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Análise ao Benfica vs Galatasaray

por R_9, em 04.11.15

 

Naquela que foi a 4ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, o Benfica recebeu o Galatasaray no Estádio da Luz. Para este jogo e com as baixas existentes, Rui Vitória apresentou aquilo que era mais ou menos esperado por todos. Júlio César na baliza, Sílvio voltou à lateral direita e Eliseu voltou para a equipa, jogando a lateral esquerdo. Luisão e Jardel a centrais, com André Almeida e Talisca no meio-campo. Guedes na direita, Gaitán na esquerda com Jonas e Raúl a serem a dupla de ataque.

 

O Benfica entra bem no jogo e Gaitán após iniciativa individual remata ao lado aos 3 minutos. Aos 5 minutos voltamos a estar perto do golo, com Raúl a rematar para defesa de Muslera e Gaitán na recarga a atirar ao lado.

 

O jogo ia seguindo com o Benfica a dominar a posse de bola e o jogo, atacando sempre mais, mas sem no entanto criar alguma grande ocasião de golo. O Galatasaray estava recuado, tentando depois sair rápido para o ataque.

 

Perto dos 21 minutos, a equipa turca cria perigo junto da baliza de Júlio César após perda de bola de Talisca, mas a defesa do Benfica consegue cortar o lance. Na resposta, saímos rápido em contra-ataque mas o passe final de Gaitán para Jonas sai um pouco para trás e o lance perde-se.

 

O jogo estava agora mais dividido, com o Galatasaray a ter mais posse de bola, mas sem existirem grandes oportunidades de golo em qualquer das balizas. Muitas trocas de bola, muitos passes mas faltava sempre algo ao Benfica no processo ofensivo. O Galatasaray lá alternava entre a pressão um pouco mais alta e o baixar de linhas.

 

O jogo caminhava para o intervalo sem muito de importante acontecer, mantendo-se o 0-0. E foi esse mesmo o resultado que se verificava no fim dos primeiros 45 minutos.

 

 

Esta foi uma 1ª parte razoável do Benfica. A equipa mostrou melhorias para aquilo que tinha acontecido nos últimos 3 jogos, principalmente na parte defensiva. Linha mais bem feita, encurtar do espaço e defesas mais juntos e basculando mediante onde a bola está. Continuou a existir o problema do espaço entre médios e defesa, deixando os adversários jogar. O Galatsaray criou dois lances de perigo, que nasceram de duas falhas do Benfica.

 

No ataque, falta sempre algo. Faltam mais linhas de passe, falta melhor coordenação entre os jogadores, falta mais presença na área e dinamismo.

 

A defesa esteve bem melhor que em jogos anteriores, não abrindo grandes espaços nem se expondo. O Galatasaray também não arriscou muito. Os laterais tentaram subir pela ala, mas pouco eficazes foram. A dupla do meio-campo tem de se tornar mais eficaz na pressão. São muitas as vezes que são facilmente ultrapassados ou que abordam mal os lances. Na parte ofensiva, pouco criaram, mas penso que isso é algo que está previamente definido.

 

Guedes teve vários movimentos interessantes e Gaitán foi desequilibrando com o seu virtuosismo. Raúl pressionou muito, mas lá está, anda em muito lado mas depois não está em lado nenhum nem onde é preciso. Teve uns 10 primeiros minutos em bom nível. Jonas foi tentando jogar entre linhas, mas com Raúl tem mais dificuldade, já que o mexicano baixa muitas vezes fazendo, com que seja Jonas a colar aos centrais.

 

 

 

 

Grande capacidade técnica de Gaitán.

 

 

 

 

Muslera a evitar o golo de Raúl e depois Gaitán a atirar para fora na recarga.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Muito bem Jardel a remendar o erro de Luisão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez nenhuma alteração. O Benfica entrou bem e aos 52 minutos Jonas faz o 1-0, após livre estudado. Não durou muito muito a vantagem, já que Podolski empata o jogo os 58 minutos.

 

Como o empate conseguido, o Galatasaray baixou mais as linhas, remetendo-se ao seu meio-campo. O Benfica reage ao golo do empate e Raúl atira um pouco ao lado, depois de uma boa jogada. A equipa turca tentou baixar ritmo de jogo e isso ia a sendo conseguido, já que o Benfica estava menos intenso e dinâmico em campo. No entanto e depois de um canto, o Benfica volta a marcar. Luisão a aparecer na área para fazer o 2-1 aos 67 minutos.

 

Aos 72 minutos, Gaitán quase marca de livre, mas Muslera faz uma grande defesa. Tanto ao livre, como à recarga de Raúl, evitando assim o 3-1. A primeira substituição no Benfica acontece aos 73 minutos. Entra Carcela e sai Gonçalo Guedes. A segunda acontece aos 80 minutos, saindo Jonas e entrando Pizzi. Talisca subiu no terreno, colocando-se mais perto de Raúl.

 

O Galtasaray jogava agora com muita gente na frente, expondo-se mais. De contra-ataque, o Benfica quase faz o terceiro golo, mas Muslera defende o remate de Raúl, após grande assistência de Gaitán. Na sequência desse lance, Gaitán comete uma falta que lhe vale o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Com a expulsão, Talisca voltou a baixar no terreno, colocando-se junto a André Almeida e Pizzi fechava o corredor direito.

 

O jogo estava agora partido, com o Benfica a tentar defender a vantagem no marcador e a sair em contra-ataque. Aos 92 minutos o Galatasaray quase empata, mas Júlio César primeiro e depois Eliseu, evitam o golo. De seguida, a terceira substituição no Benfica. Sai Talisca e entra Cristante.

 

Pouco depois, acabou mesmo o jogo e o Benfica venceu por 2-1.

 

Esta 2ª parte foi parecida com a 1ª, mas com golos. O Benfica continuou com dificuldades em criar grande perigo através de lances de ataque continuado, e marcou 2 golos de bola parada. Talisca apareceu a jogar um pouco mais na frente de André Almeida, não estando tanto a par no ataque. A defesa cometeu alguns erros, continuamos a andar muito atrás do homem e a não guardar os espaços mais perigosos. Algumas falhas de concentração que podiam ter custado caro.

 

O espaço entre meio-campo e defesa voltou a existir muitas vezes na 2ª parte. A defesa esteve um pouco mais desconcentrada e falhando algumas vezes. André Almeida também foi falhando em tapar alguns espaços. Assim como no jogo anterior, Talisca apareceu um pouco mais agressivo e dando mais de acutilância ao meio-campo. Gaitán continuou a desequilibrar, mas não pode ser expulso desta maneira. Guedes continuou nas suas diagonais e a trocar várias vezes de flanco com Gaitán. Jonas marcou o seu golo da ordem e tentou procurar mais os espaços entre linhas, e Raúl continua a procurar o seu golo para ver se ganha mais confiança.

 

Carcela entrou um pouco individualista. Pizzi e Cristante pouco mostraram. O italiano não podia mesmo mostrar nada, já que entrou mesmo no fim.

 

 

 

 

 

 

 

 

O golo de Jonas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O golo de Luisão.

 

 

Muslera a evitar o golo por duas vezes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este foi um jogo bem melhor que aquilo que o Benfica tinha feito nos últimos 3, sendo uma boa noite europeia - até porque ganhámos. A equipa está com várias ausências e ainda se torna mais complicado assim. Continuamos com os mesmos problemas que temos tido em todos os jogos. Saídas a jogar com, espaço entre defesa e meio-campo, dificuldade na transição defensiva e na reacção à perda, processos ofensivos com poucas soluções e falta de presença na área.

 

Temos mostrado algumas coisas novas, como os passes para as costas da defesa e diagonais dos extremos.Também, finalmente marcámos golos de bola parada. Talisca dá de facto outra acutilância ofensiva quando o Benfica tem a bola e outras soluções, mas não sei se é o jogador para render muito mais que isto nesta posição, até porque ainda não sabe pressionar nem é bom a posicionar-se.

 

A defesa como disse, esteve bem na 1ª parte, mas na 2ª piorou, com algumas falhas que podem custar caro. Rui Vitória tem de arranjar solução para o espaço entre a defesa e o meio campo. Em todos os jogos acontece o mesmo. E contra equipas de mais valia isto vai custar bem caro. E ainda acho que tantas referências individuais é mau para a equipa, mas parece-me que isso é para manter, já que tem sido assim durante os últimos largos jogos. É trabalhar as compensações, que serão sempre muitas.

 

Raúl precisa se crescer tacticamente e Rui Vitória tem de lhe mostrar os espaços onde ele deve e não deve estar. Assim continua a correr muito mas sem tirar grandes dividendos disso e ele até tem características que podem valer de muito para a equipa.

 

Temos um jogo no Domingo onde não podemos perder pontos. Espero que o Benfica se apresente em bom nível perante os seus adeptos, antes da paragem para as selecções.

 

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publicado às 23:16

Análise ao Galatasaray vs Benfica

por R_9, em 22.10.15

 

Na 3ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, o Benfica deslocou-se à Turquia para defrontar o Galatasaray. Rui Vitória apresentou a equipa que se esperava, colocando Raúl no lugar de Mitroglou e Sílvio a lateral direito. Júlio César, Sílvio, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, André Almeida, Gaitán, Gonçalo Guedes, Jonas e Raúl Jiménez. Foi esta a equipa titular para o jogo.

 

O Benfica começa o jogo da melhor maneira e adianta-se no marcador aos 2 minutos. Grande passe de Jonas e Gaitán a finalizar de forma brilhante. Até aos 10 minutos, o jogo esteve algo dividido. Benfica a tentar controlar, jogando em ritmo baixo e o Galatasaray a tentar chegar perto da baliza de Júlio César, colocando já alguma pressão no jogo. Começava a existir superioridade da equipa da casa, tendo mais bola. Quando não a tinha, recuperava rápido.

 

O Galatasaray ia criando cada vez mais perigo junto da baliza de Júlio César. Aos 18 minutos de jogo, grande penalidade a favor da equipa da casa, após braço na bola de André Almeida. Inan, empata o jogo. O jogo acalmou um pouco e a pressão da equipa da casa já não era tão grande. Mesmo assim, estavam por cima no jogo.

 

Desatenção da defesa do Benfica aos 33 minutos e Podolski dá a volta ao marcador. O Galatasaray desceu bastante o seu ritmo em campo depois do golo, permitindo ao Benfica ter mais bola e estar mais confortável até ao fim da 1ª parte.

 

O jogo caminhou para o intervalo, sem que nada de grande revelo se tivesse passado. Galatasaray foi para os balneários a vencer por 2-1.

 

 

A equipa do Benfica não podia ter tido um inicio melhor de jogo. Marcar cedo e adiantar-se no marcador, foi uma grande entrada. O pior foi a forma como a equipa reagiu a esse golo. Deixou-se dominar completamente, deixou de tentar jogar e de ter bola, sucumbindo perante um adversário que dominou o jogo até conseguir virar o resultado, sem que a equipa de Rui Vitória fizesse grande coisa para o contrariar.

 

A defesa abriu muitos espaços, muito devido a saírem ao homem e depois as zonas de cada um terem ficado completamente descompensadas. Faltou também agressividade defensiva e vislumbraram-se muitas lacunas no posicionamento. Os laterais pouco ou nada deram ao jogo ofensivo e mesmo a defender foram bastante sofríveis. André Almeida e Samaris foram tentando tapar alguns espaços que apreciam, mas nem sempre bem e com qualidade. Tiveram pouca bola e deram pouco ofensivamente à equipa.

 

Gaitán marcou um belo jogo, e tentou um pouco remar contra a maré, mas sem grande consistência. Gonçalo Guedes também pouco se viu e nem nas tarefas defensivas apresentou a qualidade que vinha demonstrando em jogos anteriores. Jonas esteve desaparecido do jogo, estando muito recuado. Com as descidas de Raúl para vir buscar bola, ele não se sente tão confortável no jogo, ou pelo menos foi o que pareceu. Raúl também pouco apareceu, perdeu algumas bolas e não conseguiu ser a referência no ataque.

 

 

Grande jogada de Jonas no início do jogo. Da falta sofrida, ia resultar o golo.

 

 

O golo de muita classe de Nico Gaitán e o grande passe de Jonas.

 

 

Saiu Nélson Semedo da equipa, mas Sílvio também sai sempre o homem, sendo André Almeida a ir fazer a compensação quando consegue. Se antes tinha dúvidas, agora é quase certo que isto é estratégia.

 

 

André Almeida a transformar a saída a jogar com 3 centrais.

 

 

Boa e rápida recuperação defensiva da equipa, depois da bola ser perdida. Muito bem Samaris a fechar o meio e a obrigar o jogador a entregar na linha.

 

É Luisão que sai a Sneijder, mesmo com vários jogadores do Benfica por perto. Depois, não há compensação e abre-se uma clareira entre os dois centrais e no espaço mais perigoso. O do centro do terreno. 

 

 

Eliseu a vir tapar a linha de passe para o árbitro assistente.

 

 

Mais uma vez, Luisão perdido, sem nunca se entender com Sílvio e com o posicionamento entre eles e compensações. Por sorte, não foi Sneijder a receber o passe no meio. Se fosse ele, teria isolado aquele jogador que ficou com a linha aberta para a baliza. Acho que as coisas ali andam confusas, com zonas e marcações ao homem, tudo misturado. Era mais fácil Luisão esperar pela diagonal do adversário, ficando na sua zona e Sílvio com o homem que foi aparecer do lado dele.

 

 

Sílvio sai muito na linha, não há compensação de Samaris ao homem que se desmarcou e a defesa não está alinhada. Problema detectado na linha defensiva e na abertura dos laterais foi recorrente e ia criar dissabores nos lances dos golos.

 

 

Mais uma vez, Sílvio muito aberto. Sneijder consegue receber de costas e fazer logo o passe naquela situação, aproveitando o enorme espaço entre central e lateral numa situação destas.

 

 

E que tal se ir para dentro, Eliseu?

 

 

Estava dado o mote para o que se ia passar dois minutos depois.

 

 

Lance do segundo golo do Galatasaray. A única linha de passe onde a bola entrava, foi a que deu golo e era a mais perigosa também. Eliseu com os apoios virados para fora, e a aguardar que a bola fosse entrar na linha, mesmo Gaitán estando a tapar essa linha de passe. Com isso, não fecha dentro, espaço entre ele e Jardel e golo. Podemos ver no lance uns a marcarem junto ao homem e outros zona. Linha também mal definida, com os dois centrais mais atrás que os laterais. A bola não pode nunca entrar no espaço ao meio. É o mais perigoso e passou entre 4 jogadores do Benfica.

 

 

Bom passe de Samaris e bom movimento de Sílvio, mas faltou presença na área.

 

 

Luisão mais uma vez  ir a uma zona com gente e depois é correr atrás do prejuízo.

 

 

Falta de agressividade defensiva. Jogador recebe a bola dentro da área e tem tempo para chutar. Dois homens soltos na entrada da área e ainda outro que se movimenta na direcção da baliza. Samaris a recuar a passo.

 

 

Para a 2ª parte, não existiram alterações. Entrou a mesma equipa em campo. Logo de entrada, Jonas tem um remate perigoso, mas Muslera consegue defender bem. Pouco depois, Sneijder atira ao poste, depois do remate ter sido desviado. Num dos seguintes lances, é Júlio César que evita o 3-1, com uma grande defesa, após um canto. No minuto seguinte, é Jonas que remata de fora da área com algum perigo, mas a bola sai ao lado. Eram minutos com perigo em ambas as balizas.

 

Aos 54 minutos, boa saída do Benfica para o ataque, mas Gaitán remata ao lado. Mais um bom lance de ataque do Benfica, mas o remate de Jiménez é defendido por Muslera. Eram momentos de domínio da equipa de Rui Vitória, com os lances perto da baliza de Muslera a sucederem-se.  Desta vez, é um defesa a cortar o remate de Gaitán quase em cima da linha de golo.

 

Rui Vitória mexe pela primeira vez na equipa aos 66 minutos. Sai Eliseu e entra Pizzi. Sílvio passou para lateral esquerdo, André Almeida para lateral direito e Pizzi foi colocar-se junto a Samaris no meio-campo. O Benfica estava claramente por cima do jogo, o Galatasaray já só saía em contra-ataque. Aos 68 minutos, é Jonas que vê o seu remate a ser desviado por Jiménez, quando podia levar muito perigo.

 

Aos 75 minutos a segunda substituição no Benfica. Sai Gonçalo Guedes e entra Victor Andrade. O jogo caminhava para o fim, sem existirem lances de grande perigo em nenhuma das balizas. Pizzi e Victor Andrade pouco ou nada vieram dar ao jogo da equipa, de positivo. Rui Vitória esgota as substituições aos 81 minutos, entrando Mitroglou para o lugar de Sílvio. Pouco depois de entrar, o avançado grego surge a rematar à malha lateral da baliza de Muslera.

 

Pizzi perde a bola, e Júlio César evita o 3-1, com uma grande defesa aos 86 minutos. A derradeira oportunidade do Benfica surge aos 91 minutos, mas o defesa do Galatasaray corta o lance quando a bola se dirigia para a cabeça de Luisão. O jogo acabou por chegar ao fim com a equipa da casa a vencer por 2-1.

 

 

A 2ª parte foi muito melhor por parte do Benfica. A equipa foi principalmente muito mais agressiva na procura da bola e isso fez toda a diferença. Continuaram a existir problemas, mas muito menos que na 1ª parte. Teve mais bola e mais oportunidades de golo, que infelizmente não concretizou. O Galatasaray também cedeu fisicamente - apesar de ter tido também várias oportunidades - e isso ajudou a que o Benfica mandasse mais no jogo. 

 

A equipa chegou com a bola mais perto da baliza adversária, mas pecou tanto na finalização como na decisão. Alguns lances podiam ter sido decididos de maneira diferente e não o foram.

 

A defesa manteve-se mais ou menos como na 1ª parte, melhorando em termos posicionais. Já não existiram bolas nas costas e a linha esteve muito melhor. Samaris fez uma boa 2ª parte, tentando defender e atacar enquanto as forças o permitiram, mas continua a falhar alguns passes que poderiam ser muito importantes. Jonas teve mais espaço, e conseguiu jogar mais, mas não conseguiu ser tudo aquilo que nos habituou.

 

As substituições não vieram trazer grande coisa ao jogo do Benfica. Os jogadores que entraram pouco contribuíram para a possível mudança do rumo de jogo. Palavra para Júlio César, foi mais uma vez um muro na baliza do Benfica.

 

 

Sneijder a receber sozinho a bola no meio. Teve de ser o lateral direito a vir tentar fechar, deixando o extremo para Gonçalo Guedes.

 

 

Gaitán opta pelo remate mas temos Eliseu a subir pelo corredor, com possível situação de 3 para 2 junto da baliza de Muslera.

 

 

Uma boa jogada do Benfica. Quando Gaitán ecebe, podia ter virado e depois sim decidir o que fazer, mas entregou logo em Raúl.

 

 

A passividade defensiva do Benfica a permitir que aquela bola entre em Sneijder e ele toque de primeira para Podolski.

 

 

Tenho a bola, vou olhar para a área, vejo 4 defesas adversários contra o Gaitán. O que é que faço? Cruzo. Sou o Pizzi.

 

 

Nem parece teu, Jonas.

 

 

Situação de 3 para 2 por parte do Benfica no contra ataque. Da forma como o lance ocorreu e de como os 2 defesas o fizeram, parece-me que havia duas boas soluções para Gaitán. Ou servia logo a possível diagonal em velocidade do Guedes, ou antes daquele último toque dá em Guedes e vai receber na frente. Era difícil o passe entrar em Raúl que aparece na esquerda apesar de ser possível antes do desarme. Mérito para os dois defesas do Galatasaray nunca perderam o norte e assim que Gaitán toca mais longo, um deles desarma. Aquele toque mais longo, foi fatal.

 

 

Sou o Victor Andrade e mesmo sozinho perante dois adversários, vou na iniciativa individual e para a linha.

 

 

Samaris devia ter entregue em Gaitán e depois ele sim, ou fazer o passe para Jonas ou para Raúl.

 

 

Foi por pouco.

 

 

Deste jogo, fica um grande sabor amargo. Era, claramente, uma equipa ao alcance do Benfica. Aqueles 30/35 minutos na 1ª parte acabaram por fazer toda a diferença no resultado final. O resultado mais justo até era bem capaz de ser o empate, mas elas contam é dentro da baliza. E aí o Galatasaray foi mais eficaz.

 

Não podemos continuar a falhar tantas vezes defensivamente. Não consigo perceber algumas situações da equipa. Vejo por vezes jogadores a marcarem à zona, depois muitos outros com referências individuais e aquilo acaba por dar tudo numa grande confusão. Os lances da 1ª parte são um bom exemplo. Só Jardel tem estado em bom nível da defesa e acaba por resolver muitos lances. 

 

Não percebo também a gestão de alguns jogadores que é feita. Vejamos o Victor Andrade. Não fez a pré-época, mas depois aparece no 1º jogo do campeonato a entrar na 2ª parte e a ser titular no 2º jogo. Depois volta a desaparecer da equipa, jogando inclusive na equipa B a titular. De repente, volta a aparecer nos dois últimos jogos da equipa A, sendo um dos primeiros a entrar na equipa. É ao sabor do vento?

 

Depois Pizzi. Até quando vamos continuar a insistir com ele naquele lugar? Entrou mais uma vez e nada acrescentou. Bem pelo contrário. Continuo a dizer que o melhor 8 que o Benfica tem, esteve ontem na Turquia, mas a jogar pela hora de almoço. Até mesmo o João Teixeira. Não acredito que fizesse pior que o Pizzi com as mesmas oportunidades que este teve.

 

Depois a nossa equipa tem muitas lacunas e sem Nélson Semedo ainda se notou mais. Sílvio tem dificuldades defensivas como se viu ontem e que colocam a equipa em perigo. André Almeida tinha estado bem no meio até ontem, e penso que seja para manter. Eliseu é muito fraco, não serve para o Benfica. Depois lances como o do golo de Podolski acontecem, já que ele tem umas noções muito fracas do lugar que ocupa.

 

Raúl tem estado sempre muito bem a sair do banco e até disse que ele merecia a titularidade num jogo como este, mas cada vez me convenço mais que Mitroglou e Jonas funcionam muito melhor, entrando depois o avançado mexicano na 2ª parte. Mitroglou desgasta imenso as defesas contrárias, torna a missão deles muito mais difícil, e Raúl quando entra tem logo outro espaço para jogar. Claro que não será sempre a regra, mas parece-me o melhor.

 

A equipa sentiu esta longa paragem que apareceu na pior altura. Domingo há jogo grande. Que seja um grande Benfica em campo e um grande apoio nas bancadas.

 

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publicado às 20:12

 

Realizou-se hoje o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões. O Benfica ficou no grupo C, juntamente com Atlético Madrid, Galatasaray e FC Astana. Acabou por ser um sorteio bem simpático para o Benfica.

 

 

Atlético Madrid

 

Do pote 2 calhou em sorte o Atlético Madrid, clube que irá voltar ao Estádio da Luz onde perdeu a final de 2014 para o Real Madrid.

 

A equipa de Simeone fez algumas mudanças no plantel para esta época. Entraram jogadores bem conhecidos do público em geral, como Jackson Martínez, Yannick Ferreira Carrasco, Vietto e Filipe Luís. Óliver Torres também regressou ao plantel, depois do empréstimo de um ano ao FC Porto. Saíram peças importantes da equipa colchonera. Miranda, Mário Suárez, Arda Turan e Mario Mandžukić foram transferidos. 

 

Na primeira jornada do campeonato venceram o Las Palmas em casa por 1-0. É uma equipa bastante forte que o Benfica vai encontrar. São muito agressivos em campo, muito fortes nas bolas paradas, conseguem tanto jogar um jogo mais de posse como baixar o bloco e jogar em contra-ataque, têm grandes jogadores mas é o colectivo que faz a força. É uma equipa à imagem de Diego Simeone, um dos melhores treinadores da Europa.

 

Na baliza não deverá haver rotatividade, o dono do lugar é o nosso conhecido Jan Oblak, um dos melhores guarda-redes do mundo e dispensa apresentação. A defesa titular sofreu duas alterações para esta época. Filipe Luís regressa para ser o lateral esquerdo titular e José Giménez, um dos melhores jovens centrais do mundo, vai fazer companhia a Godín no centro da defesa. Juanfran continuará intocável na direita. No meio-campo haverá alguma rotatividade. A dupla de médios centro pode variar muito, mas Tiago e Gabi partiram para a época como titulares. Koke é um jogador muito versátil e que joga bem em todo o lado, podendo começar na esquerda e depois procurar outras zonas do terreno. Óliver Torres parece ter ganho a confiança de Simeone, jogando descaído na direita e procurando zonas interiores, deixando o corredor aberto para as constantes subidas de Juanfran. Na frente poderemos ter como dupla de avançados Griezzman e Jackson Martínez. O avançado colombiano dispensa apresentações, todos o conhecemos. Griezmann é um dos jogadores em foco no futebol europeu. Jogador muito versátil, bom tecnicamente, chuta bem e aparece bem em zonas de finalização. É um autêntico perigo à solta no ataque.

 

Saúl Ñiguez, Raúl Garcia,Yannick Ferreira Carrasco, Fernando Torres, Vietto e Ángel Correa são soluções muito boas que Simeone tem para utilizar e podem muito bem estar na equipa titular que o Benfica defrontará. É um plantel muito forte, terá um 11 titular sempre bem acima da média, jogue quem jogar.

 

 

Galatasaray

 

O Galatasaray, campeão turco, foi a equipa sorteada do pote 3. O Benfica volta assim à Turquia, onde em 2013 defrontou o Fenerbahce nas meias-finais da Liga Europa.

 

A equipa é treinada por Hamza Hamzaoglu, um treinador respeitado na Turquia e com uma carreira sustentada até chegar ao Galatasaray. Foi campeão da 2ª divisão Turca em 2011/2012, subindo o Akhisar à Superliga. No ano seguinte, em 2012/2013, começam a época como os bombos da festa e surpreendem ao continuar no principal escalão sofrendo poucos golos e fazendo uma época relativamente tranquila. É um treinador pragmático que gosta de futebol apoiado, toque curto e sectores compactos. Chegado ao Galatasaray em Dezembro de 2014 é campeão na primeira época, depois de lutar pelo título com Fenerbahce e Besiktas, não cedendo à pressão. É um treinador que se mexe bem no lançamento dos jogos, tendo já inclusivé mandado uma pequena alfinetada ao Benfica, dizendo que 'é um grupo relativamente fácil.Para esta época, a equipa turca também mexeu no seu plantel. Chegaram jogadores como Lukas Podolski, José Rodríguez , Bilal Kisa, Jem Karacan e Lionel Carole, jogador que já pertenceu aos quadros do Benfica. Bruma, Pandev e Amrabat foram as saídas mais importantes.

 

Não começaram bem o campeonato mas ganharam a Supertaça. Nas duas primeiras jornadas, cederam um empate fora de portas e perderam o outro jogo em casa. São uma equipa que não defende muito bem, sofrendo muito golos. Os centrais têm fragilidades, podendo o Benfica aproveitar isso. São também uma equipa agressiva. O ataque é o ponto mais forte da equipa, com jogadores como Podolski ou Yilmaz, apoiados por Sneijder. Vai ser difícil jogar na Turquia, o ambiente é muito complicado, sendo o maior handicap para as equipas que lá vão jogar.

 

Muslera, o habitual titular da selecção do Uruguai, é o dono da baliza. Na lateral esquerda joga Alex Telles, um dos jogadores mais em foco e que tem chamado a atenção de grandes clubes europeus, como o Chelsea. A dupla de centrais tem sido composta por Chedjou e Balta, com Sarioglu a lateral direito. Inan é quase que intocável no meio-campo, podendo Kisa, José Rodríguez ou Filipe Melo jogar junto a ele. Podolski jogará muitas vezes descaído numa das alas ou até jogando a avançado. Yasin Oztekin é um médio que joga na direita. Yilmaz joga na frente de ataque, podendo jogar sozinho ou acompanhado. Bulut, apesar de não ser um titular absoluto, salta quase sempre do banco para entrar, sendo por vezes escolhido para o 11. Todo o ataque é alimentado por Sneijder, que todos conhecemos o que vale. O ataque é versátil e com várias soluções possíveis, podendo ser alterado de jogo para jogo.

 

Também é provável que a equipe turca ainda se reforce até ao fecho do mercado. 

 

 

FC Astana

 

O outsider do grupo chega do Cazaquistão, tendo sido a equipa sorteada do pote 4. É o campeão em título daquele país. O FC Astana chega a esta fase de grupos após eliminar o Maribor, HJK e APOEL nas pré-eliminatórias, com alguma surpresa. É treinado por um antigo jogador do Campomaiorense, Stanimir Stoilov.

 

Este clube foi apenas fundado em 2008 com o nome de Lokomotiv Astana, e só em 2011 passou a ser chamado de FC Astana. Tem sido investido dinheiro no clube através de empresas de gás natural, petróleo, urânio e aviação. Têm mesmo um estádio super moderno, com capacidade para 30 mil pessoas. Estão neste momento em 2º lugar do campeonato, mas com menos um jogo. É uma equipa que tem sofrido poucos golos, e só na vitória de 4-3 frente ao HJK isso não aconteceu. Nos restantes 5 jogos, sofreram apenas 3 golos. O treinador mexe pouco no 11 titular, jogaram quase sempre os mesmos jogadores nas eliminatórias.

 

Para quem acompanhou o recente mundial de Sub-20, não se esquecerá certamente de Nemanja Maksimovic, uma das peças chave da campeã Sérvia, que bateu na final o Brasil. Este médio joga no Astana e marcou o golo que deu o apuramento na eliminatória com o APOEL. Kéthévoama é outro nome em destaque. O camisola 10 da equipa é forte tecnicamente, rápido e com bom pontapé de longe. O capitão Nuserbayev joga na frente de ataque mas dá muitas vezes o lugar a Kabananga durante os jogos, que entra sempre para mexer com o jogo. Patrick Twumasi é um jogador que esteve muito bem nas primeiras duas eliminatórias, mas depois levou vermelho contra o HJK e não jogou contra os cipriotas.

 

 

Penso que o Benfica tem condições para passar o grupo. Será obrigatório fazer os 6 pontos contra o Astana, não se podendo perder pontos nos jogos contra a equipa mais fraca. Galatasaray em casa também é para ganhar, já que fora será sempre muito complicado. Jogos contra o Atlético serão muito difíceis, pois a equipa espanhola é a melhor do grupo, como todos sabemos. A ordem dos jogos foi favorável ao Benfica. Receber logo o Astana é uma oportunidade para se adiantar no grupo, e pode ser que no último jogo o Atlético já venha ao Estádio da Luz relaxado e com a passagem no bolso. É preciso que a equipa jogue muito mais do que tem feito até agora, pois a continuar assim a passagem para a próxima fase será muito mais difícil. 

 

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publicado às 00:09


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