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Depois do empate frente ao Besiktas, na primeira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, seguia-se agora a visita ao terreno do Nápoles, comandado por Maurizio Sarri. Era, como tinha referido, na teoria, um jogo extremamente difícil para o Benfica. Rui Vitória mexeu um pouco no 11 titular, fazendo entrar André Almeida e Carrillo para os lugares de Gonçalo Guedes e Salvio. Júlio César também voltou à baliza depois de Ederson ter sido titular em Chaves. Júlio César, Nelsinho, Lisandro, Lindelöf, Grimaldo, Fejsa, André Almeida, Pizzi, Carrillo, André Horta e Mitroglou - foi este o 11 com que nos apresentámos em campo.
Como era de esperar, Carrillo colocou-se no corredor esquerdo, com Pizzi no direito e André Horta no apoio a Mitroglou. André Almeida estava junto a Fejsa no corredor central, também como esperado. Nem 30 segundos de jogo e já o Nápoles criava algum perigo, através de uma bola para as costas da defesa do Benfica, mas à qual Milik não conseguiu finalizar com qualidade. O Nápoles, como se previa, começou o jogo a ter mais bola, tentando assumir as despesas e ir avançando no terreno com aquele jogo combinativo.
A primeira grande ocasião aparece aos 5 minutos, mas pertenceu ao Benfica. Excelente jogada a partir desde trás, com a bola a percorrer o campo todo em amplitude e profundidade, mas Mitroglou à boca da baliza a não conseguir marcar devido à intercepção de Hysaj. Nova oportunidade no jogo e de novo para o Benfica. Grimaldo a conseguir ganhar o lance a Albiol (também devido ao central espanhol se ter lesionado) e a cruzar muito bem para a entrada da área onde Mitroglou aparece a rematar, contudo Pepe Reina consegue defender o esférico.
O Nápoles não criava perigo, mas apesar de o Benfica tentar ter as linhas juntas no corredor central, eles conseguiam muitas vezes ultrapassar a pressão e encontrar espaços, também devido ao facto de serem fantásticos nesse aspecto. Depois, porém, falhavam no último terço, não conseguindo criar algo mais. O Nápoles pressionava a 1ª fase de construção do Benfica, mas mesmo com essa forte pressão, eram várias as vezes que conseguíamos sair a jogar desde trás, conseguindo deixar a 1ª linha de pressão do Nápoles ultrapassada. Pizzi, nas saídas, vinha dentro como é normal, mas em organização ofensiva estava posicionado bem mais amplo que o normal.
Por volta dos 15 minutos de jogo, o Benfica conseguia algo que ainda não tinha conseguido: ter posse de bola em organização ofensiva, trocando de pé para pé e obrigando o Nápoles a recuar. Em termos da criação de lances de perigo nessa posse, acabava por ser tudo muito estéril, já que havia muita segurança atrás, com poucos jogadores adiantados e vários mais recuados, tentando prevenir uma possível perda de bola e estarmos assim menos expostos.
Aos 19 minutos o Nápoles, em organização ofensiva, consegue arranjar espaço, tendo Ghoulam cruzado para um corte fantástico de Grimaldo que impediu a finalização de Callejón. Infelizmente, através do canto aconteceu o 1º golo do jogo, com Hamsik ao primeiro poste a finalizar. Nos minutos seguintes ao golo, o jogo não mudou muito. Ambas as equipas conseguiam ter posse de bola e trocar. O Benfica no último terço aparecia sempre com poucos jogadores em zona de finalização. Mitroglou estava sempre muito sozinho, rodeado por 3, 4, ou 5 adversários.
O Nápoles voltava a criar perigo aos 32 minutos, mas o remate de Hamsik saiu ao lado desta vez. A equipa de Rui Vitória continuava a ter bola, mas sem voltar a conseguir criar perigo. Haviam poucos jogadores dentro do bloco adversário, a bola era movida lentamente e o Nápoles facilmente fazia os ajustes defensivos sem comprometer a estrutura defensiva, estando com as linhas juntas.
Com o passar dos minutos e o aproximar do intervalo, a equipa da casa começou a tomar mais conta do jogo. Tinha mais posse de bola e ia gerindo o ritmo de jogo, sem o Benfica a conseguir ter o esférico durante muito tempo. A pressão do Benfica já funcionava também pior, assim como a ocupação de espaços em organização defensiva, com vários jogadores do Nápoles a receber e enquadrar de frente dentro do bloco do Benfica.
Aos 43 minutos, o Benfica, em transição ofensiva, conseguiu ultrapassar a primeira linha de pressão do Nápoles (através de uma boa combinação), o que deixou muito espaço para ser aproveitado, mas que Pizzi acabou por não arranjar solução, com o Nápoles a fechar bem os espaços atrás.
O intervalo chegou depois, com a equipa da casa a vencer por 1-0.
Esta primeira parte trouxe-nos algumas coisas boas no jogo do Benfica, outras nem tanto. Finalmente em alguns momentos, conseguimos ter uma posse de bola com critério e que não foi perdida poucos segundos após ter sido iniciada, obrigando por momentos o Nápoles a baixar muito as linhas. O problema é que essa posse foi muitas vezes apenas de contenção, já que tirando aquelas duas oportunidades iniciais, o Benfica não voltou a criar perigo. A posse era com qualidade para ser mantida, mas feita com muita cautela, sem correr grandes riscos e com poucos jogadores mais avançados, deixando assim um bom número atrás preparado para defender caso fosse necessário. Outra coisa boa foi a forma como várias vezes conseguimos sair da pressão do Nápoles, retirando com várias combinações a bola das zonas de pressão e arranjando espaço. Sem bola tínhamos vários problemas, que eram exponenciados pela enorme qualidade que os comandados de Sarri apresentam com ela. Os médios tiveram mais juntos, tentando ocupar o corredor central, mas várias vezes o Nápoles ia conseguindo ultrapassar as primeiras linhas de pressão do Benfica. Felizmente, depois não estavam muito assertivos e a defesa do Benfica ia resolvendo algumas questões. Nesta primeira parte apareceram algumas referências individuais, como André Almeida a Hamsik e Fejsa também a fazer isso algumas (mas menos que Almeida) em Allan. Também de negativo, mais um golo sofrido de bola parada.
Júlio César teve bem menos trabalho do que seria de esperar nesta 1ª parte. Nelsinho conseguiu ir estancando os lances de Mertens por aquele corredor, mas teve sempre dificuldades em perceber o que fazer quando o extremo vinha para o meio sem bola, mas isso foi mais um problema colectivo. Tentou também atacar, mas muitas vezes desapoiado. Grimaldo também esteve bem, com qualidade a atacar e a defender. Fica aquele amargo de boca pela saída de posição no espaço onde a bola entrou no canto, apesar de nem ser costume ele estar ali. E grandíssimo corte no lance que originou esse canto. Lisandro fez ali uns cortes e umas intercepções que lhe davam umas maravilhosas estatísticas e números ao intervalo, coisa que o pessoal tanto gosta. Já posicionalmente, a mostrar algumas falhas, como é sempre esperado. Lindelöf também falhou em alguns momentos, não controlando por exemplo bem a profundidade num lance. Ofensivamente, tentou levar a bola para o ataque.
Fejsa esteve menos assertivo que o habitual, tanto posicionalmente como na recuperação do esférico. Também os artistas do outro lado eram outros e por vezes conseguiam sair facilmente do espaço. André Almeida entrou com a missão de dar força ao meio-campo, e de andar sempre perto de Hamsik. Se por vezes conseguiu impedir que a bola chegasse ao médio eslovaco por estar bem perto dele, isso abriu espaços noutras zonas mais perigosas. Pizzi começou muito aberto, mas depois veio para o meio onde esteve melhor. Ajudou muito nas saídas de pressão, dando soluções aos colegas. Ofensivamente pouco desequilibrou. Carrillo esteve discreto, sem ter aquela explosão que se espera dele. A jogar com mais segurança e a tentar nunca perder o esférico, mostrou-se em diversas zonas do campo. A defender foi algumas vezes muito amorfo.
André Horta teve pouca bola e ofensivamente pouco deu. A defender não conseguiu fechar muito bem os espaços onde Jorginho recebia. Mitroglou teve duas oportunidades de golo e não as conseguiu marcar. De resto, praticamente não tocou mais na bola.
Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez nenhuma alteração na equipa, fazendo entrar o mesmo 11 em campo. Neste inicio de 2º tempo, o Benfica já não tentava pressionar tanto a construção adversária e baixava as linhas sem bola, deixando o Nápoles sair a jogar. Com bola, conseguíamos ir trocando, mas depois faltavam apoios e linhas de passe para o portador e os lances acabavam por não dar em nada. Já que as linhas de passe faltavam, Lindelöf decidiu avançar com bola aos 49 minutos, ultrapassando adversários e rematando depois por cima em boa posição.
Aos 50 minutos, Lisandro sobe com bola e o passe é interceptado por Hamsik, conseguindo depois o Nápoles atacar o espaço. Na sequência do lance, Lisandro faz falta à entrada da área sobre Mertens. O mesmo jogador não perdoa e faz o 2-0 através do livre. Era uma altura em que o Nápoles deixava o Benfica sair a jogar mais livremente, fechando-se bem depois, e este golo ia mudar tudo.
Com este segundo golo, a equipa perdeu-se completamente. Pressão sem grande critério, Nápoles a sair a jogar com qualidade tremenda e na sequência de um desses lnces Júlio César comete falta para grande penalidade. Milik não perdoa e aos 54 minutos faz o 3-0. Logo de seguida, mais uma má noticia para o Benfica. André Horta depois de um sprint sente uma picada, e tem de ser substituído. Rui Vitória faz entrar Salvio para o lugar do jovem médio.
O Benfica estava completamente perdido em campo, e aos 58 minutos surge o 4-0 por Mertens. Mais uma jogada em que a bola começa na construção do Nápoles e chega a situações de finalização. Júlio César de novo mal no lance. Não houve surpresa nos posicionamentos depois da entrada de Salvio. Pizzi passou para o meio, Carriilo continuou na esquerda e Salvio entrou para a direita.
Aos 60 minutos, Milik quase faz o 5-0, depois de um canto ao 1º poste, onde aparece o avançado polaco aparece a cabecear. O Benfica concedia cada vez mais espaços e se o Nápoles, mesmo sem ter muitos, consegue encontrá-los, assim ainda se tornava um jogo muito mais complicado para o Benfica. Milik volta a estar perto de marcar logo de seguida, sendo uma flagrante oportunidade com a baliza aberta, mas felizmente atirou por cima. Eram momentos muito maus do Benfica em campo, onde mesmo sem o Nápoles acelerar, encontraram espaços em todo o lado.
A pressão do Benfica não funcionava. O Nápoles saía a jogar desde trás com tremenda qualidade e facilidade, juntando a isto algum descontrolo emocional do Benfica em campo. Rui Vitória voltou a mexer na equipa aos 67 minutos, fazendo entrar Gonçalo Guedes para o lugar de Carrillo. Nada mudou, já que Guedes foi colocar-se também no lado esquerdo do ataque quando entrou em campo. O jovem jogador do Benfica não demorou muito a mostrar serviço e, numa altura em que o Nápoles já jogava a um ritmo muito mais baixo, recuperou uma bola em zona alta do terreno, isolou-se e bateu Reina, fazendo o 4-1.
O ritmo de jogo estava agora mais baixo. O Nápoles ia tentando guardar a bola e congelar o jogo e o Benfica também não arriscava muito. Boa jogada entre Pizzi e Salvio aos 74 minutos, mas depois o argentino não devolve a bola a Pizzi. Na resposta, perigo do Nápoles, com um passe para a profundidade e depois Milik a não conseguir receber na área, quando estava sozinho.
Rui Vitória volta a mexer na equipa aos 82 minutos, fazendo entrar José Gomes para o lugar de Fejsa, esgotando assim as substituições. André Almeida passou a ser o único médio defensivo, recuando Pizzi para 8. José Gomes colocou-se no ataque junto a Mitroglou. Mesmo não fazendo muito para tal, o Benfica volta a marcar aos 86 minutos. Grande passe de André Almeida a servir a diagonal de Salvio que na cara de Reina faz o 4-2 no jogo, lançando assim alguma (mesmo que pouca) emoção no jogo para os minutos finais.
Notou-se algum nervosismo do Nápoles com o segundo golo do Benfica, apesar do pouco tempo que faltava. Numa má saída de Reina a um lançamento lateral longo, cria-se algum burburinho na área napolitana, mas que em nada resultou.
Nada de relevante aconteceu até final, e o Nápoles acabou por vencer por 4-2.
Na 2ª parte, o Benfica entrou com as linhas um pouco mais baixas nos minutos iniciais. Ainda conseguimos ter bola no início, mas sem ela estávamos mais recuados. Com o 2º golo do Nápoles, a equipa desorientou-se completamente e sofreu 3 golos num espaço de tempo muito curto. Os espaços apareceram em maior número, os jogadores estavam perdidos e o Nápoles, mesmo sem acelerar muito, descobria essas zonas com muita facilidade. Foram um pesadelo aqueles minutos e a equipa da casa ainda teve ali dois ou três lances depois do 4º golo onde poderia ter avolumado o resultado. A capacidade de fechar os espaços no meio (que já mostrava dificuldades na 1ª parte) perdeu-se completamente. A defesa estava ainda mais insegura, cometendo vários erros e para ajudar, Júlio César estava numa noite caótica. O Nápoles depois do 4º golo nunca mostrou interesse em acelerar em demasia, já que da forma que o Benfica estava em campo, as coisas poderiam ter-se complicado ainda mais. Guedes entrou e marcou o golo numa boa recuperação, assim como Salvio marcou num bom movimento para a profundidade. Retirando isso, praticamente nada mais o Benfica conseguiu ofensivamente, continuando com falta de ideias em organização ofensiva e inferioridades numéricas enormes nas zonas mais adiantadas, com os jogadores que tinham bola a não terem soluções. De positivo, continuou a ser a forma como, em determinados momentos, a equipa ultrapassava a 1ª linha de pressão adversária, mas depois não conseguia tirar vantagem disso.
Sobre Júlio César, não há muito a comentar. Foi uma exibição desastrosa. Nelsinho na segunda parte subiu menos e defensivamente esteve várias vezes em inferioridade numérica com Mertens e Ghoulan. Posicionalmente, várias falhas também, mas noutras vezes acabou per conseguir recuperar bem. Grimaldo também subiu muito menos pelo corredor, cumprindo defensivamente. Sobre esta segunda parte de Lisandro, também me vou abster de fazer comentários. É uma tecla já muito gasta por aqui. Lindelöf também esteve mais inseguro, pior a controlar o espaço nas costas e a perder alguns lances.
Fejsa perdeu-se nesta segunda parte depois dos golos, não conseguindo ser nem de perto nem de longe o que nos tem habituado. Se ofensivamente já sabemos que pouco nos dá, defensivamente também demonstrou dificuldades em vários aspectos. André Almeida também a passar mal defensivamente, com uma ocupação dos espaços terrível em vários momentos. Belo passe para o golo de Salvio. Pizzi sentiu muito a falta de apoios perto dele, andando por várias posições mas onde foi inconsequente. Carrillo foi o que tinha sido na 1ª parte. Critério com bola sem arriscar muito e apenas uma boa arrancada onde passou por 3 adversários num espaço curto no corredor central. André Horta saiu cedo devido a lesão e Mitroglou pouco voltou a tocar na bola.
Salvio marcou o golo num bom movimento, e de resto pouca diferença fez em campo. Guedes entrou agressivo, tentando dar mais velocidade ao ataque e agressividade na recuperação. José Gomes baixou algumas vezes para dar apoios, mas o tempo em campo foi escasso.
Como já tinha dito na análise ao Nápoles, considero que os comandados de Maurizio Sarri eram favoritos. Jogavam em casa, têm melhor plantel, são uma equipa com mais qualidade nos processos de jogo e o Benfica tinha várias ausências importantes. Mesmo assim, não fizeram um jogo de enorme qualidade, estado algo abaixo em alguns capítulos do jogo.
Quanto ao Benfica, acho que Rui Vitória fez bem em colocar 3 médios de início, agora se era André Almeida que devia ter entrado para ali, já não concordo muito. André Almeida entrou para vigiar Hamsik, mas os movimentos do Nápoles naquela fase são tão bons, que eles rapidamente encontravam espaços e linhas de passe para outros jogadores.
Conseguimos ter bola em muitos momentos obrigando o Nápoles a recuar, mas se retirarmos aqueles dois lances iniciais, praticamente não criámos nada, mesmo quando havia bola. Tudo isto era explicado pelos poucos jogadores em organização ofensiva, as linhas de passe num número muito reduzido e os movimentos ofensivos com pouca qualidade. Na capacidade de pressionar a construção do Nápoles (apesar de ser difícil ser contrariada), também mostrámos pouca qualidade.
A equipa perdeu-se completamente depois do 2º golo sofrido, abrindo espaços por tudo em que era lado. Nunca percebemos o que fazer com os movimentos interiores de Mertens (principalmente). Depois André Almeida muitas vezes descurava o seu espaço para estar em cima de Hamsik, o que abriu crateras onde elas não podem acontecer. Fala-se muito que o Nápoles marcou 3 golos de bola parada e quem sem isso não fez mais nada. É certo que 3 golos foram de bola parada, mas também é certo que 3 dos 4 golos nasceram de jogadas onde eles ultrapassaram todas as linhas do Benfica começando com bola desde cá de trás (uma deu canto, outra grande penalidade e outra golo directo).
Em relação às bolas paradas, o Benfica estava claramente avisado para a zona do 1º poste, por isso Grimaldo estava numa zona diferente. Contudo, sofremos um golo de canto na primeira parte na zona do 1º poste e na 2ª Milik quase fez o mesmo, aparecendo sozinho. Isto começa a ser mais um problema de atitude e mental nestes lances, com os jogadores já a temerem as bolas paradas devido ao levado número de golos sofridos. A linha defensiva continua bastante irregular e muito nervosa, o que é perfeitamente notado. Jardel precisa de voltar rápido.
Em relação ao guarda-redes titular, acho que Ederson devia ter jogado. Com aquele forte pontapé, obrigaria a defesa do Nápoles a recuar uns bons metros, já que ele facilmente colocava a bola nas costas dele, dando assim mais uma solução quando não se tentasse sair a jogar na 1ª fase de construção. Quanto à rotatividade na baliza, sou contra o que tem sido feito. Nas provas mais importantes, tem de jogar sempre o melhor. Na Taça de Portugal e Taça da Liga pode rodar. Andam a trocar de guarda-redes a cada jogo e isso não é bom, porque têm características bem diferentes e a defesa tem de se estar sempre a adaptar de jogo para jogo.
Onde eu gostei de ver a equipa, foi nas saídas de pressão e em por vezes conseguir manter posse de bola com critério - como já disse. Vimos vários movimentos muito interessantes e bem trabalhados na saída da pressão, mas que depois não deram em nada. Penso que depois desta derrota Rui Vitória vai voltar a colocar Salvio a titular, apesar de eu achar que não o devia fazer. Falta perceber a gravidade da lesão de André Horta, já que é mais um problema para a equipa.
Agora é mudar o chip. Perdemos contra uma grande equipa e que mereceu a vitória. Marcámos dois golos a acabar que, psicologicamente, foram positivos para os estragos não serem maiores. O que também foi bastante positivo foi o empate na Turquia entre Besiktas e Kiev. Domingo, é não vacilar e continuar na liderança da Liga. Não gosto de paragens para as selecções, mas esta agora vem a calhar, pois dá a oportunidade de vários jogadores muito importantes - esperemos - recuperarem das suas lesões.
* A análise foi feita apenas com recurso a imagens, não causando assim constrangimentos a quem tem os direitos da Liga dos Campeões. Qualquer problema que haja, é só contactar o blogue por e-mail.
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