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Depois da derrota em Nápoles, o Benfica voltava a virar agulhas para a Liga NOS. Perante um Estádio da Luz lotado, a equipa de Rui Vitória recebeu o Feirense de José Mota. Rui Vitória fez algumas alterações na equipa para este jogo, comparativamente ao 11 que tinha defrontado o Nápoles. Ederson voltou à baliza, Luisão substituiu Lisandro no centro da defesa, Pizzi ficou com a posição 8, Gonçalo Guedes jogou nas costas de Mitroglou e Salvio no corredor direito. Ederson, Nelsinho, Luisão, Lindelöf, Grimaldo, Fejsa, Pizzi, Salvio, Carrillo, Gonçalo Guedes e Mitroglou - foi esta a equipa titular.
Depois do empate frente ao Besiktas, na primeira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, seguia-se agora a visita ao terreno do Nápoles, comandado por Maurizio Sarri. Era, como tinha referido, na teoria, um jogo extremamente difícil para o Benfica. Rui Vitória mexeu um pouco no 11 titular, fazendo entrar André Almeida e Carrillo para os lugares de Gonçalo Guedes e Salvio. Júlio César também voltou à baliza depois de Ederson ter sido titular em Chaves. Júlio César, Nelsinho, Lisandro, Lindelöf, Grimaldo, Fejsa, André Almeida, Pizzi, Carrillo, André Horta e Mitroglou - foi este o 11 com que nos apresentámos em campo.
Naquele que era o teste final do Benfica nesta pré-temporada, a equipa comandada por Rui Vitória deslocou-se a França, para defrontar o Olympique de Lyon. Para este jogo houve várias baixas na equipa, com Fejsa, Salvio e Jonas a terem problemas físicos recentes e a não poderem dar o seu contributo à equipa. Rui Vitória fez algumas alterações na equipa, colocando por exemplo Guillermo Celis a titular no meio-campo. Júlio César, André Almeida, Luisão, Victor Lindelöf, Grimaldo, Samaris, Guillermo Celis, Carrillo, Pizzi, Gonçalo Guedes e Mitroglou – foi este o 11 com que iniciámos a partida.
No dia de ontem, o Benfica defrontou o Wolfsburgo, naquele que foi um excelente teste de pré-época e que será analisado mais pormenorizadamente no dia de amanhã no nosso blogue, à semelhança do que acontecia na época passada.
Falando um pouco da organização defensiva do Benfica, vimos que a equipa continua a crescer nesse aspecto. Assistimos a um bloco defensivo quase sempre bem alto, a não ter receio do espaço nas costas, com pouca profundidade e amplitude, tentando fechar sempre o espaço central e com diversas coberturas defensivas, principalmente na zona de meio-campo. A defesa estava sempre ou quase sempre bem alinhada, com os defesas juntos e os laterais a fechar o espaço interior. A maior dificuldade prendeu-se no controlo da amplitude do lado contrário da bola quando o centro de jogo era virado, já que os laterais e os médios ala fechavam algumas vezes a mesma linha e, como não havia muita pressão ao jogador com bola, deixavam-se fazer vários passes longos, tendo depois o bloco de bascular, nem sempre de forma eficiente.
Foi no sul de Portugal que se iniciou a pré-época do Benfica, com a participação na Algarve Football Cup, torneio triangular que incluía ainda as equipas do Vitória de Setúbal e do Derby County. Os comandados de Rui Vitória começaram a época da mesma maneira que a terminaram: levantando um caneco. Depois do empate a 0 contra o Vitória e goleada ao Derby County por 4-0, Luisão ergueu mais uma taça.
Ao contrário da pré-época passada e mesmo estando privado de vários jogadores fundamentais, a equipa encarnada apresentou-se num nível mais alto, mostrando já algumas rotinas interessantes. Também deu para perceber a enorme qualidade individual que este plantel tem para a nossa realidade, principalmente nas posições mais atacantes, onde até podemos afirmar que há qualidade em demasia.
Depois da vitória em Guimarães, ontem foi dia do Benfica receber o Marítimo em casa, numa jornada da Liga NOS disputada a meio da semana. Para este jogo, Rui Vitória fez apenas uma alteração na equipa titular, entrando Carcela para o lugar de Nico Gaitán. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Fejsa, Renato Sanches, Carcela, Pizzi, Jonas e Raúl. Foi com este 11 inicial que nos apresentámos no Estádio da Luz.
Depois da eliminação da Taça de Portugal, o Benfica defrontou o Astana na 5ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões. Rui Vitória fez algumas alterações em relação à equipa que tinha defrontado o Sporting no último sábado. Lisandro substituiu o lesionado Luisão no centro da defesa, Renato Sanches foi pela primeira vez titular no lugar de Talisca e Jonas e Raúl formaram a dupla de avançados. Júlio César, Sílvio, Lisandro, Jardel, Eliseu, Samaris, Renato Sanches, Pizzi, Gonçalo Guedes, Jonas e Raúl. Foi a equipa titular para este jogo.
Os primeiros 15 minutos foram bastante divididos, apesar de existir alguma superioridade do Benfica na posse de bola. Chegámos algumas vezes perto da baliza contrária, tivemos alguns cantos, mas não foi criado perigo. O Astana também não conseguiu incomodar Júlio César, estando a procurar mais as saídas rápidas para o ataque.
Perto dos 18 minutos, a equipa da casa cria um lance de perigo. Um minuto depois, adiantam-se no marcador, num lance de contra-ataque. A equipa sentiu o golo e nos minutos seguintes já se notava bastante nervosismo. Raramente conseguimos chegar à área adversária e perdíamos muitas bolas.
Aos 31 minutos e depois de um livre lateral, o Astana faz o 2-0 no jogo num lance em que existe fora de jogo. Pouco depois, Pizzi tem um bom remate de fora da área, mas o guarda-redes adversário defende bem. A equipa do Benfica reagiu melhor a este golo que ao primeiro que sofreu e esteve nos minutos seguintes por cima do jogo, com o Astana a baixar as linhas.
O Benfica faz o 2-1 aos 40 minutos, por intermédio de Raúl. Sílvio marca rápido o lançamento, Jonas cruza e o avançado mexicano marca com uma bela cabeçada. Tirando o lance ridículo de Lisandro que lhe valeu o amarelo e um remate de longe do Astana que levou algum perigo, pouco mais aconteceu até ao fim dos primeiros 45 minutos. O Astana foi para o intervalo a vencer por 2-1.
Esta foi uma primeira parte com um futebol fraco por parte do Benfica. A defesa esteve pior, sentindo a falta de Luisão. Dificuldades na linha defensiva, no controlo da profundidade e de ocupação dos espaços - jogaram também muito baixos no terreno. Continuamos com dificuldades em criar algo quando temos a bola no ataque, onde raramente se consegue um desequilíbrio e abusamos nos cruzamentos de longe. As saídas a jogar continuam sofríveis. Basta um pequeno aperto adversário - ou às vezes nem isso - e lá vai um charuto para a frente.
Os laterais tiveram pouco em jogo, perdendo muitas bolas. Eliseu abusou no pontapé para a frente nas saídas a jogar e Sílvio ainda não percebeu que todas as bolas que recebe não têm de ser cruzadas para a área. Jardel também teve algumas dificuldades no posicionamento e com as movimentações dos avançados. Lisandro, é uma velha luta minha. Foi mais do mesmo. Os erros que comete em campo, são os mesmos que cometia no inicio de época quando toda a gente o elogiava - coisa que nunca cheguei a perceber. É um central péssimo no posicionamento, em perceber o que é o jogo, na tomada de decisão e com um grau de inteligência em campo que roça o ridículo. É bom no desarme e é o que lhe vale muitas vezes para compensar.
Samaris foi o que tem sido habitual. Muita luta e disponibilidade, mas continua a correr muito para onde não precisa. Tem definitivamente de perceber que espaços ocupar e quando é que deve ir e não ir à bola. No passe continua sofrível. Renato esteve algo nervoso e as coisas a não saírem tão bem como desejaria e como ele sabe. No entanto, é logo outra loiça com ele em campo.
Pizzi fez uma primeira parte interessante, com muitos movimentos bons para ter bola. Guedes esteve mal na primeira parte, com algumas más decisões. Jonas procurou os espaços entre linhas mas já se sabe como é quando joga Raúl. Por vezes andam os dois no mesmo espaço na procura da bola. Raúl marcou um belo golo de cabeça, num dos seus melhores atributos. Sentem muito a falta de ter bola com qualidade na frente.
Bem jogado na saída para o ataque mas depois o passe de Pizzi sai mal.
Muito forte Renato a recuperar a bola e a progredir em velocidade com ela controlada. Depois o passe acaba por sair mal.
O primeiro golo do Benfica. Sílvio marca rápido o lançamento e Jonas cruza para Raúl que tem apenas um defesa junto a ele. Numa grande cabeçada, o avançado mexicano marca um belo golo.
Faltam-me as palavras.
Para a 2ª parte, nenhuma substituição na equipa. Aos 47 minutos de jogo, fantástica arrancada de Renato Sanches com bola, colocando depois em Gonçalo Guedes que permite a defesa ao guarda-redes adversário.
Se a primeira parte já foi bastante mal jogada, estes primeiros 15 minutos da segunda ainda foram piores. Péssimo futebol em campo e a existirem ainda menos - ou nenhumas - jogadas com pés e cabeça. Aos 60 minutos Jonas remata de primeira ao lado, levando algum perigo à baliza adversária. Um minuto depois, é Júlio César que evita o 3-1, com uma bela defesa.
Aos 64 minutos duas substituições na equipa do Benfica. Sai o lesionado Sílvio e entra André Almeida. Talisca também entra em jogo, saindo Samaris. O médio brasileiro foi colocar-se no meio-campo, junto a Renato Sanches. Júlio César volta a negar o 3-1 ao Astana, depois de mais um contra-ataque da equipa da casa, precedido de mais uma perda de bola do Benfica. A equipa ia perdendo muitas bolas e continuava sem conseguir chegar à baliza adversária com perigo.
Quando pouco ou nada o fazia prever, o Benfica empata o jogo aos 72 minutos, depois de uma bela jogada de ataque finalizada por Raúl com o pé direito. A equipa do Astana já estava sem forças, não conseguindo sair para o contra-ataque. O Benfica baixou ainda mais o ritmo de jogo, abdicando quase de atacar, apenas trocando a bola entre os seus médios e defesas. A terceira substituição acontece aos 80 minutos, com a saída de Jonas e a entrada de Cristante.
Com a entrada do médio italiano, Renato voltou a subir no terreno, sendo o 8 da equipa. Talisca foi colocar-se no apoio a Raúl, na frente de ataque. Talisca remata de longe aos 85 minutos, mas o guarda-redes do Astana defende com facilidade.
O jogo foi-se arrastando para o final, sem nada de interessante acontecer. Astana já sem forças para atacar e a equipa do Benfica a preferir guardar a bola e a não atacar. Pouco depois, o apito final, com 2-2 no marcador.
A 2ª parte não foi muito diferente da primeira. Tudo bastante lento, com más decisões e demasiado pontapé para a frente. E até havia espaço para muito mais e melhor, que o Astana é bem fraco - sim, sei que não perdeu em casa - e cedeu fisicamente. Salvou-se a muito boa jogada do golo, a arrancada de Renato Sanches e pouco mais.
A defesa continuou com falhas, mas nesta 2ª parte o Astana já não criou tanto perigo. Samaris saiu cedo na 2ª parte, nota-se muito desgaste nele e estava também a falhar muitos passes. Renato desceu de produção quando passou a ser o 6 da equipa, deixando de ser o motor que a equipa precisa.
Gonçalo Guedes continuou a não fazer um grande jogo, estando bem abaixo das suas capacidades. Pizzi fez um dos melhores jogos de águia ao peito, sendo um dos melhores jogadores da equipa. Jonas demonstrou o que é no lance do 2-2, conseguindo pensar toda aquela jogada. É um jogador fantástico. Raúl marcou mais um golo nesta 2ª parte, aparecendo bem a finalizar, mas continua com a dificuldade de saber onde deve e não deve estar.
Talisca entrou pessimamente no jogo. André Almeida não comprometeu e fez mesmo a assistência para o segundo golo. Cristante deu segurança no passe nos 10 minutos que jogou.
Há quanto tempo não se via uma arrancada destas num jogo do Benfica?
Samaris esteve muito mal no passe.
Muito forte Renato a recuperar defensivamente e a roubar a bola, mas depois precipita-se no passe. Que diferença enorme na velocidade a que recupera entre ele e os outros todos.
Foi assim que Talisca entrou em campo.
Boa saída para o contra-ataque, mas Gonçalo Guedes adianta a bola em demasia.
O golo do empate. Brilhante jogada em que Jonas dá um recital. Incrível como ele se vai movimentando e pensando toda a jogada. Bom cruzamento atrasado de André Almeida e Raúl finaliza para o fundo das redes.
Em primeiro lugar, dar os parabéns a Rui Vitória por esta classificação. Foi uma boa primeira fase que o Benfica fez e que espero que seja culminada com o primeiro lugar do grupo. Sou da opinião que é na Liga dos Campeões que o Benfica tem de se mostrar sempre. Na Europa dos grandes, onde teve ao longo da sua história inúmeros momentos de glória.
Quanto a este jogo, foi mais do mesmo. Um futebol fraco e com os problemas de sempre que se têm falado por aqui. Tirando o lance do segundo golo, não conseguimos criar grande perigo em ataque continuado. Sei que o terreno não facilitava e que os jogadores não estão habituados, mas mesmo assim exige-se mais futebol. Continuamos a abusar dos cruzamentos para a área. Sim, marcámos dois golos através de cruzamentos, mas um nasce de um lançamento rápido e outro de uma bela jogada onde depois aparece o lateral a cruzar bem. O que normalmente acontece é que a bola entra no lateral no meio do meio-campo adversário e procuramos logo o cruzamento. São lances com uma % de sucesso muito baixa. Não percebo.
A equipa precisa de melhorar defensivamente e nas transições, mas isso não é de agora. Em praticamente todos os contra-ataques o Astana conseguia criar perigo.Não percebi a entrada de Talisca para 8 e o recuo de Renato para 6, já que não é aí que ele mais rende. Gostei de ver Cristante a ter minutos, vamos ver se é para continuar. Já Talisca, não entendo. Também não gostei de ver a equipa durante os 15 minutos finais a trocar apenas a bola e sem ter qualquer preocupação em atacar a baliza contrária.
Como esperado, a entrada de Renato trouxe muita coisa que falta à equipa. Intensidade nas transições, progressão com bola, capacidade de pressão, procura de outros espaços para receber a bola. Ainda falhou muitos passes e tem de melhorar essa vertente, mas a qualidade é imensa. Caso tudo corra como normal, não sai mais da equipa. É o melhor 8 do plantel, e não é de hoje.
Vem aí um jogo bem difícil em Braga e onde somos obrigados a vencer. Não há outro caminho.
Depois da vitória na Liga dos Campeões, o Benfica recebeu em casa o Boavista, em jogo a contar para a 10ª jornada da Liga NOS. No comando técnico dos axadrezados está Petit, um velho conhecido do Estádio da Luz. Para este jogo, apenas uma alteração relativamente ao último 11 apresentado. Regressou Samaris e saiu André Almeida. Júlio César, Sílvio, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, Talisca, Gonçalo Guedes, Nico Gaitán, Jonas e Raúl. Foi esta a equipa titular do Benfica.
Os primeiros 15 minutos de jogo foram pouco interessantes. Muita circulação de bola do Benfica, mas muita lentidão e pouca ou nenhuma dinâmica. O único lance de algum perigo acabou por ser um remate de longe de Sílvio após um canto. Aos 18 minutos, temos um livre perigoso mesmo na entrada da área, mas Jonas atira contra a barreira.
O Boavista tentava defender atrás, apenas fazendo um pouco mais de pressão quando a bola entrava no seu meio-campo, tentando recuperar e sair em contra-ataque. Com o passar dos minutos, o jogo pouco mudava, com o Benfica a ter quase a posse de bola toda, mas sem em momento nenhum criar qualquer desequilíbrio ou quebrar a barreira defensiva adversária com o seu jogo ofensivo.
Era desesperante o que se passava em campo. Nem um lance de perigo se via. Tudo era feito de uma forma lenta e previsível. Quando nada o fazia prever, o Benfica faz o 1-0. Gaitán faz um cruzamento atrasado e Gonçalo Guedes aparece na entrada da área a inaugurar o marcador com um belo remate.
Até o árbitro apitar para o intervalo, mais nada de importante aconteceu e o Benfica vencia por 1-0 ao fim dos primeiros 45 minutos.
Esta foi uma má 1ª parte. Muita posse de bola - bastante consentida pelo adversário - e sem nada resultar dela. Tivemos mais de 70% de posse de bola e nem um lance de grande perigo criámos. O golo nasceu da continuação de um lance de bola parada, porque entrar com ela jogável na defesa do Boavista, não se conseguiu. Tudo muito lento, muito previsível, sem dinâmica, sem velocidade, sem tudo. O Boavista não atacou praticamente nenhuma vez na 1ª parte e mesmo assim os lances de perigo em ambas as balizas foram quase os mesmos - nenhuns.
Não se pode dizer grande coisa da defesa. Não tiveram praticamente trabalho nenhum. Os laterais também pouco deram ofensivamente à equipa. Samaris e Talisca também muito apáticos. O grego sempre mais activo na recuperação da bola, já Talisca voltou a ser o que nos tem habituado nos últimos largos meses. Nem para a frente nem para trás.
Gonçalo Guedes marcou um belo golo. Gaitán é o único que imprime dinâmica e velocidade na equipa. É bola nele e ele que tente resolver os problemas. Jonas também não esteve bem e Petit sabe a importância que ele tem. Colocou um jogador sempre perto dele para não o deixar jogar e o Benfica teve muitos problemas com isso. Raúl foi mais do mesmo. Tem corrido muito, lutado muito, mas depois tudo espremido não dá em nada.
O golo de Gonçalo Guedes.
Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez nenhuma alteração. A equipa não entrou muito bem, ou melhor, entrou como tinha estado durante os primeiros 45 minutos. No reatar do jogo, apareceu um Boavista mais pressionante e o Benfica tinha ainda mais dificuldades em chegar com a bola ao ataque.
Não foi de estranhar que aos 55 minutos Rui Vitória fizesse a primeira alteração na equipa. Saiu Raúl e entrou Mitroglou. Por incrível que pareça, o jogo ainda estava tão mau ou pior que na 1ª parte. Tudo lento, sem dinâmica, sem vontade. Não se via nada em campo, até que aos 61 minutos aparece Jonas a atirar ao poste, depois de um belo remate de fora da área.
Com a entrada de Mitroglou, Jonas ficou mais solto. Gonçalo Guedes após iniciativa individual, cria um lance de perigo aos 71 minutos, mas quando podia ter tentado o remate, procurou a assistência e o lance perdeu-se.
Aos 79 minutos e na cobrança de um livre, Talisca atira ao poste, depois da bola ter sido desviada na barreira. A segunda substituição no Benfica acontece pouco depois do livre, com a saída de Jonas e a entrada de Carcela. O marroquino foi colocar-se do lado direito do ataque, com Gonçalo Guedes a ir para a esquerda e Gaitán a ser o apoio de Mitroglou.
O jogo caminhava tranquilamente para o final, sem nada de grande destaque acontecer. Porém, o golo da tranquilidade aparece aos 88 minutos. Jardel cabeceia à trave e Carcela marca na recarga.
A última substituição acontece aos 93 minutos. Sai Nico Gaitán e entra Renato Sanches. Logo de seguida, o fim do jogo, com o Benfica a ganhar por 2-0.
Não vale a pena estar a repetir tudo o que disse no final da 1ª parte, já que voltou a acontecer o mesmo. O Boavista subiu um pouco as linhas, criando um pouco mais de dificuldade nas saídas a jogar mas pouco mais que isso. Não conseguiu criar qualquer lance de perigo. A defesa manteve-se bem, não complicando o que foi sempre fácil de resolver. Sílvio tem melhorado nos últimos jogos que fez.
No meio-campo os problemas continuaram. Enquanto os dois médios jogarem tanto a par, a equipa perderá mais com isso do que qualquer coisa que - eventualmente - possa ganhar. Guedes teve uma boa iniciativa individual e Gaitán continuou a ser o desequilibrador. Perde várias vezes a bola, mas é o que mais dá à equipa.
Jonas com Mitroglou em campo já teve mais espaço para jogar entre linhas, mas mesmo assim longe do que nos tem habituado. Mitroglou pouco se mostrou também. Carcela marcou o golo, estando no sítio certo. Quanto à entrada de Renato Sanches aos 93 minutos, nem vale a pena comentar.
Grande toque de Mitroglou que deixa Jonas no um para um, mas não era o dia do avançado brasileiro.
O livre de Talisca ao poste.
O golo de Carcela.
Este foi um jogo desesperante por parte do Benfica. Sim, ganhámos, mas a exibição foi péssima. Claro que a equipa vinha algo cansada do jogo a meio da semana, mas nada é desculpa para tamanha falta de tudo em campo. Não vale a pena estar aqui a bater nos problemas da equipa todas as semanas, eles são sempre os mesmos e já cansa falar disso e não se ver qualquer solução em campo para isso. Sim, já li muito sobre estatísticas e bolas ao poste, mas é preciso perceber o contexto e não se tentar abafar o que se passou no campo. Podes ter muita parte de um todo, mas tens de conseguir algo com essa parte, ou então não te valerá de muito.
Não consigo perceber porque é que contra o Boavista em casa, se joga com dois médios centro a par e que não têm autorização para atacar. Andam ali o jogo todo a fazer passes para o lado e para trás e nem um único movimento de ruptura fazem, nem uma única vez se aproximam da área, deixando os quatro jogadores da frente para resolver contra uma muralha defensiva e com uns processos tão fracos. É que se é para ganharmos segurança defensiva, não faz sentido. Os dois médios continuam a ser ultrapassados em várias situações. Defender com muitos, não quer dizer que se vá defender bem. Depois é bolas para a área sem qualquer nexo. Corre uma vez mal, a seguir voltamos a fazer.
Depois não consigo passar ao lado da questão Clésio. Esta situação do jogador moçambicano, é digna de um campeonato distrital ou do INATEL. Quer dizer, o jogador aparece assim para ser titular na equipa principal do Benfica, isto sem ser a posição dele ou ter minutos na equipa B naquela mesma posição - mesmo em outra eram poucos. Passado uma semana, já nem é convocado, voltando para a equipa B, onde no jogo que fazem é suplente de um lateral direito que também está a ser adaptado. Eu não consigo qualificar isto. Estamos a falar do Benfica, não de uma equipa que se junta ao domingo para fazer uma jogatana de manhã, depois almoçarem todos e passarem a tarde a jogar às cartas. Inacreditável.
Que Rui Vitória aproveite esta paragem para melhorar a equipa e que não aconteça como na anterior em que a equipa apareceu bem pior depois da pausa. É preciso muito trabalho e menos passeios e folgas. É preciso mais, muito mais, e estão a chegar jogos bem difíceis. Ou existem melhorias, ou vamos passar muitas dificuldades.
Naquela que foi a 4ª jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, o Benfica recebeu o Galatasaray no Estádio da Luz. Para este jogo e com as baixas existentes, Rui Vitória apresentou aquilo que era mais ou menos esperado por todos. Júlio César na baliza, Sílvio voltou à lateral direita e Eliseu voltou para a equipa, jogando a lateral esquerdo. Luisão e Jardel a centrais, com André Almeida e Talisca no meio-campo. Guedes na direita, Gaitán na esquerda com Jonas e Raúl a serem a dupla de ataque.
O Benfica entra bem no jogo e Gaitán após iniciativa individual remata ao lado aos 3 minutos. Aos 5 minutos voltamos a estar perto do golo, com Raúl a rematar para defesa de Muslera e Gaitán na recarga a atirar ao lado.
O jogo ia seguindo com o Benfica a dominar a posse de bola e o jogo, atacando sempre mais, mas sem no entanto criar alguma grande ocasião de golo. O Galatasaray estava recuado, tentando depois sair rápido para o ataque.
Perto dos 21 minutos, a equipa turca cria perigo junto da baliza de Júlio César após perda de bola de Talisca, mas a defesa do Benfica consegue cortar o lance. Na resposta, saímos rápido em contra-ataque mas o passe final de Gaitán para Jonas sai um pouco para trás e o lance perde-se.
O jogo estava agora mais dividido, com o Galatasaray a ter mais posse de bola, mas sem existirem grandes oportunidades de golo em qualquer das balizas. Muitas trocas de bola, muitos passes mas faltava sempre algo ao Benfica no processo ofensivo. O Galatasaray lá alternava entre a pressão um pouco mais alta e o baixar de linhas.
O jogo caminhava para o intervalo sem muito de importante acontecer, mantendo-se o 0-0. E foi esse mesmo o resultado que se verificava no fim dos primeiros 45 minutos.
Esta foi uma 1ª parte razoável do Benfica. A equipa mostrou melhorias para aquilo que tinha acontecido nos últimos 3 jogos, principalmente na parte defensiva. Linha mais bem feita, encurtar do espaço e defesas mais juntos e basculando mediante onde a bola está. Continuou a existir o problema do espaço entre médios e defesa, deixando os adversários jogar. O Galatsaray criou dois lances de perigo, que nasceram de duas falhas do Benfica.
No ataque, falta sempre algo. Faltam mais linhas de passe, falta melhor coordenação entre os jogadores, falta mais presença na área e dinamismo.
A defesa esteve bem melhor que em jogos anteriores, não abrindo grandes espaços nem se expondo. O Galatasaray também não arriscou muito. Os laterais tentaram subir pela ala, mas pouco eficazes foram. A dupla do meio-campo tem de se tornar mais eficaz na pressão. São muitas as vezes que são facilmente ultrapassados ou que abordam mal os lances. Na parte ofensiva, pouco criaram, mas penso que isso é algo que está previamente definido.
Guedes teve vários movimentos interessantes e Gaitán foi desequilibrando com o seu virtuosismo. Raúl pressionou muito, mas lá está, anda em muito lado mas depois não está em lado nenhum nem onde é preciso. Teve uns 10 primeiros minutos em bom nível. Jonas foi tentando jogar entre linhas, mas com Raúl tem mais dificuldade, já que o mexicano baixa muitas vezes fazendo, com que seja Jonas a colar aos centrais.
Grande capacidade técnica de Gaitán.
Muslera a evitar o golo de Raúl e depois Gaitán a atirar para fora na recarga.
Muito bem Jardel a remendar o erro de Luisão.
Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez nenhuma alteração. O Benfica entrou bem e aos 52 minutos Jonas faz o 1-0, após livre estudado. Não durou muito muito a vantagem, já que Podolski empata o jogo os 58 minutos.
Como o empate conseguido, o Galatasaray baixou mais as linhas, remetendo-se ao seu meio-campo. O Benfica reage ao golo do empate e Raúl atira um pouco ao lado, depois de uma boa jogada. A equipa turca tentou baixar ritmo de jogo e isso ia a sendo conseguido, já que o Benfica estava menos intenso e dinâmico em campo. No entanto e depois de um canto, o Benfica volta a marcar. Luisão a aparecer na área para fazer o 2-1 aos 67 minutos.
Aos 72 minutos, Gaitán quase marca de livre, mas Muslera faz uma grande defesa. Tanto ao livre, como à recarga de Raúl, evitando assim o 3-1. A primeira substituição no Benfica acontece aos 73 minutos. Entra Carcela e sai Gonçalo Guedes. A segunda acontece aos 80 minutos, saindo Jonas e entrando Pizzi. Talisca subiu no terreno, colocando-se mais perto de Raúl.
O Galtasaray jogava agora com muita gente na frente, expondo-se mais. De contra-ataque, o Benfica quase faz o terceiro golo, mas Muslera defende o remate de Raúl, após grande assistência de Gaitán. Na sequência desse lance, Gaitán comete uma falta que lhe vale o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Com a expulsão, Talisca voltou a baixar no terreno, colocando-se junto a André Almeida e Pizzi fechava o corredor direito.
O jogo estava agora partido, com o Benfica a tentar defender a vantagem no marcador e a sair em contra-ataque. Aos 92 minutos o Galatasaray quase empata, mas Júlio César primeiro e depois Eliseu, evitam o golo. De seguida, a terceira substituição no Benfica. Sai Talisca e entra Cristante.
Pouco depois, acabou mesmo o jogo e o Benfica venceu por 2-1.
Esta 2ª parte foi parecida com a 1ª, mas com golos. O Benfica continuou com dificuldades em criar grande perigo através de lances de ataque continuado, e marcou 2 golos de bola parada. Talisca apareceu a jogar um pouco mais na frente de André Almeida, não estando tanto a par no ataque. A defesa cometeu alguns erros, continuamos a andar muito atrás do homem e a não guardar os espaços mais perigosos. Algumas falhas de concentração que podiam ter custado caro.
O espaço entre meio-campo e defesa voltou a existir muitas vezes na 2ª parte. A defesa esteve um pouco mais desconcentrada e falhando algumas vezes. André Almeida também foi falhando em tapar alguns espaços. Assim como no jogo anterior, Talisca apareceu um pouco mais agressivo e dando mais de acutilância ao meio-campo. Gaitán continuou a desequilibrar, mas não pode ser expulso desta maneira. Guedes continuou nas suas diagonais e a trocar várias vezes de flanco com Gaitán. Jonas marcou o seu golo da ordem e tentou procurar mais os espaços entre linhas, e Raúl continua a procurar o seu golo para ver se ganha mais confiança.
Carcela entrou um pouco individualista. Pizzi e Cristante pouco mostraram. O italiano não podia mesmo mostrar nada, já que entrou mesmo no fim.
O golo de Jonas.
O golo de Luisão.
Muslera a evitar o golo por duas vezes.
Este foi um jogo bem melhor que aquilo que o Benfica tinha feito nos últimos 3, sendo uma boa noite europeia - até porque ganhámos. A equipa está com várias ausências e ainda se torna mais complicado assim. Continuamos com os mesmos problemas que temos tido em todos os jogos. Saídas a jogar com, espaço entre defesa e meio-campo, dificuldade na transição defensiva e na reacção à perda, processos ofensivos com poucas soluções e falta de presença na área.
Temos mostrado algumas coisas novas, como os passes para as costas da defesa e diagonais dos extremos.Também, finalmente marcámos golos de bola parada. Talisca dá de facto outra acutilância ofensiva quando o Benfica tem a bola e outras soluções, mas não sei se é o jogador para render muito mais que isto nesta posição, até porque ainda não sabe pressionar nem é bom a posicionar-se.
A defesa como disse, esteve bem na 1ª parte, mas na 2ª piorou, com algumas falhas que podem custar caro. Rui Vitória tem de arranjar solução para o espaço entre a defesa e o meio campo. Em todos os jogos acontece o mesmo. E contra equipas de mais valia isto vai custar bem caro. E ainda acho que tantas referências individuais é mau para a equipa, mas parece-me que isso é para manter, já que tem sido assim durante os últimos largos jogos. É trabalhar as compensações, que serão sempre muitas.
Raúl precisa se crescer tacticamente e Rui Vitória tem de lhe mostrar os espaços onde ele deve e não deve estar. Assim continua a correr muito mas sem tirar grandes dividendos disso e ele até tem características que podem valer de muito para a equipa.
Temos um jogo no Domingo onde não podemos perder pontos. Espero que o Benfica se apresente em bom nível perante os seus adeptos, antes da paragem para as selecções.
Ontem, na 8ª jornada da Liga NOS, o Benfica recebeu em casa o Sporting, no derby que faz parar o país. Para este jogo, Rui Vitória não mexeu na equipa que defrontou o Galatasaray na última 4ª feira, tendo apresentado o mesmo 11 inicial.
O jogo começou algo dividido, mas com o Benfica a estar um pouco por cima, chegando mais perto da baliza de Rui Patrício. No entanto, na 1ª vez que o Sporting vai à baliza, marca golo. André Almeida perde a bola e Teo marca o primeiro golo da partida, depois de passe de Adrien.
O Benfica tentou responder ao golo do Sporting, pressionando e chegando perto da baliza adversária. Jonas atira ao lado, após passe de Gonçalo Guedes e depois chega atrasado a um cruzamento de Gaitán. Com o passar dos minutos, o ritmo de jogo foi baixando e o Benfica já não estava a ter tanta bola.
Aos 22 minutos, o 0-2 no marcador. Cruzamento de Jefferson na esquerda e Slimani a cabecear sozinho na área, fazendo o segundo golo do jogo. Perto dos 30 minutos de jogo, o Benfica cria perigo, mas o remate de Jonas sai por cima da barra. Já se notava muito nervosismo em vários jogadores do Benfica.
De contra-ataque, o Sporting faz o 0-3 aos 36 minutos, por Bryan Ruiz. O Benfica acusava muito os golos adversários e a equipa estava de cabeça perdida. Nada saía de bom no jogo. Faziam muitas faltas e pressionavam com pouca cabeça.
O intervalo chegou mesmo com o Benfica a perder por 0-3.
A equipa de Rui Vitória não entrou mal no jogo, mas com os golos do Sporting a sucederem-se, a 1ª parte tornou-se um pesadelo. Nunca se conseguiu arranjar antídoto para a presença de João Mário no meio-campo, quando saía do lado direito do ataque. Depois a equipa continua péssima a reagir à perda e a fazer a transição defensiva, e isso custou muito caro. Perdemos a bola, mas depois a pressão é feita sem grande critério e somos facilmente ludibriados pelos adversários. Muito passivos defensivamente, e com pouca atitude.
Não conseguimos ter uma única verdadeira oportunidade de golo em 45 minutos, o que é muito preocupante. A posse de bola foi com fraca qualidade e só a tínhamos até certo ponto. Quando se entrava em zonas mais na frente, não conseguimos ultrapassar a pressão do Sporting, a não ser com a lateralização do jogo. Saídas a jogar também sofríveis.
Júlio César ficou mal na fotografia no 1º golo, dando a ideia que a bola lhe escorregou da mão. Os laterais pouco deram ao jogo da equipa, tanto ofensivamente como defensivamente. Os centrais tiveram dificuldades com as movimentações dos dois avançados e com o espaço que eles procuravam entre a defesa e meio-campo do Benfica, posicionando-se várias vezes mal. A dupla de meio-campo não esteve bem. Pressão pouco eficaz, perdas de bola e dificuldade perante a inferioridade numérica.
Gaitán tentou fazer tudo sozinho, mas para a frente. Já para trás, que corressem os outros. Guedes pouco apareceu. Jonas também teve pouco espaço. Jorge Jesus conhece o jogo dele e tentou evitar que existisse aquele espaço entre linhas para ele jogar. Raúl Jiménez andou por muitos sítios, mas acabou por não estar em nenhum. Correu muito, mas com pouco critério.
Só assim o Benfica conseguia chegar com a bola na área.
Para a 2ª parte, Rui Vitória fez uma alteração. Entrou Fejsa e saiu Eliseu. André Almeida foi para lateral esquerdo e Fejsa foi colocar-se no meio-campo. Logo aos 47 minutos, Fejsa leva cartão amarelo.
O Sporting controlava o ritmo do jogo. O Benfica jogava muito com o coração e pouco com a cabeça, e pouco ou nada de bom criava no jogo. O Sporting quase volta a marcar aos 57 minutos, mas o remate de Jefferson sai ao lado da baliza de Júlio César. Fejsa sai lesionado aos 67 minutos, e para o seu lugar entra Pizzi.
A equipa de Rui Vitória não conseguia criar nenhum lance de perigo. Era uma equipa lenta e muito previsível em campo. O Sporting ia trocando a bola, pressionando e gerindo o ritmo de jogo conforme lhe dava mais jeito. Aos 69 minutos, a única grande oportunidade do Benfica no jogo. Raúl Jiménez evita que a bola saia, deixando Naldo para trás, mas não consegue finalizar depois a jogada. Pouco depois, Samaris também leva algum perigo para a baliza de Rui Patrício, depois de um remate de longe.
Pizzi, aos 77 minutos, atira ao lado da baliza de Rui Patrício, depois de uma das poucas vezes que o Benfica conseguiu chegar com a bola controlada na frente. Depois desse lance, Rui Vitória faz a 3ª substituição. Entra Mitroglou e sai Gonçalo Guedes, passando Jiménez para o lado direito.
Já existiam mais espaços neste momento e o Sporting já deixava jogar mais, mas nem assim a equipa de Rui Vitória criava grande perigo. Num lance caricato aos 88 minutos, Luisão quase marca autogolo, mas Júlio César consegue evitar quase em cima da linha.
O jogo acabou pouco depois, com o Benfica a perder em casa contra o Sporting por 0-3.
Não há muito a dizer desta 2ª parte. Benfica continuou uma equipa muito lenta e previsível, com uma qualidade de pressão e de posse de bola muito fraca. Jogadores completamente desinspirados e com falta de atitude. A equipa chegava sempre atrasada aos lances, já que os jogadores estavam sempre distantes.
A defesa acabou por melhorar um pouco, fechando melhor os espaços. A pressão continuou a ser muito fraca. No meio-campo pouco se notou a entrada de Fejsa ou Pizzi. Guedes desaparecido, Gaitán a jogar só para a frente e muito individualista. Jiménez e Jonas continuaram desaparecidos no jogo.
Este foi um péssimo jogo do Benfica. Aliás, não foi péssimo, foi vergonhoso. Não há que passar a mão pelo pêlo ou fazer cafunés na cabeça. Há que se assumir as responsabilidades do que se passou em campo. O Benfica perdeu em casa por 0-3 com o Sporting. Repito. O Benfica perdeu em casa por 0-3 com o Sporting. E tudo isto com 3 golos em 45 minutos. Mais. O Benfica apenas criou uma oportunidade de golo durante o jogo todo e que acabou por acontecer devido a um erro de Naldo e insistência de Raúl. Isto é bastante preocupante.
A atitude dos adeptos foi, de facto, de grande valor durante aqueles cânticos aos 70 minutos. Foi, no entanto, uma declaração de amor ao clube, não ao que se passou dentro do campo. Essa não pode ser a questão central de um jogo onde o Benfica perde em casa por 0-3 com o seu maior rival. E depois de termos sido completamente vergados em campo, as questões ao treinador do Benfica e as respostas, prendem-se muito com a atitude dos adeptos. Afinal o que estava em causa não eram os 3 pontos? Isto acontece depois de semanas em que tudo se disse do clube, em que se pediu a resposta em campo, mostrar o orgulho ferido, e o que aconteceu foi isto. Ainda somos o Benfica. Há que existir exigência.
Não percebo Rui Vitória. Diz que a equipa estava completamente preparada para o jogo, mas não estava. Tirando aqueles minutos iniciais, o jogo foi sempre jogado da forma que interessava ao Sporting. Não estava preparada para as movimentações de Teo, para os movimentos de João Mário, para a subida em bloco da defesa, para arranjar soluções na saída de bola, para jogar sem Jonas no espaço entre linhas, para os cruzamentos de Jefferson, para os contra-ataques, e podia continuar.
Rui Vitória diz que as suas equipas têm de saber reagir à perda da bola, mas neste jogo existiu um mundo e mais alguns de diferença entre as duas equipas. A posse de bola foi fraca, lenta e previsível. A transição defensiva foi péssima. E pior, a atitude em campo foi lamentável. Já nem vou pegar nas substituições, não vale a pena.
Eu sei que não tens culpa de muitas lacunas que existem no plantel, mas o que se passou é muito mau. Cria soluções, não insistas em algo que já viste que não serve. Onde anda o Cristante, Carcela, Djuricic, Renato Sanches, João Teixeira? E acho que Mitroglou devia ter jogado neste jogo, segurando mais a defesa do Sporting, tendo também mais presença na área. Sei que não é rápido, mas tem marcado. Depois colocamos um avançado a médio ala nos últimos minutos.
Rui, isto é o Benfica. Não é só falar na família Benfiquista, nos processos, no rumo. Nesta altura, já há que mostrar muito mais em campo. O que é certo é que em 3 jogos contra Porto ou Sporting, o Benfica tem 3 derrotas. O que é certo também, é que em 12 jogos oficiais do Benfica este ano, já se contam 5 derrotas.
Exigem-se melhorias, muitas melhorias e o assumir de responsabilidades do que se passou. Lá estaremos 6ª feira em Aveiro, onde é mais do que obrigatório ganhar.
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