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Análise à Supertaça

por R_9, em 11.08.16

 

*Nota: esta análise demorou mais a ser publicada, porque não sabíamos o que poderíamos fazer, em virtude da TVI ter reclamado com vídeos numa rede social, o que levou à suspensão de contas. Pensámos também que os direitos poderiam ser da VSports, mas como não têm nada no site, assumimos que não os têm. Como a TVI apenas se queixou de vídeos e não das imagens, optámos por fazer a análise com recurso a prints, já que isso em nada influencia ou prejudica a audiência que têm. Contudo, qualquer problema, contactem-nos por e-mail (euvistodevermelhoebranco@gmail.com).

 

Terminados os compromissos amigáveis de pré-época, era altura de começarem os jogos a valer. Em virtude da conquista do 35º campeonato, o Benfica disputou a Supertaça contra o vencedor da Taça de Portugal, o Sporting de Braga. Rui Vitória apresentou o 11 que era mais ou menos esperado, sem nenhuma grande surpresa. Júlio César, Nélson Semedo, Luisão, Victor Lindelöf, Grimaldo, Fejsa, André Horta, Pizzi, Cervi, Jonas e Mitroglou foram os 11 eleitos para o primeiro troféu oficial da época 2016/2017.

 

O Benfica entrou claramente por cima no jogo, sendo que o Braga não pressionava a construção do Benfica e deixava os jogadores encarnados chegar até perto do meio-campo sem pressão, onde depois tentavam ter um bloco muito compacto e a fechar principalmente o corredor central. Os primeiros minutos já indicavam que íamos assistir a um jogo muito quente, com muitas quezílias.

 

O Braga deixava jogar o Benfica e isso acabou por trazer custos aos 10 minutos, com Cervi a inaugurar o marcador depois de boa jogada pela esquerda. Jogada que começa numa subida de Lindelöf pelo meio campo adversário, sem ter qualquer tipo de pressão, entregando depois em Grimaldo. Ainda não tinha existido nenhuma grande oportunidade de golo, mas o inaugurar do marcador premiava a equipa que mais tinha feito por isso.

 

Nada mudou com o golo e a equipa do Benfica continuava muito por cima do jogo, procurando o segundo golo. O Braga também nada alterou ou tentou pressionar mais, o que facilitava muito a construção do Benfica. Depois na fase de criação, o bloco do Braga dava espaços e não conseguia travar as dinâmicas ofensivas dos jogadores encarnados. Outro pormenor onde a equipa de Rui Vitória estava particularmente bem era na reacção à perda, recuperando a bola assim que a perdia, evitando as perigosas transições adversárias.

 

Aos 15 minutos, Nelsinho de fora da área atira ao poste esquerdo da baliza de Marafona. Quatro minutos depois, é Cervi que está perto de bisar, mas o remate, em boa posição, sai muito por cima da baliza adversária. A equipa de José Peseiro não conseguia parar os movimentos do Benfica, e havia muito espaço para ser explorado no meio-campo bracarense. Muitos jogadores do Benfica a aparecerem no último terço, com os laterais sempre a atacar. Na construção, o Benfica continuava a privilegiar a segurança, mas como não havia pressão, os médios algumas vezes esperavam mais na frente pela bola.

 

Por volta dos 20 minutos de jogo, José Peseiro mudou o sistema táctico do Braga, colocando Rafa junto a Stojiljković na frente de ataque, deixando aquilo que era qualquer coisa como um 4-5-1 para um 4-4-2. Depois de recuperar duas vezes a bola, André Horta aparece na área para ganhar a segunda bola e rematar um pouco a lado da baliza adversária. Na jogada seguinte, primeira ameaça do Braga, com Pedro Santos a rematar para uma boa defesa de Júlio César para canto. Aos 29 minutos, Pedro Santos volta a criar algum perigo, mas Júlio César volta a responder bem. O jogo ao contrário do que se tinha visto até então, estava agora bem mais dividido. O Braga conseguia ter mais bola e subiu também as linhas de pressão, o que começava a dificultar bastante a 1ª fase de construção do Benfica.

 

Eram minutos sem grandes oportunidades, mas com uma grande intensidade. O Braga estava agora muito melhor em campo, conseguindo ter bola e arranjar espaços para a trocar no meio-campo do Benfica, com muitas viragens do centro do jogo. O bloco defensivo do Benfica não estava muito coeso, mostrando alguns espaços que não deveriam acontecer.

 

Mais perigo do Braga aos 38 minutos. Recuperação de bola alta no terreno e depois ataque muito rápido, com Rafa a não conseguir finalizar. O jogo caminhava para o intervalo, com um ritmo mais calmo. A equipa bracarense volta a criar algum perigo perto dos 45 minutos, mas Júlio César volta a defender um cruzamento/remate e depois Rafa na recarga acaba por perder a bola. Não foi a última vez que Júlio Cesar foi colocado à prova, já que no tempo de compensação, Baiano obriga o guarda-redes do Benfica a mais uma boa intervenção.

 

Não houve tempo para mais, e o jogo chegou ao intervalo com o Benfica a vencer por 1-0.

 

 

Neste jogo, assistimos a uma entrada à tricampeão. O Braga nem respirou e o Benfica sufocou completamente o seu adversário. Muita bola, boas ideias, jogo ofensivo a carburar, reacção muito forte à perda da bola e a recuperá-la em zonas muito adiantadas. Na criação, muitas linhas de passe sempre disponíveis e jogadores entre linhas. Mesmo com o Braga a não pressionar muito ou nada a construção, não deixámos de retirar muitas vezes os médios para juntos dos centrais, dando mais segurança e retirando gente de dentro do bloco adversário. Depois, com o Braga a mudar de sistema de jogo e a pressionar também a construção do Benfica, as coisas equilibraram-se. Apresentámos vários problemas defensivos e nem sempre o bloco esteve tão compacto, concedendo oportunidades ao adversário. Os laterais foram algumas vezes apanhados em inferioridade numérica e muitas vezes em igualdade, sendo quase sempre Fejsa a tentar ir fazer a cobertura aos laterais e não os centrais que estavam mais perto. Algumas perdas de bola na construção, fruto de maus passes. As transições ofensivas foram bem rápidas, mas depois a decisão era sempre má, não aproveitando o espaço.

 

Júlio César esteve bem, defendendo tudo o que foi aparecendo, com algumas boas intervenções. Os laterais a partir de uma certa altura tiveram muitas dificuldades com o volume ofensivo do Braga e depois muitas vezes abordaram mal os lances e fizeram más contenções. Ajudaram muito o ataque, tentando sempre desequilibrar. Centrais algo descoordenados, sendo que Luisão se agarra muito à referencia individual e joga um jogo diferente de Victor Lindelöf. Provavelmente são ordens que têm, mas ficam muitas vezes longe dos laterais e fica um espaço entre eles que é aproveitado. Victor Lindelöf muito bom com bola, subindo, fixando e desequilibrando.

 

Fejsa não me pareceu estar a 100%, mas o seu trabalho defensivo é muito bom. Muitas recuperações e coberturas defensivas. André Horta sempre ligado à corrente (algumas vezes em demasia), aparecendo em muitos lugares dando solução. Muita qualidade com bola, mas algumas dificuldades na construção quando foi pressionado. Pizzi combinou várias vezes bem com os colegas, e deu muitas linhas de passe importantíssimas para a equipa sair da construção com bola. No último terço do campo não esteve tão activo e esteve mais aberto na linha que o normal. Cervi começou endiabrado. É um jogador especial e com um potencial tremendo, ainda por cima ajudado naquele corredor por Grimaldo, onde já se nota um bom entendimento entre eles.

 

Jonas mais apagado que o normal e sem tanta bola. Contudo, muita qualidade nas movimentações e em ocupar o lugar certo. Mitroglou muitas vezes estático e sem dar grandes soluções, mas importante na forma como segurava os centrais para Jonas ter mais espaço e também como os arrastava para outras zonas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para a 2ª parte, Rui Vitória não fez qualquer alteração, entrando com o mesmo 11. O jogo não estava muito diferente do que tinham sido os minutos finais da 1ª parte. Muito equilíbrio, com o Benfica a ser menos vertical e a tentar congelar mais a posse acalmando o ritmo de jogo e o Braga a procurar o empate. Continuavam a ser os bracarenses os mais perigosos no terreno de jogo.

 

O Benfica volta a criar perigo aos 56 minutos. Bela triangulação no lado esquerdo do ataque e Cervi a cruzar bem para Jonas, sendo o remate depois interceptado por um defesa contrário. As equipas estavam agora mais abertas em campo, havia mais espaço para ser explorado, porém nem sempre isso acontecia com qualidade. Aos 66 minutos, Rafa volta a estar perto de marcar, mas Júlio César é muito rápido a sair dos postes e acaba por ganhar o lance.

 

Rui Vitória mexe na equipa pela primeira vez aos 68 minutos, fazendo entrar Raúl para o lugar de Mitroglou. Logo depois da substituição, a grande oportunidade do Braga até então. Lançamento longo de Marafona após um livre lateral do Benfica isolando Rafa que depois de ultrapassar Júlio César, atira às malhas laterais com a baliza aberta. Péssimo posicionamento defensivo do Benfica, abrindo todo o corredor central. 

 

O jogo estava muito rápido, o Braga continuava com as transições ofensivas muito perigosas sem o Benfica as conseguir travar. O que lhes valia é que eles falhavam sempre o último passe ou a decisão final. Na altura em que o Benfica mais precisava, mas quando menos se previa, acontece o segundo golo, aos 75 minutos. Grande passe de Pizzi a isolar Jonas na cara de Marafona e, como é habitual, ele não perdoa, dando uma vantagem de dois golos ao Benfica.

 

Rui Vitória mexe de novo aos 79 minutos, fazendo entrar Samaris para o lugar de Jonas. Com esta alteração, Samaris juntou-se a Fejsa no meio-campo e André Horta passou a ser o apoio de Raúl no ataque. O Benfica acalmou com o segundo golo, passou a ter mais bola e a controlar melhor o ritmo de jogo. Mesmo assim, perda de bola aos 81 minutos e numa rápida transição o Braga volta a criar perigo, saindo a bola um pouco ao lado da baliza de Júlio César.

 

Mais uma perda de bola aos 83 minutos, e mais um remate perigoso do Braga ao lado da baliza de Júlio César. Aos 86 minutos de jogo acontece a última substituição do Benfica. Entra Salvio e sai Cervi, passando Pizzi para o corredor esquerdo. Mais uma perda de bola do Benfica e Hassan tenta um chapéu que passa muito perto da baliza. A posse de bola era agora controlada totalmente pelo Benfica, tendo espaço para a trocar no meio-campo contrário, estando um duplo pivot com Samaris e Fejsa a fechar os espaços no corredor central, mas a equipa acabava depois por fazer vários maus passes e perder o esférico, mesmo sem o Braga pressionar muito.

 

E se dúvidas ainda houvessem, Pizzi acaba com elas aos 92 minutos. Transição rápida conduzida por Salvio que depois entrega em Raúl. O avançado mexicano não bate Marafona, mas Pizzi na recarga com um grande chapéu faz o 3-0.

 

Pouco depois, acabava o jogo e o Benfica conquistava a Supertaça 2016/2017!

 

 

Esta 2ª parte continuou a ser o espelho da segunda metade da primeira. O Benfica a tentar acalmar mais o ritmo, dando também mais bola ao Braga, e os bracarenses muito verticais na busca do golo do empate. O bloco do Benfica não esteve tão compacto como seria de esperar e assistimos a várias falhas defensivas individuais e colectivas que têm de ser evitadas! Em transição defensiva, muitos problemas também em parar os bracarenses. Ofensivamente já não conseguimos produzir tanto e o golo aparece numa altura que o Braga já justificava o empate. A qualidade individual acabou por fazer a diferença naqueles momentos, e desequilibrou a favor do Benfica. Algumas boas trocas de bola, com dinamismo e dinâmica, mas em muito menos quantidade que nos primeiros 45 minutos. A equipa também ainda não está totalmente bem fisicamente e isso notou-se em vários jogadores.

 

Júlio César continuou a dizer presente sempre que foi chamado. Os laterais já não subiram tanto e estiveram mais atrás, mas voltaram a ter problemas defensivos. Nem sempre ajudados ou a serem compensados defensivamente. No centro da defesa, os centrais acabaram por resolver muitos lances, mas continuou a existir alguma descoordenação entre ambos.

 

Fejsa muito bem no seu trabalho defensivo, já ofensivamente falhou alguns passes e perdeu bolas que não é normal, já que prima pela segurança na entrega. André Horta esteve bem, tentando levar a equipa para a frente com a bola e aparecendo nos espaços. Sem bola, alguma dificuldade no posicionamento. Cervi perdeu um pouco de gás e sem ser uma ou outra combinação, não desequilibrou tanto. Defensivamente e na forma como tem de ajudar, precisa de melhorar. Pizzi guardou o melhor para o fim. Grande assistência e um grande golo. Neste 2º tempo, menos aberto e mais no interior, fazendo várias combinações no corredor central.

 

Jonas marcou o golo do costume, numa altura em que já se notavam dificuldades físicas no craque brasileiro. Mesmo sem os níveis físicos desejáveis, é um livro aberto na forma como se posiciona em campo e percebe o jogo. Mitroglou teve ainda menos bola no último terço e ressentiu-se isso.

 

Raúl veio dar mais mobilidade ao ataque, mas pouco mais fez do que Mitroglou tinha feito. Algumas más decisões. Samaris veio fechar mais o corredor central e ajudar Fejsa no meio-campo, recuperando várias bolas. Salvio deu mais verticalidade e velocidade na transição, aproveitando assim os espaços que o Braga concedia, como no lance do 3º golo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não há melhor forma de começar a época do que com a conquista do primeiro troféu oficial. Rui Vitória e os jogadores do Benfica estão de parabéns por mais esta conquista.

 

Não foi um jogo nada fácil, apesar dos 20 minutos iniciais avassaladores do Benfica. Comparando as oportunidades, o jogo poderia ter caído para qualquer dos lados, até porque o Braga ofensivamente mostrou qualidade (menos na finalização e decisão), mas a qualidade individual do Benfica fez diferença nos momentos chave.

 

Defensivamente, é preciso melhorar. É certo que o Braga mostrou qualidade ofensiva, contudo cometeram erros que não se podem cometer, tanto individuais como colectivos. Rui Vitória precisa de rever o espaço entre centrais e laterais, assim como os laterais serem apanhados em igualdades ou inferioridades numéricas e o bloco não bascular totalmente depois do adversário virar o centro do jogo. Li muitas coisas sobre os centrais, que Victor Lindelöf esteve muito mal e Luisão não, mas não consigo concordar. Apesar de não ser uma exibição de encher o olho, Victor Lindelöf esteve bem acima de Luisão (tanto defensivamente como ofensivamente). É preciso perceber também quais são os comportamentos colectivos e não um fazer uma coisa e outro fazer outra. Jardel faz falta, espero que volte à titularidade assim que recuperar.

 

Ofensivamente, a equipa mostrou argumentos. No entanto, tirando aqueles 20 minutos iniciais, fomos algumas vezes previsíveis e não se aproveitaram os espaços como poderíamos. A qualidade individual ofensiva é enorme, com soluções para todos os gostos. Na Supertaça jogaram Pizzi, Cervi, Jonas e Mitroglou. Rui Vitória ainda tinha Gonçalo Guedes, Raúl, Carrillo e Salvio no banco, com Zivkovic ainda a estar lesionado. É absurda tanta qualidade para o nosso campeonato. Muitos furos acima de qualquer adversário.

 

Ainda há muitas coisas a aperfeiçoar. Os índices físicos e dinâmicas ainda precisam de ser melhorados e isso acontecerá com o tempo. Assim como ainda é preciso emagrecer o plantel e tomar algumas decisões. Para já, algumas boas indicações, outras nem tanto. O plantel do Benfica é fortíssimo, com soluções para todos os gostos e Rui Vitória tem aqui muita qualidade para trabalhar e dar-nos ainda mais alegrias.

 

Sábado, início do campeonato. Não podemos facilitar, é entrar com o pé direito e trazer os 3 pontos de Tondela, iniciando assim da melhor maneira o caminho para o 36!

 

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publicado às 20:45


3 comentários

De Jorge Carolo a 12.08.2016 às 10:36

"Algumas perdas de bola na construção, fruto de maus passes"

Não concordo com o que escreveste sobre as perdas de bola. Não acho que tenha sido fruto de maus passes, mas de maus posicionamentos. Algo que acontece desde o ano passado e que não foi corrigido.

Temos as unidades do meio campo mal posicionadas para dificultar a vida aos avançados adversários, alem de que os nossos laterais não estão profundos o suficiente, para evitarem que os alas adversários possam pressionar não só os laterais com tambem os nossos centrais. A somar a isto tudo, nem sempre, os nossos extremos vão procurar as zonas interiores nesta fase, o que criaria duvida não só no meio campo adversário como nos alas.

Acho que a fase de construção é o nosso grande problema atual o que traz consequencias para o nosso jogo em organização ofensiva, pq mtas vezes procuramos a bola longa pq nao conseguimos chegar ao meio campo adversário com a bola controlada. Isto claramente que se nota mais evidente, em jogos contra equipas mais fortes e nos pode trazer serias complicações no futuro.

julgo que o RV o faz pq tem medo de perder a bola em fase de construção. Mas uma vez que o nosso ataque posicional está bastante melhor do que o ano passado e a reação à perda tambem é fundamental evoluir na fase de construção para que não soframos como sofremos neste jogo e em jogos deste nível.

Nem tudo é um mar de rosas mas já se notaram algumas melhorias face ao ano passado, resta esperar que RV perceba que uma equipa que se quer dominadora e a maior parte do tempo em ataque organizado tem de ser mt competente na fase de construção.

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