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Análise ao Nápoles

por R_9, em 27.09.16

 

Depois do empate na jornada inaugural contra o Besiktas, no dia de amanhã o Benfica irá deslocar-se ao Estádio San Paolo para defrontar o Nápoles. É, na teoria, o jogo mais difícil desta fase de grupos, já que os italianos são, a par dos encarnados, os grandes favoritos a passar esta fase. Na 1ª jornada, deslocaram-se à Ucrânia e venceram o Dinamo Kiev por 2-1 e no campeonato ocupam o 2º posto com 14 pontos em 6 jogos, estando a um ponto da Juventus, líder da Serie A.

 

Não tenho nenhuma afinidade com o clube italiano, mas desde que Murizio Sarri assumiu o comando técnico do Nápoles vejo imensos jogos realizados por eles, tendo já inclusive feito alguns trabalhos (aqui e aqui) sobre o Nápoles de Maurizio Sarri. Este chegou no ano passado a Nápoles, proveniente do Empoli e desde então os napolitanos são, para mim, a equipa que melhor futebol pratica em Itália. É certo que não têm os jogadores em termos de qualidade individual que a Juventus e até outras equipas possuem, mas no modelo de Sarri todos os jogadores sobem imenso de produção e melhoram a olhos vistos.

 

 

 

Para esta época, o vice-campeão italiano esteve bastante activo no mercado. Entraram jogadores como Milik, Amadou Diawara, Zielinski, Tonelli, Nikola Maksimović, Emanuele Giaccherini e Marko Rog. Não chegou nenhuma figura de primeira linha do futebol mundial, mas entraram jogadores com bastante qualidade. A contrastar com todas estas saídas, a grande figura da equipa saiu do plantel. Numa soma astronómica, Higuain trocou Nápoles por Turim, assinando assim pela campeã italiana.

 

A equipa de Sarri pouco ou nada varia na sua disposição em campo. Apresentam-se colocados num sistema de 1x4x3x3, com uma defesa bem alta, um médio mais defensivo, dois médios interiores de cada um dos lados na frente dele, dois extremos que aparecem muito no corredor central e um avançado que tem de fazer muitos movimentos de apoio e dar soluções aos companheiros de equipa. Defendem com referências sempre zonais (com diversas coberturas defensivas) e com cada posicionamento definido e pensado ao pormenor, pelo seu treinador. Claro que o jogo é muito volátil e é jogado pelos jogadores, pois nem sempre eles reagem a um contexto da forma que o treinador quer, mas a ideia geral e os padrões defensivos, estão completamente definidos. Ofensivamente, montam uma teia de apoios no corredor central que é impressionante, com cada posicionamento pensado e definido ao pormenor também e sempre com linhas de passe para o jogador com bola, tendo também outras soluções para o jogo.

 

São uma equipa que não tem uma grande profundidade, tendo mais amplitude ofensiva, e que privilegiam os posicionamentos no corredor central e os movimentos de apoio. Defensivamente, são também pouco profundos e pouco amplos, fechando-se bem nas duas vertentes. Os espaços entre linhas não aparecem muito, mas em algumas situações com a subida do médio mais defensivo e um recuo do bloco defensivo, acaba por acontecer. As distâncias entre os jogadores são normalmente muito poucas, já que estão muito próximos entre eles. O bloco não tem a tendência a fragmentar-se e isso acontece muito pouco, não sendo padrão. Existem muitas incorporações de jogadores nas linhas seguintes e chegadas da segunda linha.

 

 

Há vários jogadores nesta equipa que se destacam pela importância que têm em campo. Hysaj é cada vez mais uma referência europeia na posição de lateral direito. Muito bom a defender e a atacar sempre pela certa, aparecendo bem com bola. Koulibaly tem melhorado a olhos vistos com Sarri, e apesar de por vezes demonstrar alguma falta de inteligência e ímpeto a mais, é certo que com a sua capacidade física e de desarme, consegue ganhar muitos lances na defesa. Com bola tem estado também bem melhor, subindo com ela desde trás. Jorginho é o pêndulo da equipa, aparecendo na frente da defesa e nas costas dos dois médios interiores. É quem equilibra o Nápoles em campo, quem faz as coberturas e um elemento muitíssimo importante na manobra dos comandados de Sarri em campo. Hamsik é talvez o jogador de maior nomeada da equipa italiana. Aparece muito bem em zonas de finalização a partir da sua posição e é muito inteligente a movimentar-se, tratando bem a bola. Mertens é um jogador que aprecio bastante e, penso que ainda pode dar muito mais. Fortíssimo em acções de 1x1 e em diagonais para o interior, é muito difícil de travar. Milik (substituto de Higuain) apareceu muito bem na equipa e apesar de ainda não perceber toda a panóplia de movimentos que tem de fazer em organização ofensiva, tem marcado vários golos e decidido jogo em vários momentos.

 

Há vários jogadores que jogam na mesma posição e, que se forem opção, mudam um pouco o que acontece em campo. Na lateral direita, Maggio dará mais qualidade ofensiva que Hysaj, mas perderão defensivamente. Allan, a partir da posição de interior direito, equilibrará mais a equipa, mas Zielinski dará mais em termos ofensivos e mais qualidade com bola. Na frente de ataque, Gabbiadini será mais perigoso se tiver espaço para rematar de longe, colocando em prática o seu pé esquerdo. Já Milik é mais perigoso próximo da baliza adversária.

 

 

Análise individual

Pepe Reina – Guarda-redes espanhol muito experiente e que tem um jogo de pés muito bom, arriscando bastante nos passe que faz. Dentro dos postes é capaz do melhor e do pior, sendo algumas vezes irregular, mas começou muito bem a época, estando em boa forma.

 

Hysaj – Lateral albanês que veio do Empoli com Sarri para Nápoles. Muito certinho a defender, consegue muitas vezes secar os extremos contrários, conhecendo também muito bem os conceitos defensivos presentes na equipa italiana. A atacar mostra ser competente, mas vai mais pela certa e não arrisca muito. Tem algumas dificuldades no jogo aéreo.

 

Maggio – Ao contrário de Hysaj é melhor ofensivamente que defensivamente, apesar de cumprir em organização defensiva. Sobe muito bem pelo corredor e aparece bem a dar amplitude e a ser solução.

 

Albiol – Defesa central muito experiente e que em Nápoles voltou a estabilizar na sua carreira. Não é muito rápido, mas consegue posicionar-se bem. Percebe os momentos defensivos e tem a tendência por vezes em fazer recuar a linha defensiva. Gosta de apostar no passe longo por vezes para os extremos da sua equipa.

 

Koulibaly – Defesa central extremamente possante e que fisicamente ganha os duelos praticamente todos. Tem melhorado o seu ímpeto nos últimos tempos, evoluído bastante. Excelente capacidade de desarme, de antecipação e de jogo aéreo. Ao contrário de Albiol, não tem a tendência de fazer recuar a linha, mas sim em sair dela por vezes. Se tiver espaço, pode subir com a bola controlada a partir da 1ª fase de construção.

 

Ghoulam – Lateral-esquerdo argelino muito forte fisicamente e que ataca com bastante qualidade. É rápido e aparece bem a ganhar a linha de fundo para cruzar. Defensivamente consegue ser cumpridor, apesar de ter falhas e não ser tão fiável como Hysaj do lado contrário.

 

Jorginho – O pêndulo da equipa e que a cada jogo que passa parece que ganha mais importância. Extremamente importante na forma como faz os equilíbrios e as coberturas defensivas, gostando também de pressionar alto. Com bola, dá soluções e pode intrometer-se entre as linhas adversárias.

 

Allan – Médio que tem ocupado a posição de interior direito, e que apesar de não ter uma grande vocação ofensiva, move-se bem no campo e consegue ligar os sectores, aparecendo também bem no espaço. Defensivamente sabe bem o que fazer, sendo muito competente.

 

Zielinski – Ao contrário de Allan, dá outras soluções ofensivas à equipa a partir da posição de interior. Muito forte com bola, aparece bem em zonas avançadas, tendo também uma boa tomada de decisão.

 

Hamsik – É um dos elementos mais importantes da equipa e é por ele que muito do jogo ofensivo passa. Muito bom a mover-se pelo campo, sabe bem em que espaços aparecer, quer seja a vir ajudar na construção, quer seja em zonas mais ofensivas onde aparece bem a finalizar. Tem alguma dificuldade em recuperar defensivamente, onde é mais lento. É dono de um pontapé forte e com muita qualidade.

 

Mertens – Extremo belga que a partir de qualquer ala coloca a cabeça em água a qualquer lateral. Muito rápido e ágil, tem uma excelente relação com a bola, gostando de fazer diagonais a partir do corredor esquerdo. Por vezes exagera nos lances individuais e toma más decisões com bola no último passe, tendo também dificuldades em recuperar defensivamente.

 

Insigne – Extremo italiano que tem alterado a titularidade com Metrens no início da temporada. Muito prático aproveita qualquer espaço para tentar alvejar a baliza adversária. Gosta de partir para cima do lateral em acções individuais.

 

Callejon – Extremo direito que tem menos jogo que os extremos do lado contrário, devido ao Nápoles jogar mais pelo corredor esquerdo que pelo direito. Tem uma boa relação com a bola e aparece bem em terrenos interiores, sendo muito perigoso a atacar a profundidade.

 

Gabbiadini – Avançado italiano que tem um pé esquerdo de muita qualidade e que remata muito bem. Sabe baixar em apoio e aparecer depois em situação de finalização. Aproveita qualquer espaço para tentar a finalização com o pé esquerdo.

 

Milik – Avançado polaco forte fisicamente e que sabe que espaços atacar na área. Tem trabalhado e melhorado muito os movimentos em apoio, apesar de por vezes ainda não o fazer, já baixa bem para dar solução. Segura bem a bola e na área aproveita cada espaço para tentar finalizar. Demonstra boa capacidade de pressão à construção contrária e bom jogo aéreo.

 

Análise ao Processo Ofensivo

 

1ª fase de construção:

 

A primeira fase de construção é feita predominantemente por zonas interiores e de maneira combinativa. Os posicionamentos estão claramente definidos, com os laterais abertos e não muito projectados em profundidade, com os médios a baixarem para dar apoio aos defesas-centrais, que são quem normalmente têm a bola, nesta fase. Quando o guarda-redes tem o esférico, o médio mais defensivo coloca-se no meio dos centrais para receber. Assumem bastante risco em algumas situações na saída de bola, só batendo longo em última instância, mas podem também colocar na frente no movimento do avançado quando um extremo vem buscar a bola à construção. Os jogadores-chave nesta fase são os centrais, que apesar de não terem uma excelente relação com a bola, são a referência para começar a construir. O guarda-redes também é muito importante, pois coloca bem a bola nos laterais e em outros elementos, e é linha de passe para os defesas. Se a bola estiver em zonas mais recuadas, os médios baixam muito e são eles que tentam receber e dar continuidade ao lance. Os extremos aparecem muitas vezes dentro, dando mais uma solução a quem tem bola, para além dos apoios dos médios. Aparecem bem nos espaços, com os médios interiores a surgir várias vezes na zona que os laterais deixam por estar um pouco subidos. Se os centrais tiverem espaço para subir, não têm problemas em subir e assumir o risco.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2ª fase de construção / Criação:

 

Nesta fase, têm contínuas chegadas de segundas linhas. Posicionam-se com uma enorme teia de apoios no corredor central, com diversas combinações e inúmeras linhas de passe para quem tem o esférico. É a equipa no mundo que mais uso faz do corredor central para conseguir criar situações, para depois avançar com os posicionamentos definidos praticamente ao milímetro, onde os extremos aparecem dentro, o avançado a baixar e a colocação de vários jogadores entre linhas. A bola entra muitas vezes dentro e depois é jogada no exterior, onde parecem os laterais (esquerdo de forma mais repetitiva) a dar amplitude, com os extremos a vir de dentro para fora. Também há movimentos de ruptura dos médios, assim como iniciativas individuais dos extremos (principalmente Mertens e Insigne). Também podem atacar a profundidade, com Callejon e o avançado que está em campo a prepararem-se para o fazer em alguns contextos. Têm muita paciência nesta fase, não perdem a cabeça e aos poucos vão tentando procurar a melhor solução das várias que existem. O espaço que existe entre linhas na equipa adversária é algo muito explorado por eles. Os extremos não aparecem para cruzar nos corredores laterais, sendo os laterais que fazem isso mais vezes, apesar de ser uma equipa que não cruza muito. Têm coberturas ofensivas nesta fase, feitas principalmente por Jorginho. Os centrais, caso tenham espaço para avançar, não têm problemas em subir com bola até à fase de criação. Relações significativas entre os interiores e os extremos, procurando depois o apoio do avançado para combinarem. Muitas vezes estão muito balanceados nesta fase e deixam apenas dois jogadores atrás.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3ª fase de construção / finalização:

 

Não chegam com muitos jogadores a zonas de finalização, mas sabem perfeitamente onde encontrar os colegas e por isso são bem perigosos. Chegam predominantemente por zonas interiores, mas também podem chegar por fora fruto da subida dos laterais ou dos movimentos dos médios interiores. Nos cruzamentos colocam normalmente dois jogadores na área, onde procuram a zona do 1º poste, assim como fazem muitos cruzamentos atrasados para a entrada da área. Perigosos nas diagonais para dentro dos extremos e com a entrada do médio interior em zonas de finalização. Já no último terço do campo, tentam diversas combinações, principalmente entre o avançado e os extremos que aparecem dentro. Não são uma equipa que remate muito de fora da área, sendo Hamsik, Gabbiadini e Insigne os jogadores que por vezes podem tentar utilizar essa arma. Callejón ataca bem o espaço nas costas da defesa no último terço do campo. Se houver espaço para finalizar, não pensam muito e rematam logo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Transição ofensiva

 

Como pressionam muitas vezes alto, recuperam a bola em zonas adiantadas do terreno e aí tentam logo de seguida atacar zonas de finalização, normalmente por 4 jogadores (os 3 da frente mais Hamsik). Tanto recuperam tanto em zonas centrais como laterais, já que fazem muita pressão em ambos os corredores, e depois tentam tirar rapidamente a bola do aglomerado de jogadores. Hamsik aparece muito bem nos espaços em transição, quer seja no último terço, quer seja mais atrás a aparecer para conduzir ao meio. Raramente colocam a bola longa em transição, mas é possível isso ser feito, principalmente para Callejón que é quem o faz de forma mais repetitiva. Os médios interiores podem procurar logo as costas na linha de reacção à perda da equipa adversária, conseguindo assim retirar a bola da zona de pressão adversária. O avançado também baixa muitas vezes em apoio, tendo depois logo vários colegas de equipa para entregar o esférico. Tentam ocupar os 3 corredores e, mais importante que isso, é que haja logo soluções para o jogador que recupera o esférico. Defender à zona também ajuda, já que o jogador que recupera sabe exactamente em que posição estão os colegas de equipa para receber. Insigne e Mertens tentam também muitas vezes transições de forma individual.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Análise à Organização defensiva

 

Posicionam-se em organização defensiva com referências zonais e com três linhas de pressão. Normalmente pressionam bastante alto, tentando condicionar ao máximo a construção adversária colocando, por vezes, 6 jogadores na pressão, o que deixa espaços nas costas dessa linha de pressão, com a linha defensiva a estar posicionada em cima da linha de meio-campo. Se não conseguirem recuperar e condicionar totalmente, tentam recuperar rapidamente o posicionamento mais atrás. O objectivo é fechar o corredor central e depois de a bola entrar nos corredores laterais basculam e tentam ter superioridade numérica. Já mais recuados, tentam agrupar-se e colocar as linhas muito juntas. Há várias coberturas defensivas feitas em organização defensiva. São normalmente muito compactos, mas podem abrir espaços mais atrás quando um dos centrais não bascula rapidamente. Os centrais, se existir espaço disponível na frente deles e algum adversário para receber a bola, têm tendência a sair, principalmente Koulibaly que é muito agressivo nessas situações. Jogam com a defesa bem alta, reagindo depois a estímulos para baixar e controlar a profundidade. A linha é assertiva muitas vezes, mas como o risco é grande, não é totalmente fiável. Têm um problema que é o lateral direito e o central do lado direito terem a tendência de, em determinadas situações, afundarem um pouco, enquanto o lateral-esquerdo e o central do lado esquerdo fazem o contrário, subindo mais um pouco. É um problema que pode ser explorado. Os centrais são dominadores do jogo aéreo, ganhando muitos lances assim. Se um central sai para disputar a bola no ar, os restantes 3 defesas alinham atrás, o que acontece sempre! Fortes em acções de 1x1 defensivo, onde Hysaj e Koulibaly se destacam dos restantes. São muito rápidos a tentar fechar os espaços em situações de finalização adversária, saindo rapidamente na bola. Koulibaly e Ghoulam são jogadores que têm tendência para fazer várias faltas, sendo impetuosos na entrada aos lances. Com a defesa mais recuada, os jogadores do ataque também baixam. Vejo neles o problema de, quando a bola está no corredor lateral direito defensivo, Hamsik não é rápido a fechar o espaço interior nas costas de Allan e Jorginho, o que abre espaços. Se Jorginho se adianta, também fica espaços nas costas caso a bola seja retida rapidamente da zona dele. Em situações de cruzamento, posicionamentos pensados ao milímetro e trabalhados até à exaustão, com 3 defesas a alinhar na linha da pequena área.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Transição defensiva

 

Depois de perderem a bola tentam quase sempre reagir rápido e tentar recuperar o esférico, ficando várias vezes espaço nas costas para ser explorado caso a bola seja rapidamente retirada da zona de pressão. Quando atraídos ao corredor lateral e se houver rapidez de movimentos, há espaço no corredor central para ser explorado. A defesa como está normalmente muito subida, deixa espaço para ser explorado na profundidade com passes longos. Em zonas mais recuadas, o objectivo é fechar o espaço central e deixar os corredores laterais. Jorginho e Allan são importantes na transição, já que reagem muito forte à perda e tentam imediatamente fechar os espaços. Hamsik e os jogadores da frente caso a bola saia da zona deles, já demoram bem mais a recuar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Análise às Bolas paradas

 

Ofensivas:

 

Maurizio Sarri tem muitos lances trabalhados e a cada jogo aparece com coisas novas. Nos lançamentos laterais, há diversos movimentos trabalhados, assim como nos cantos, onde a zona mais atacada é a do primeiro poste. Koulibaly é o jogador mais perigoso nas bolas paradas em cruzamentos ou livres laterais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Defensivas:

 

Nestes lances, marcam sempre à zona, com posicionamentos definidos e onde cada um sabe que espaço ocupar. Parece-me que será importante tentar retirar da posição a defesa à zona, através de cantos curtos ou outros lances estudados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na minha opinião, considero o Nápoles favorito. Não apenas pelo que jogam, mas também por jogarem em casa e devido às várias ausências na equipa do Benfica. Contudo, não é impossível o Benfica conseguir sair do San Paolo com um com resultado positivo, já que os comandados de Sarri não são perfeitos e também têm falhas.

 

Ofensivamente, e a escolher uma zona para ser explorada, penso que o corredor esquerdo do Nápoles é o mais fraco e onde falham em maior número. Será importante retirar rapidamente a bola das zonas de pressão, trocando bem o esférico e procurar as zonas livres, sendo também importante tentar retirar Jorginho da sua zona. O Nápoles sofre mais quando não tem a bola, por isso também será importante ao Benfica conseguir ter o esférico durante algum tempo. Em situações de cruzamento, a zona mais fraca parece-me o 2º poste e entre central e lateral desse mesmo 2º poste, onde por vezes não conseguem cortar os lances. A transição ofensiva também pode ser algo que podemos aproveitar. Dar logo linhas de passes para retirar a bola da pressão adversária, procurar as costas da pressão no corredor central e também a profundidade, aproveitando a defesa muito alta do Nápoles.

 

Defensivamente, atenção às combinações que fazem no corredor central, com inúmeros apoios e linhas de passe. Conseguem dar soluções dentro e depois jogar fora para dar continuidade. Também não deixar construir com muita facilidade e direccionar a construção para o corredor lateral, já que com o risco que assumem, podem falhar. Atenção também a alguns ataques à profundidade que, com a defesa alta do Benfica, podem ser perigosos. Também fazem a atracção de vários jogadores a uma zona para que o defesa saia e depois aparece outro jogador no espaço deixado livre. Nos cruzamentos, a zona do 1º poste é muito procurada, tanto em bola corrida como parada. Assim que arranjam espaço no último terço, tentam finalizar, sendo também necessário não deixar o nosso lateral direito no 1x1 com Mertens, onde ele é muito perigoso. Atenção aos movimentos de Hamsik entre lateral e central, entrando em zonas de finalização.

 

 

 

*Peço desculpa por não ter respondido aos comentários dos artigos anteriores, mas tenho tido falta de tempo. Também dizer que qualquer problema que haja com o uso destas imagens, que nos contactem pelo nosso e-mail.

 

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publicado às 22:13


2 comentários

De Anónimo a 29.09.2016 às 15:14

Supondo que os observadores do Benfica que são profissionais e portanto deveriam conseguir fazer um trabalho no mínimo como o teu. Como é possível sofrermos um golo ao primeiro poste numa bola parada, tendo tu claramente identificado esse momento?
Falta de trabalho por parte do departamento técnico do Benfica, ou o Mitroglu e o Fejsa simplesmente adormeceram nesse lance ?

De R_9 a 30.09.2016 às 20:53

O lance estava claramente identificado pelo Benfica, até porque o Grimaldo não costuma estar na posição onde muitas vezes apareceu nos campos. Isto começa a ser um problema mental e também de atitude e falta de agressividade. Posicionalmente, acho que os jogadores estão bem colocados nos cantos, precisando depois de não ficar a olhar quando a bola parte.

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