos 64 minutos duas substituições na equipa do Benfica. Sai o lesionado Sílvio e entra André Almeida. Talisca também entra em jogo, saindo Samaris. O médio brasileiro foi colocar-se no meio-campo, junto a Renato Sanches. Júlio César volta a negar o 3-1 ao Astana, depois de mais um contra-ataque da equipa da casa, precedido de mais uma perda de bola do Benfica. A equipa ia perdendo muitas bolas e continuava sem conseguir chegar à baliza adversária com perigo.

 

Quando pouco ou nada o fazia prever, o Benfica empata o jogo aos 72 minutos, depois de uma bela jogada de ataque finalizada por Raúl com o pé direito. A equipa do Astana já estava sem forças, não conseguindo sair para o contra-ataque. O Benfica baixou ainda mais o ritmo de jogo, abdicando quase de atacar, apenas trocando a bola entre os seus médios e defesas. A terceira substituição acontece aos 80 minutos, com a saída de Jonas e a entrada de Cristante.

 

Com a entrada do médio italiano, Renato voltou a subir no terreno, sendo o 8 da equipa. Talisca foi colocar-se no apoio a Raúl, na frente de ataque. Talisca remata de longe aos 85 minutos, mas o guarda-redes do Astana defende com facilidade.

 

O jogo foi-se arrastando para o final, sem nada de interessante acontecer. Astana já sem forças para atacar e a equipa do Benfica a preferir guardar a bola e a não atacar. Pouco depois, o apito final, com 2-2 no marcador.

 

 

A 2ª parte não foi muito diferente da primeira. Tudo bastante lento, com más decisões e demasiado pontapé para a frente. E até havia espaço para muito mais e melhor, que o Astana é bem fraco - sim, sei que não perdeu em casa - e cedeu fisicamente. Salvou-se a muito boa jogada do golo, a arrancada de Renato Sanches e pouco mais.

 

A defesa continuou com falhas, mas nesta 2ª parte o Astana já não criou tanto perigo. Samaris saiu cedo na 2ª parte, nota-se muito desgaste nele e estava também a falhar muitos passes. Renato desceu de produção quando passou a ser o 6 da equipa, deixando de ser o motor que a equipa precisa. 

 

Gonçalo Guedes continuou a não fazer um grande jogo, estando bem abaixo das suas capacidades. Pizzi fez um dos melhores jogos de águia ao peito, sendo um dos melhores jogadores da equipa. Jonas demonstrou o que é no lance do 2-2, conseguindo pensar toda aquela jogada. É um jogador fantástico. Raúl marcou mais um golo nesta 2ª parte, aparecendo bem a finalizar, mas continua com a dificuldade de saber onde deve e não deve estar.

 

Talisca entrou pessimamente no jogo. André Almeida não comprometeu e fez mesmo a assistência para o segundo golo. Cristante deu segurança no passe nos 10 minutos que jogou.

 

 

 

 

Há quanto tempo não se via uma arrancada destas num jogo do Benfica?

 

 

 

 

Samaris esteve muito mal no passe.

 

 

Muito forte Renato a recuperar defensivamente e a roubar a bola, mas depois precipita-se no passe. Que diferença enorme na velocidade a que recupera entre ele e os outros todos.

 

 

 

 

Foi assim que Talisca entrou em campo.

 

 

Boa saída para o contra-ataque, mas Gonçalo Guedes adianta a bola em demasia.

 

 

O golo do empate. Brilhante jogada em que Jonas dá um recital. Incrível como ele se vai movimentando e pensando toda a jogada. Bom cruzamento atrasado de André Almeida e Raúl finaliza para o fundo das redes.

 

 

 

 

 

 

Em primeiro lugar, dar os parabéns a Rui Vitória por esta classificação. Foi uma boa primeira fase que o Benfica fez e que espero que seja culminada com o primeiro lugar do grupo. Sou da opinião que é na Liga dos Campeões que o Benfica tem de se mostrar sempre. Na Europa dos grandes, onde teve ao longo da sua história inúmeros momentos de glória. 

 

Quanto a este jogo, foi mais do mesmo. Um futebol fraco e com os problemas de sempre que se têm falado por aqui. Tirando o lance do segundo golo, não conseguimos criar grande perigo em ataque continuado. Sei que o terreno não facilitava e que os jogadores não estão habituados, mas mesmo assim exige-se mais futebol. Continuamos a abusar dos cruzamentos para a área. Sim, marcámos dois golos através de cruzamentos, mas um nasce de um lançamento rápido e outro de uma bela jogada onde depois aparece o lateral a cruzar bem. O que normalmente acontece é que a bola entra no lateral no meio do meio-campo adversário e procuramos logo o cruzamento. São lances com uma % de sucesso muito baixa. Não percebo.

 

A equipa precisa de melhorar defensivamente e nas transições, mas isso não é de agora. Em praticamente todos os contra-ataques o Astana conseguia criar perigo.Não percebi a entrada de Talisca para 8 e o recuo de Renato para 6, já que não é aí que ele mais rende. Gostei de ver Cristante a ter minutos, vamos ver se é para continuar. Já Talisca, não entendo. Também não gostei de ver a equipa durante os 15 minutos finais a trocar apenas a bola e sem ter qualquer preocupação em atacar a baliza contrária.

 

Como esperado, a entrada de Renato trouxe muita coisa que falta à equipa. Intensidade nas transições, progressão com bola, capacidade de pressão, procura de outros espaços para receber a bola. Ainda falhou muitos passes e tem de melhorar essa vertente, mas a qualidade é imensa. Caso tudo corra como normal, não sai mais da equipa. É o melhor 8 do plantel, e não é de hoje.

 

Vem aí um jogo bem difícil em Braga e onde somos obrigados a vencer. Não há outro caminho.

 

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publicado às 20:06

Impulso ou planeamento?

por R_9, em 18.11.15

 

Infelizmente, são várias as coisas que me têm desiludido no trabalho de Rui Vitória no Benfica. Não entrando hoje no campo do futebol praticado pela equipa ou pelas ideias - falta delas -, vou falar da forma como as escolhas dos jogadores têm sido feitas na equipa principal. 

 

A equipa do Benfica disputou 5 jogos amigáveis antes do primeiro jogo oficial. Foi uma pré-época algo atribulada e mal planeada. Equipa em constantes viagens, a jogar em condições que não a favorecem em nada, horários completamente diferentes dos de Portugal, muito tempo sem jogos e depois outros todos seguidos, entre outras coisas. Mesmo assim, nestes jogos dava para ir preparando a equipa e os jogadores com vista aos jogos que se avizinhavam. E claro, ter as ideias de quem contava ou não contava para a equipa. 

 

No jogo da Supertaça contra o Sporting, Rui Vitória apresentou algumas novidades na equipa titular que, mediante o que tinha sido a pré-época, pouco o faziam prever. Nélson Semedo foi o titular na lateral direita - nada contra ele ser titular -, mas durante a pré-época, em 5 jogos, fez apenas um a titular e outro em que jogou meia hora. Faz pouco sentido não dar mais minutos a um jogador que poderia ser titular e dar-lhe mais oportunidades nos jogos amigáveis. Assim, lançou-se o jogador da forma errada. Ola John também foi titular nesse jogo, mas durante a pré-época fez apenas um jogo a titular - saindo ao intervalo -, entrou depois em 3 deles na 2ª parte e no último nem jogou. Talisca jogou no apoio ao avançado, onde apenas tinha jogado uma vez nos jogos amigáveis. Jonathan que tinha somado vários minutos nem entrou, e Gonçalo Guedes que jogou 58 minutos em 5 jogos, foi uma das opções a sair do banco.

 

Na 1ª jornada da Liga NOS, continuamos com Ola John a titular. Talisca passa para o banco e Gonçalo Guedes volta a ser suplente utilizado. Samaris passa de um dos jogadores mais utilizados para o de nem do banco sair. Porém, entra aqui uma nova variante na equação - Victor Andrade. O extremo brasileiro que nem a pré-época tinha feito com a equipa principal, é o primeiro a ser chamado para entrar no jogo na 2ª parte. Segue-se o jogo contra o Arouca. Samaris volta para a equipa titular e Fejsa que tinha sido titular nos dois jogos oficiais da temporada, nem do banco sai. Ola John continua a titular, mas sai ao intervalo, entrando Victor Andrade para o seu lugar. Gonçalo Guedes passa de suplente utilizado nos dois jogos anteriores para nem no banco estar.

 

Na 3ª jornada da Liga NOS recebemos em casa o Moreirense. Victor Andrade é titular pela primeira vez, mas sai ao intervalo para entrar Gonçalo Guedes - o tal que nem no banco tinha estado no jogo anterior. Ola John não sai do banco de suplentes, enquanto Carcela nem no banco está, depois de ter sido uma das opções no jogo anterior. Na 4ª jornada, o Benfica tem a melhor exibição da época. Quanto à equipa, temos Gonçalo Guedes a titular, Ola John que tinha sido titular em 3 dos 4 jogos oficiais, é emprestado(?) ao Reading, Victor Andrade não sai do banco e é Nuno Santos que até então nunca tinha sido opção que entra no jogo. Entretanto, Talisca é titular depois de 3 jogos no banco.

 

No jogo seguinte, recebemos o Astana e não há nada a assinalar. Na 5ª jornada do campeonato, o Benfica desloca-se ao Estádio do Dragão. André Almeida é titular depois de ter 0 minutos oficiais na época. Victor Andrade já nem ao banco vai, voltando para a equipa B. Até chegar a paragem para as selecções, defrontámos o Paços de Ferreira em casa e o Atlético de Madrid fora de casa, não havendo grandes mudanças a assinalar.

 

O primeiro jogo depois da paragem é contra o Vianense para a Taça de Portugal. Como é natural, existiram várias mexidas. Sílvio é titular do lado direito, já que Nélson Semedo se lesionou na Selecção Nacional. Carcela joga a titular, assim como Nuno Santos. Quem volta é Victor Andrade, que depois de nem convocado ser na equipa principal e estar a jogar na equipa B, é o primeiro a sair do banco. No jogo seguinte, a equipa desloca-se à Turquia para defrontar o Galatasaray. Nuno Santos e Carcela que tiveram a oportunidade de se mostrar contra o Vianense e que não estiveram mal, nem no banco estão. Já Victor Andrade volta a ser opção, entrando na 2ª parte.

 

No jogo seguinte recebemos o Sporting para o campeonato. O jogo como todos sabemos corre mal. Eliseu sai ao intervalo, Victor Andrade não sai do banco e Carcela nem na ficha de jogo aparece. Depois da derrota, mais uma revolução contra o Tondela. Eliseu passa de titular para a bancada. Talisca que andava a nem sair do banco, é titular. Sílvio passa para a esquerda da defesa, enquanto André Almeida vai de titular desde o jogo conta o Porto para suplente. Victor Andrade já desapareceu da equipa mais uma vez, voltando agora Carcela, que é um dos suplentes utilizados. O mais incrível neste jogo, é a chamada de Clésio para a convocatória. Se já estar convocado era algo surpreendente e chocante, então ser titular a lateral direito ainda foi mais. Falamos de um jogador que é extremo/avançado e que nem na equipa B jogava com o mínimo de regularidade. Inacreditável.

 

No jogo seguinte, recebemos em casa o Galatasaray na 4ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões. Clésio não pode ser convocado, já que nem inscrito na Liga dos Campeões estava. Eliseu volta da bancada para ser titular, voltando Sílvio para a lateral direita da defesa. André Almeida é titular no lugar do castigado Samaris - decisão natural e compreensível. Carcela volta a ter oportunidade de entrar. No último jogo realizado, recebemos o Boavista em casa na 10ª jornada do campeonato. André Almeida dá naturalmente o lugar de volta a Samaris e Carcela é novamente suplente utilizado. Clésio, o tal que na última jornada da Liga foi titular na equipa principal, é durante este fim-de-semana suplente de um outro jogador adaptado a lateral na equipa B – sem palavras. Nuno Santos nunca mais apareceu depois do jogo contra o Vianense.

 

Não consigo perceber esta constante rotatividade ou o que lhe queiram chamar. Isto é o felling do momento e o decidir por impulso ou o fruto do trabalho continuado ao longo das semanas e o planeamento? Parece-me naturalmente o impulso e o feeling do momento. Claro que não estou a defender que joguem sempre os mesmos, que não existam mudanças ou rotatividade na equipa, mas elas têm de ser feitas com o mínimo de critério. É que vemos alguns jogadores a aparecerem e desapareceram sem se perceber o porquê, depois para outros há oportunidades e paciência, enquanto que alguns nem sabem o que isso é. O plantel não é o melhor, mas continuar com esta política de escolhas ainda faz com que a equipa esteja mais instável.

 

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publicado às 12:35

Análise ao Benfica vs Boavista

por R_9, em 09.11.15

 

Depois da vitória na Liga dos Campeões, o Benfica recebeu em casa o Boavista, em jogo a contar para a 10ª jornada da Liga NOS. No comando técnico dos axadrezados está Petit, um velho conhecido do Estádio da Luz. Para este jogo, apenas uma alteração relativamente ao último 11 apresentado. Regressou Samaris e saiu André Almeida. Júlio César, Sílvio, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, Talisca, Gonçalo Guedes, Nico Gaitán, Jonas e Raúl. Foi esta a equipa titular do Benfica.

 

Os primeiros 15 minutos de jogo foram pouco interessantes. Muita circulação de bola do Benfica, mas muita lentidão e pouca ou nenhuma dinâmica. O único lance de algum perigo acabou por ser um remate de longe de Sílvio após um canto. Aos 18 minutos, temos um livre perigoso mesmo na entrada da área, mas Jonas atira contra a barreira.

 

O Boavista tentava defender atrás, apenas fazendo um pouco mais de pressão quando a bola entrava no seu meio-campo, tentando recuperar e sair em contra-ataque. Com o passar dos minutos, o jogo pouco mudava, com o Benfica a ter quase a posse de bola toda, mas sem em momento nenhum criar qualquer desequilíbrio ou quebrar a barreira defensiva adversária com o seu jogo ofensivo.

 

Era desesperante o que se passava em campo. Nem um lance de perigo se via. Tudo era feito de uma forma lenta e previsível. Quando nada o fazia prever, o Benfica faz o 1-0. Gaitán faz um cruzamento atrasado e Gonçalo Guedes aparece na entrada da área a inaugurar o marcador com um belo remate.

 

Até o árbitro apitar para o intervalo, mais nada de importante aconteceu e o Benfica vencia por 1-0 ao fim dos primeiros 45 minutos.

 

 

Esta foi uma má 1ª parte. Muita posse de bola - bastante consentida pelo adversário - e sem nada resultar dela. Tivemos mais de 70% de posse de bola e nem um lance de grande perigo criámos. O golo nasceu da continuação de um lance de bola parada, porque entrar com ela jogável na defesa do Boavista, não se conseguiu. Tudo muito lento, muito previsível, sem dinâmica, sem velocidade, sem tudo. O Boavista não atacou praticamente nenhuma vez na 1ª parte e mesmo assim os lances de perigo em ambas as balizas foram quase os mesmos - nenhuns. 

 

Não se pode dizer grande coisa da defesa. Não tiveram praticamente trabalho nenhum. Os laterais também pouco deram ofensivamente à equipa. Samaris e Talisca também muito apáticos. O grego sempre mais activo na recuperação da bola, já Talisca voltou a ser o que nos tem habituado nos últimos largos meses. Nem para a frente nem para trás.

 

Gonçalo Guedes marcou um belo golo. Gaitán é o único que imprime dinâmica e velocidade na equipa. É bola nele e ele que tente resolver os problemas. Jonas também não esteve bem e Petit sabe a importância que ele tem. Colocou um jogador sempre perto dele para não o deixar jogar e o Benfica teve muitos problemas com isso. Raúl foi mais do mesmo. Tem corrido muito, lutado muito, mas depois tudo espremido não dá em nada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O golo de Gonçalo Guedes.

 

 

 

 

Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez nenhuma alteração. A equipa não entrou muito bem, ou melhor, entrou como tinha estado durante os primeiros 45 minutos. No reatar do jogo, apareceu um Boavista mais pressionante e o Benfica tinha ainda mais dificuldades em chegar com a bola ao ataque.

 

Não foi de estranhar que aos 55 minutos Rui Vitória fizesse a primeira alteração na equipa. Saiu Raúl e entrou Mitroglou. Por incrível que pareça, o jogo ainda estava tão mau ou pior que na 1ª parte. Tudo lento, sem dinâmica, sem vontade. Não se via nada em campo, até que aos 61 minutos aparece Jonas a atirar ao poste, depois de um belo remate de fora da área.

 

Com a entrada de Mitroglou, Jonas ficou mais solto. Gonçalo Guedes após iniciativa individual, cria um lance de perigo aos 71 minutos, mas quando podia ter tentado o remate, procurou a assistência e o lance perdeu-se.

 

Aos 79 minutos e na cobrança de um livre, Talisca atira ao poste, depois da bola ter sido desviada na barreira. A segunda substituição no Benfica acontece pouco depois do livre, com a saída de Jonas e a entrada de Carcela. O marroquino foi colocar-se do lado direito do ataque, com Gonçalo Guedes a ir para a esquerda e Gaitán a ser o apoio de Mitroglou.

 

O jogo caminhava tranquilamente para o final, sem nada de grande destaque acontecer. Porém, o golo da tranquilidade aparece aos 88 minutos. Jardel cabeceia à trave e Carcela marca na recarga.

 

A última substituição acontece aos 93 minutos. Sai Nico Gaitán e entra Renato Sanches. Logo de seguida, o fim do jogo, com o Benfica a ganhar por 2-0.

 

 

Não vale a pena estar a repetir tudo o que disse no final da 1ª parte, já que voltou a acontecer o mesmo. O Boavista subiu um pouco as linhas, criando um pouco mais de dificuldade nas saídas a jogar mas pouco mais que isso. Não conseguiu criar qualquer lance de perigo. A defesa manteve-se bem, não complicando o que foi sempre fácil de resolver. Sílvio tem melhorado nos últimos jogos que fez.

 

No meio-campo os problemas continuaram. Enquanto os dois médios jogarem tanto a par, a equipa perderá mais com isso do que qualquer coisa que - eventualmente - possa ganhar. Guedes teve uma boa iniciativa individual e Gaitán continuou a ser o desequilibrador. Perde várias vezes a bola, mas é o que mais dá à equipa.

 

Jonas com Mitroglou em campo já teve mais espaço para jogar entre linhas, mas mesmo assim longe do que nos tem habituado. Mitroglou pouco se mostrou também. Carcela marcou o golo, estando no sítio certo. Quanto à entrada de Renato Sanches aos 93 minutos, nem vale a pena comentar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grande toque de Mitroglou que deixa Jonas no um para um, mas não era o dia do avançado brasileiro.

 

 

O livre de Talisca ao poste.

 

 

 

 

O golo de Carcela.

 

 

Este foi um jogo desesperante por parte do Benfica. Sim, ganhámos, mas a exibição foi péssima. Claro que a equipa vinha algo cansada do jogo a meio da semana, mas nada é desculpa para tamanha falta de tudo em campo. Não vale a pena estar aqui a bater nos problemas da equipa todas as semanas, eles são sempre os mesmos e já cansa falar disso e não se ver qualquer solução em campo para isso. Sim, já li muito sobre estatísticas e bolas ao poste, mas é preciso perceber o contexto e não se tentar abafar o que se passou no campo. Podes ter muita parte de um todo, mas tens de conseguir algo com essa parte, ou então não te valerá de muito.

 

Não consigo perceber porque é que contra o Boavista em casa, se joga com dois médios centro a par e que não têm autorização para atacar. Andam ali o jogo todo a fazer passes para o lado e para trás e nem um único movimento de ruptura fazem, nem uma única vez se aproximam da área, deixando os quatro jogadores da frente para resolver contra uma muralha defensiva e com uns processos tão fracos. É que se é para ganharmos segurança defensiva, não faz sentido. Os dois médios continuam a ser ultrapassados em várias situações. Defender com muitos, não quer dizer que se vá defender bem. Depois é bolas para a área sem qualquer nexo. Corre uma vez mal, a seguir voltamos a fazer.

 

Depois não consigo passar ao lado da questão Clésio. Esta situação do jogador moçambicano, é digna de um campeonato distrital ou do INATEL. Quer dizer, o jogador aparece assim para ser titular na equipa principal do Benfica, isto sem ser a posição dele ou ter minutos na equipa B naquela mesma posição - mesmo em outra eram poucos. Passado uma semana, já nem é convocado, voltando para a equipa B, onde no jogo que fazem é suplente de um lateral direito que também está a ser adaptado. Eu não consigo qualificar isto. Estamos a falar do Benfica, não de uma equipa que se junta ao domingo para fazer uma jogatana de manhã, depois almoçarem todos e passarem a tarde a jogar às cartas. Inacreditável. 

 

Que Rui Vitória aproveite esta paragem para melhorar a equipa e que não aconteça como na anterior em que a equipa apareceu bem pior depois da pausa. É preciso muito trabalho e menos passeios e folgas. É preciso mais, muito mais, e estão a chegar jogos bem difíceis. Ou existem melhorias, ou vamos passar muitas dificuldades. 

 

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publicado às 19:49

Análise ao Benfica vs Galatasaray

por R_9, em 04.11.15

 

Naquela que foi a 4ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, o Benfica recebeu o Galatasaray no Estádio da Luz. Para este jogo e com as baixas existentes, Rui Vitória apresentou aquilo que era mais ou menos esperado por todos. Júlio César na baliza, Sílvio voltou à lateral direita e Eliseu voltou para a equipa, jogando a lateral esquerdo. Luisão e Jardel a centrais, com André Almeida e Talisca no meio-campo. Guedes na direita, Gaitán na esquerda com Jonas e Raúl a serem a dupla de ataque.

 

O Benfica entra bem no jogo e Gaitán após iniciativa individual remata ao lado aos 3 minutos. Aos 5 minutos voltamos a estar perto do golo, com Raúl a rematar para defesa de Muslera e Gaitán na recarga a atirar ao lado.

 

O jogo ia seguindo com o Benfica a dominar a posse de bola e o jogo, atacando sempre mais, mas sem no entanto criar alguma grande ocasião de golo. O Galatasaray estava recuado, tentando depois sair rápido para o ataque.

 

Perto dos 21 minutos, a equipa turca cria perigo junto da baliza de Júlio César após perda de bola de Talisca, mas a defesa do Benfica consegue cortar o lance. Na resposta, saímos rápido em contra-ataque mas o passe final de Gaitán para Jonas sai um pouco para trás e o lance perde-se.

 

O jogo estava agora mais dividido, com o Galatasaray a ter mais posse de bola, mas sem existirem grandes oportunidades de golo em qualquer das balizas. Muitas trocas de bola, muitos passes mas faltava sempre algo ao Benfica no processo ofensivo. O Galatasaray lá alternava entre a pressão um pouco mais alta e o baixar de linhas.

 

O jogo caminhava para o intervalo sem muito de importante acontecer, mantendo-se o 0-0. E foi esse mesmo o resultado que se verificava no fim dos primeiros 45 minutos.

 

 

Esta foi uma 1ª parte razoável do Benfica. A equipa mostrou melhorias para aquilo que tinha acontecido nos últimos 3 jogos, principalmente na parte defensiva. Linha mais bem feita, encurtar do espaço e defesas mais juntos e basculando mediante onde a bola está. Continuou a existir o problema do espaço entre médios e defesa, deixando os adversários jogar. O Galatsaray criou dois lances de perigo, que nasceram de duas falhas do Benfica.

 

No ataque, falta sempre algo. Faltam mais linhas de passe, falta melhor coordenação entre os jogadores, falta mais presença na área e dinamismo.

 

A defesa esteve bem melhor que em jogos anteriores, não abrindo grandes espaços nem se expondo. O Galatasaray também não arriscou muito. Os laterais tentaram subir pela ala, mas pouco eficazes foram. A dupla do meio-campo tem de se tornar mais eficaz na pressão. São muitas as vezes que são facilmente ultrapassados ou que abordam mal os lances. Na parte ofensiva, pouco criaram, mas penso que isso é algo que está previamente definido.

 

Guedes teve vários movimentos interessantes e Gaitán foi desequilibrando com o seu virtuosismo. Raúl pressionou muito, mas lá está, anda em muito lado mas depois não está em lado nenhum nem onde é preciso. Teve uns 10 primeiros minutos em bom nível. Jonas foi tentando jogar entre linhas, mas com Raúl tem mais dificuldade, já que o mexicano baixa muitas vezes fazendo, com que seja Jonas a colar aos centrais.

 

 

 

 

Grande capacidade técnica de Gaitán.

 

 

 

 

Muslera a evitar o golo de Raúl e depois Gaitán a atirar para fora na recarga.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muito bem Jardel a remendar o erro de Luisão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez nenhuma alteração. O Benfica entrou bem e aos 52 minutos Jonas faz o 1-0, após livre estudado. Não durou muito muito a vantagem, já que Podolski empata o jogo os 58 minutos.

 

Como o empate conseguido, o Galatasaray baixou mais as linhas, remetendo-se ao seu meio-campo. O Benfica reage ao golo do empate e Raúl atira um pouco ao lado, depois de uma boa jogada. A equipa turca tentou baixar ritmo de jogo e isso ia a sendo conseguido, já que o Benfica estava menos intenso e dinâmico em campo. No entanto e depois de um canto, o Benfica volta a marcar. Luisão a aparecer na área para fazer o 2-1 aos 67 minutos.

 

Aos 72 minutos, Gaitán quase marca de livre, mas Muslera faz uma grande defesa. Tanto ao livre, como à recarga de Raúl, evitando assim o 3-1. A primeira substituição no Benfica acontece aos 73 minutos. Entra Carcela e sai Gonçalo Guedes. A segunda acontece aos 80 minutos, saindo Jonas e entrando Pizzi. Talisca subiu no terreno, colocando-se mais perto de Raúl.

 

O Galtasaray jogava agora com muita gente na frente, expondo-se mais. De contra-ataque, o Benfica quase faz o terceiro golo, mas Muslera defende o remate de Raúl, após grande assistência de Gaitán. Na sequência desse lance, Gaitán comete uma falta que lhe vale o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Com a expulsão, Talisca voltou a baixar no terreno, colocando-se junto a André Almeida e Pizzi fechava o corredor direito.

 

O jogo estava agora partido, com o Benfica a tentar defender a vantagem no marcador e a sair em contra-ataque. Aos 92 minutos o Galatasaray quase empata, mas Júlio César primeiro e depois Eliseu, evitam o golo. De seguida, a terceira substituição no Benfica. Sai Talisca e entra Cristante.

 

Pouco depois, acabou mesmo o jogo e o Benfica venceu por 2-1.

 

Esta 2ª parte foi parecida com a 1ª, mas com golos. O Benfica continuou com dificuldades em criar grande perigo através de lances de ataque continuado, e marcou 2 golos de bola parada. Talisca apareceu a jogar um pouco mais na frente de André Almeida, não estando tanto a par no ataque. A defesa cometeu alguns erros, continuamos a andar muito atrás do homem e a não guardar os espaços mais perigosos. Algumas falhas de concentração que podiam ter custado caro.

 

O espaço entre meio-campo e defesa voltou a existir muitas vezes na 2ª parte. A defesa esteve um pouco mais desconcentrada e falhando algumas vezes. André Almeida também foi falhando em tapar alguns espaços. Assim como no jogo anterior, Talisca apareceu um pouco mais agressivo e dando mais de acutilância ao meio-campo. Gaitán continuou a desequilibrar, mas não pode ser expulso desta maneira. Guedes continuou nas suas diagonais e a trocar várias vezes de flanco com Gaitán. Jonas marcou o seu golo da ordem e tentou procurar mais os espaços entre linhas, e Raúl continua a procurar o seu golo para ver se ganha mais confiança.

 

Carcela entrou um pouco individualista. Pizzi e Cristante pouco mostraram. O italiano não podia mesmo mostrar nada, já que entrou mesmo no fim.

 

 

 

 

 

 

 

 

O golo de Jonas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O golo de Luisão.

 

 

Muslera a evitar o golo por duas vezes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este foi um jogo bem melhor que aquilo que o Benfica tinha feito nos últimos 3, sendo uma boa noite europeia - até porque ganhámos. A equipa está com várias ausências e ainda se torna mais complicado assim. Continuamos com os mesmos problemas que temos tido em todos os jogos. Saídas a jogar com, espaço entre defesa e meio-campo, dificuldade na transição defensiva e na reacção à perda, processos ofensivos com poucas soluções e falta de presença na área.

 

Temos mostrado algumas coisas novas, como os passes para as costas da defesa e diagonais dos extremos.Também, finalmente marcámos golos de bola parada. Talisca dá de facto outra acutilância ofensiva quando o Benfica tem a bola e outras soluções, mas não sei se é o jogador para render muito mais que isto nesta posição, até porque ainda não sabe pressionar nem é bom a posicionar-se.

 

A defesa como disse, esteve bem na 1ª parte, mas na 2ª piorou, com algumas falhas que podem custar caro. Rui Vitória tem de arranjar solução para o espaço entre a defesa e o meio campo. Em todos os jogos acontece o mesmo. E contra equipas de mais valia isto vai custar bem caro. E ainda acho que tantas referências individuais é mau para a equipa, mas parece-me que isso é para manter, já que tem sido assim durante os últimos largos jogos. É trabalhar as compensações, que serão sempre muitas.

 

Raúl precisa se crescer tacticamente e Rui Vitória tem de lhe mostrar os espaços onde ele deve e não deve estar. Assim continua a correr muito mas sem tirar grandes dividendos disso e ele até tem características que podem valer de muito para a equipa.

 

Temos um jogo no Domingo onde não podemos perder pontos. Espero que o Benfica se apresente em bom nível perante os seus adeptos, antes da paragem para as selecções.

 

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publicado às 23:16


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