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Análise a Alex Grimaldo

por R_9, em 29.12.15

 

Alejandro Grimaldo García é o novo reforço do Benfica. O lateral esquerdo chega do Barcelona B - onde era o capitão da equipa - assinando um contrato válido até 2021. O jovem jogador espanhol desde muito cedo deu nas vistas e foi falado no mundo do futebol. Foi no Valência que começou a dar os primeiros toques na bola, onde jogava a médio. Saiu depois em 2008 para o Barcelona, onde esteve até aos dias de hoje. Foi um autêntico saltador de etapas na equipa catalã, jogando sempre em escalões superiores ao que seria normal na sua idade. Por exemplo, estreou-se pelo Barcelona B a 4 de Setembro de 2011, quando ainda nem 16 anos tinha feito. A partir da temporada 2012/2013 começou a ser presença assídua na equipa B, mas em Janeiro de 2013 aparece uma grande contrariedade para a sua evolução. Em jogo contra o Hércules, tem uma lesão gravíssima - rotura do ligamento cruzado no joelho direito -, ficando assim muito tempo afastado dos relvados, voltando apenas já a meio da temporada 2013/2014. Depois de voltar, tem sido indiscutível da equipa B blaugrana, contabilizando até hoje 95 jogos pela equipa. Aos 16 anos, foi também Campeão Europeu Sub19, quando em 2012 a sua selecção venceu o Europeu na Estónia. Foi titular o torneio todo, sendo por exemplo, Bernat - que joga agora no Bayern - suplente. Ao seu lado, jogavam nomes como Deulofeu, Paco Alcácer, Jesé Rodriguez, Óliver Torres, Suso ou Saúl Ñíguez. Nessa prova, enfrentou a selecção de Portugal, que contava com André Gomes, João Mário, Bruma, Ivan Cavaleiro, João Cancelo ou Tiago Ilori. 

 

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publicado às 14:28

Resultados das Modalidades e da Formação

por Miguel Martins, em 22.12.15

 

No Futebol, o destaque vai para mais uma derrota da equipa B, desta vez frente ao FC Porto B por 0-3. Urgem mudanças na equipa B que podem passar por uma maior estabilização dos jogadores no plantel, acabando com as constantes mexidas. Os Juvenis tiveram um empate inesperado, enquanto os Iniciados continuam a sua brilhante caminhada.

 

Em Rugby averbámos duas derrotas na formação.

 

No Futsal, o destaque vai para as nossas meninas que tiveram uma vitória categórica frente ao Sporting. Estão em grande e de parabéns. A formação, soma e segue.

 

 

No Basquetebol, o destaque vai para a derrota da nossa equipa sénior feminina frente ao Quinta de Lobos, que apenas se deu no 4º período. Grande réplica das nossas meninas e acredito que com 1/2 reforços agora em Janeiro, podíamos dar o salto necessário para lutar por algo mais.

 

O destaque no Andebol vai para a nossa derrota na Maia, frente ao Águas Santas.

 

No Voleibol, o destaque vai para a semana muito positiva da nossa equipa sénior. Apuramento garantido na Europa e grande vitória fora, frente ao Castêlo da Maia.

 

No Hóquei em Patins derrotámos o FC Porto em casa. Um grande resultado e um grande passo rumo ao título.

 

 

Na Natação, conseguimos a subida de divisão em masculinos. Parabéns!

 

Teresa Queirós e Cláudia Dominguez, conquistaram dois primeiros lugares em Bilhar, no Open da Zona Centro e de Lisboa/Setúbal. Parabéns!

 

No Atletismo, mais um fim de semana fantástico, com grandes resultados de uma secção à Benfica!

 

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publicado às 23:03

Análise ao Benfica vs Rio Ave

por R_9, em 21.12.15

 

Depois do empate a meio da semana na Madeira, o Benfica voltava a jogar em casa. Desta vez, foi o Rio Ave a visitar o Estádio da Luz. Para este jogo, Rui Vitória fez apenas uma alteração relativamente ao jogo anterior, entrando Samaris para o lugar de Fejsa. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Samaris, Renato Sanches, Gonçalo Guedes, Pizzi, Jonas e Mitroglou.Foi esta a equipa titular escolhida pelo treinador do Benfica para este jogo.

 

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publicado às 19:48

Entrevista a Fernando Tavares

por Miguel Martins, em 20.12.15

 

Licenciado em Organização e Gestão de Empresas na Universidade Técnica de Lisboa-ISE, Fernando Tavares é, aos 55 anos, um nome de referência e apontado várias vezes como um dos nomes fortes para um dia ser Presidente do Sport Lisboa e Benfica. Já foi Vice-Presidente para as Modalidades do Benfica durante 5 anos, demitindo-se em Setembro de 2008. Durante um ano, foi também Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol. 

 

Um muito obrigado da nossa parte a Fernando Tavares por ter aceite o nosso convite para responder a várias perguntas colocadas por nós. Numa entrevista frontal e verdadeira como sempre habituou os Benfiquistas, fala do passado do Benfica, do presente e projeta o futuro.

 

 

 

Nas últimas eleições, encabeçou uma alternativa a Luís Filipe Vieira. Alternativa essa que conseguiu chumbar um R&C (Relatório e Contas). Curiosamente ou não, o Benfica após isso ganhou dois Campeonatos, uma Supertaça, uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga. Considera que esse momento foi de viragem?

 

O chumbo do R&C em 2012 foi um movimento espontâneo dos sócios do Benfica que se mobilizaram no sentido de expressar, através daquele voto, a insatisfação vivida pela falta de resultados desportivos no futebol, para além das questões financeiras relacionadas com o aumento galopante do passivo e a discussão à volta do “milagre financeiro”. Aquele ato, não foi de todo organizado, nem os sócios se deixariam manipular ou instrumentalizar. Pensar assim, seria passar aos sócios um atestado de falta de sentido de clube, o que me parece não ser o caso. Creio mesmo que os sócios em condições normais não teriam chumbado o R&C. O documento foi apenas instrumental, ou seja, foi o pretexto para expressar um certo descontentamento. No entanto, não podemos esconder que aquela rejeição teve como objetivo criar um certo impulso para o aparecimento de uma alternativa. É assim que eu leio o momento vivido. Não foi a alternativa que chumbou o R&C, mas sim o contrário, no sentido em que o dito chumbo representou uma solicitação expressa por parte da maioria dos sócios presentes naquela AG para que emergisse uma alternativa credível. Dito de outra forma, os sócios presentes na AG fizeram a sua parte e passaram a mensagem para que nós fizéssemos a nossa. Foi um momento à Benfica, ou seja, foi como recuperar a tradição das velhas assembleias. Era impossível fugir daquela responsabilidade e ficar insensível ao movimento verificado que teve a sua expressão mais forte no chumbo do R&C. Ao longo das semanas seguintes fui testemunha da paixão clubística de todos os que travaram essa “batalha” desigual por novos caminhos. Surpreendeu-me o conhecimento que a juventude que apoiou a mudança tem sobre o Benfica e, acima de tudo, o sentido de clube e dos seus valores. A verdade é que essa expressão maioritária na AG não teve tradução nos resultados eleitorais.

 

No entanto, a candidatura de Rui Rangel teve uma outra expressão, escondida é certo, não conhecida publicamente, que se revelou absolutamente crítica para a decisão de avançar. Entre 2008 e 2012 formou-se uma certa oposição à atual liderança. No ano eleitoral e no contexto dessa oposição emergiu um movimento que defendia uma ação de aproximação à gestão de Luís Filipe Vieira no sentido da constituição de uma lista conjunta. O objetivo era, de certa forma, tentar influenciar e tomar o Benfica por dentro. Essa estratégia teve a oposição imediata de Rui Rangel e da minha parte. Na altura, ambos considerámos que as discrepâncias tinham que ser assumidas através de uma candidatura que desse corpo a uma nova alternativa. Infelizmente para alguns, o poder pelo poder falou mais alto e os princípios e os valores da ética ficaram dentro da gaveta.

 

Tenho pena que não tenha sido possível, em tão pouco tempo, passar a mensagem do programa eleitoral encabeçado por Rui Rangel. A equipa liderada pelo candidato tinha enormes valências e o programa estava muito bem estruturado. Com todo o respeito por todos os estilos de liderança, creio que o Benfica perdeu uma oportunidade para acomodar um estilo distinto de gestão, mais assente na construção da equipa, numa orgânica baseada num conceito de colégio (com decisões colegiadas) e menos centrada na figura presidencial, sem que isso significasse que o presidente perdesse os poderes estatutários. De qualquer das formas, fica a noção do dever cumprido face ao movimento de sócios que procurava uma solução distinta para comandar os destinos do Benfica, assim como a necessidade de afirmar uma oposição que se expressasse nas urnas e não em tentativas de golpes palacianos.  

 

É natural que estes movimentos acabem por obrigar quem gere a melhorar processos e decisões. Nesse sentido, creio que algum impacto indireto terá tido, embora os resultados obtidos são principalmente da responsabilidade de quem no momento geria o futebol do Benfica e a SAD.           

 

 

Apesar de já ter demonstrado o seu apoio a Rui Rangel e Bagão Félix, ponderaria votar em Luís Filipe Vieira em 2016, caso ele se recandidate? E porquê?

 

Primeiro não estou certo que Rui Rangel volte a recandidatar-se e que Bagão Félix esteja disponível para se candidatar. Em nome da pluralidade seria bom que se candidatassem. Não tenho dúvidas, qualquer deles seriam excelentes presidentes. Conheço ambos muito bem e posso testemunhar a seriedade, a competência e a paixão pelo Benfica. Não posso a esta distância das eleições e sem conhecer o pool de candidatos formar um sentido de voto. No entanto, não excluo nenhuma possibilidade, incluindo o voto em Luís Filipe Vieira.     

 

 

Contempla, algum dia, a hipótese de ser candidato à presidência? E se sim, contra Luís Filipe Vieira?

 

Não excluo a possibilidade de me candidatar a Presidente do Benfica embora tal não esteja no meu horizonte como um objetivo que me persiga diariamente. No entanto, é importante que se verifiquem sempre duas condições: 1) sentir que existe um movimento de apoio a uma potencial candidatura com condições ganhadoras, ou em alternativa condições de dever de consciência e de responsabilidade para marcar uma posição ou um sentido de rumo para o Benfica (como de certa forma se verificou no apoio a Rui Rangel); 2) ter condições financeiras e humanas de governabilidade. Só em condições extremas concorreria, neste momento, contra Luís Filipe Vieira.     

 

 

Em seu entender, quais foram até hoje os maiores erros e também valias da gestão de Luís Filipe Vieira?

 

Prefiro começar pelas mais valias. Luís Filipe Vieira devolveu a credibilidade ao Benfica. Eu sou testemunha. Quando tomei posse como Vice-Presidente responsável pelas modalidades em 2003 o clube não tinha qualquer tipo de credibilidade em matéria de cumprimento contratual. Recordo-me bem da dificuldade que tive para formar as equipas. O Benfica tinha uma reputação de incumprimento e os atletas e os treinadores recusavam-se a assinar pelo Benfica. Lembro-me de ter reunido com o advogado do Clube para fazer um levantamento dos incumprimentos que se arrastavam em tribunal. Cerca de 3 milhões de euros de dívidas a atletas e a treinadores. Uma parte significativa da dívida ainda resultava da equipa de ciclismo da gestão de Vale e Azevedo. Falei com cada credor individualmente, negociei uma redução da dívida e estabeleci planos de pagamento que cumprimos religiosamente. Todos sem exceção retiraram os processos que tinham em tribunal. Pela primeira vez e passados vários anos, alguém falava abertamente com os credores no sentido de resolver. Limpei integralmente o passivo em 12 meses e nessa altura contei com o apoio incondicional do Presidente e do Departamento Financeiro liderado pela Teresa Claudino. Uma financeira muito competente, afastada da primeira linha da agenda financeira da SAD e do Clube com o processo de profissionalização do Benfica. Na minha opinião uma perda para o Benfica. Estratégias de poder com as quais a determinada altura, e na defesa dos superiores interesses do Benfica, me incompatibilizei.

 

Luís Filipe Vieira sempre teve a visão de dotar o Benfica com as infraestruturas necessárias à prossecução de um objetivo desportivo: garantir a hegemonia desportiva. O estádio, os pavilhões, as piscinas e o Seixal são exemplos de uma visão clara de enriquecimento do património e acima de tudo da necessidade de dotar o Benfica com uma logística diferenciadora visando a excelência desportiva.

 

Outro aspeto positivo foi a profissionalização do Clube e da SAD, embora tal processo poderia ter sido implementado com profissionais Benfiquistas. Sempre disse e mantenho que, para determinado cargo, se posso contratar um benfiquista, não vou contratar um sportinguista, um portista ou um boavisteiro. No universo do Benfica, existem profissionais competentes que sem salários principescos aceitariam servir com paixão, motivação, excelência e profissionalismo o Benfica. Serei sempre um crítico dessa estratégia de contratação, mas ao longo deste percurso o Benfica fez excelentes contratações no campo técnico. Por exemplo, o Benfica hoje está dotado de uma excelente equipa de médicos e de fisioterapeutas, para além de outras funções ligadas ao treino e à deteção de talentos.

 

Outro trabalho muito meritório foi o desenvolvido no Seixal que permitiu o aparecimento de jovens jogadores com muito talento. Pena que alguns deles não tenham sido retidos durante mais tempo. Igualmente de assinalar o esforço feito pelo reforço e o crescimento competitivo das modalidades, assim como a criação da Fundação Benfica.              

 

Saliento como menos positivo uma estratégia com avanços e recuos em relação à política desportiva para o futebol e um aumento exagerado do passivo que agora nos obrigará a fazer uma contenção durante os próximos anos. Em determinamos momentos, contratámos jogadores sem qualidade para jogar no Benfica e desnacionalizámos completamente a equipa de futebol. No processo de contratação de profissionais já referi que discordo de contratar não benfiquistas e para além disso a estrutura parece-me muito pesada. Sempre fui defensor de estruturas muito mais leves, em nome da eficiência organizacional e da mitigação dos custos. Do ponto de vista do desenvolvimento organizacional nunca concentraria todos os poderes num único Administrador Executivo. É um tipo de modelo que convive bem com o erro e com os vícios de gestão. Eu separaria três áreas funcionais e nomearia para cada uma delas um Administrador: Desportiva, Financeira/Serviços e Marketing/Comercial. Por outro lado, discordo completamente de um modelo de governo em que a estrutura profissional se sobreponha aos Órgãos Eleitos. É possível profissionalizar sem ferir normas estatutárias básicas e princípios de boa convivência funcional.

 

 

Vê alguém dentro da estrutura do Benfica com competência suficiente para assumir o lugar de Presidente do Benfica?

 

Sinceramente não. A maior parte das pessoas que compõem os Órgãos Sociais do Benfica, com algumas exceções, não têm funções executivas e acabam por não conhecer bem o Clube por dentro, para além do Camarote Presidencial. Por outro lado, a exigência do lugar de Presidente obriga a um perfil que combine capacidades de gestão, conhecimentos desportivos e valências comportamentais, que eu sinceramente não descortino na atual estrutura.       

 

 

Bruno Carvalho já assumiu publicamente que vai ser candidato nas próximas eleições. Na sua opinião, ele é uma alternativa credível e forte?

 

Todas as alternativas são credíveis desde que os candidatos reúnam condições de elegibilidade. Havendo um debate sobre a legitimidade da candidatura de Bruno Carvalho, conduzida pelo condicionalismo dos 25 anos, e não sendo um especialista em direito, creio que do ponto de vista do direito administrativo, existem saídas que podem legitimar a sua candidatura, pelo facto de já ter sido candidato antes da revisão estatutária. E como já disse, em nome da pluralidade, todas as candidaturas são bem vindas. Conheço relativamente bem Bruno de Carvalho e creio que as suas intenções em relação ao Benfica são sérias, genuínas e conduzidas pelo seu sentido de responsabilidade. Tenho dúvidas que a sua candidatura possa reunir apoios necessários para realmente disputar a liderança. Temos igualmente que reconhecer que não é fácil concorrer contra Luís Filipe Vieira. No entanto, saúdo a sua iniciativa que tem certamente o meu apreço.      

 

 

Como vê o momento atual do Benfica, com os novos contratos assinados, e a promessa de eliminação do passivo? Acredita que essa promessa será cumprida?

 

Já tive oportunidade de escrever que o novo contrato com a NOS é importante para o Benfica. Não restam dúvidas que o Benfica organicamente, ou seja, com as receitas anuais correntes e extraordinárias provenientes da venda de jogadores, não conseguiria eliminar o passivo. Só com uma operação comercial com esta magnitude financeira, ou seja, inorganicamente, é que seria possível eliminar passivo e manter os níveis de competitividade da equipa de futebol. O Benfica estava estrangulado financeiramente e só acumulando operações financeiras seria possível dar resposta aos compromissos vencidos. Significa que globalmente este negócio é bem vindo e creio que necessário para a boa solvabilidade da SAD.

 

Fica claro que o investimento na BTV acabou por funcionar como uma estratégia de pressão comercial. A verdade é que o crescimento da BTV acabou por se revelar decisivo para que hoje a NOS pagasse pelos direitos aquilo que o Benfica sempre pretendeu, ou seja, 40 milhões por ano. Nesse sentido, o atual acordo é uma vitória comercial do Benfica. Podíamos dizer que se trata de uma inversão de estratégia mas na realidade creio que essa opção nunca esteve na mente de Luís Filipe Vieira porque seria incomportável para o Benfica manter e aumentar os níveis de investimento no canal para obter um retorno aceitável. A menos que o Benfica deixasse de ser um clube desportivo para ser um canal televisivo. E isso creio que os Benfiquistas não aceitariam. O retorno obtém-se por quem detém a especialidade técnica e acima de tudo a disponibilidade para fazer volumosos investimentos no seu "Core Business". Por outro lado, o Benfica percebeu que a BTV tinha atingido o seu limite de Peter quando concorreu pelos direitos da Liga dos Campeões e a UEFA não permitiu tal cedência.  

 

Diminuir o passivo é imperativo. Não creio que exista outra opção. Principalmente o passivo de curto prazo que deverá, neste momento, representar cerca de metade do passivo bancário. Obviamente como qualquer outra grande organização o Benfica não pode nem deve ter passivo zero. Existirá sempre passivo operacional, mas dentro de um desejável equilíbrio financeiro. Por outro lado, parte do passivo bancário, o que está relacionado com o estádio, poderá ser amortizado dentro do plano de pagamentos acordado, não havendo razões de fundo para antecipar pagamentos, até porque as respetivas taxas de juro são competitivas.    

 

 

O Benfica tem afirmado aos seus adeptos que, tem as suas finanças sólidas e é um clube estável. No entanto, todos os anos tem necessidade de vender os seus principais ativos e este ano optou por uma política de desinvestimento, comparativamente com anos anteriores. O que pensa desta situação e porque acha que foi tomada esta decisão?

 

O Benfica não podia continuar a investir sem critério na equipa de futebol. Por outro lado, era necessário dar sentido ao bom desenvolvimento do trabalho no Seixal. Trata-se de uma combinação de fatores que obrigam o Benfica a mudar de paradigma e à recuperação do modelo desportivo que teve sucesso entre os anos 60 e meados dos anos 90. Aposta no jogador português e critério na contratação do jogador estrangeiro.

 

 

Acredita que algum dia existiu o chamado “Milagre Financeiro”?

 

Claro que não. Tratou-se de uma manobra de propaganda. O que houve, como já expliquei anteriormente, foi uma recuperação da credibilidade institucional do Benfica. Para além disso, o aumento do passivo foi muito preocupante e é preciso explicar que parte do mesmo nem sequer resulta do investimento em património mas sim de decisões desportivas. 

 

 

Acha que a venda dos direitos televisivos à NOS por 400 milhões de euros foi realmente um bom negócio?

 

Na minha opinião sim como expliquei anteriormente embora me preocupe o facto de não existir uma cláusula de saída unilateral.

 

 

Vê com bons olhos que, caso se confirme, os jogos do Benfica em casa sejam transmitidos pela Sport TV?

 

Não vejo que exista problema a não ser o facto de perder a autonomia em relação aos horários dos jogos. Sobre preocupações passadas temos que reconhecer que o acordo foi assinado com a NOS e não com a Olivedesportos. Para além disso, hoje a relação de forças dos protagonistas é bem diferente daquela que vivemos no passado.   

 

 

É a favor ou contra a venda do Naming do Estádio?

 

Tenho que reconhecer ter alguma dificuldade em aceitar. Mas hoje as exigências financeiras são tremendas e o Benfica tem que capitalizar os seus proveitos para poder ser competitivo. Para mim o Estádio será sempre o da Luz.  

 

 

Recentemente, quer no futebol, quer nas modalidades, o Sport Lisboa e Benfica tem sido bem sucedido. Apesar de tudo, nas modalidades, parece imperar um rumo mais consciente, preciso e funcional. Os resultados positivos são frutos dum trabalho pensado, bem elaborado e ciente das necessidades. Acha que o futebol, no plano de vista desportivo, tinha alguma coisa a aprender com as modalidades?

 

Antes de ter tido responsabilidades no Benfica considerava que as modalidades faziam parte do código genético do Benfica e em nome da tradição era absolutamente crítico mantê-las. Hoje penso que para além disso é necessário manter as modalidades porque através das mesmas podemos ter um futebol mais forte. Do ponto de vista das tecnologias do treino e do desenvolvimento da alta competição, o futebol tem andado atrás de muitas das modalidades. Poderia dar inúmeros exemplos, mas darei apenas um. O scouting, hoje instrumento fundamental no futebol, desenvolveu-se no basquetebol há mais de 40 anos. Normalmente os treinadores das modalidades são muito qualificados e meticulosos. Isso ajuda muito a centrar a agenda desportiva e o respetivo rumo.       

 

 

Sendo o maior clube português, com melhores condições a todos os níveis, o que acha que falta ao Benfica para obter uma completa "hegemonia" interna? Ou ganhar com mais regularidade? É demérito nosso ou mérito de terceiros?

 

Bom, nas modalidades essa sustentabilidade é claramente possível. No caso do futebol temos que aguardar pelos resultados desta nova estratégia desportiva.

 

 

Há algum clube ou projeto que siga como exemplo ou use como referência?

 

Não em particular, embora reconheça méritos elevados no modelo de formação do Ajax e a sua articulação com o desporto escolar. Dos modelos mais completos que estudei, embora não tenha sido possível uma afirmação a nível europeu um pouco resultante de ser, como Portugal, um mercado de poucos milhões. Creio que o Benfica tem características muito particulares. Resta-nos refletir sobre os fatores de sucesso do passado e extrapolar a agenda para os dias de hoje. É possível nacionalizar mais a equipa de futebol e ser competitivo como demonstrámos durante três décadas. 

 

 

Acredita que num prazo de 5 anos, o Benfica possa afirmar-se como um clube Top 10 europeu? Qual pensa ser a melhor estratégia para lá chegar?

 

É possível. Já provámos que é possível formar dos melhores jogadores da Europa. Não podemos viver apenas da formação mas também não devemos contratar indiscriminadamente. Ser seletivo como no passado glorioso ao nível da contratação de jogadores estrangeiros. Pagando parte do passivo mais oneroso e possível libertar mais receitas às quais se devem adicionar as mais valias resultantes dos novos contratos. As regras de fair play financeiro ajudarão a equilibrar a competitividade. Os clubes com orçamentos mais elevados são altamente despesistas ao nível da contratação. Não será necessário gastar a esse nível para ser competitivo. Fundamental anualmente conseguir boas campanhas na Liga dos Campeões que permitam igualmente a otimização das receitas. A minha dúvida é de que forma podemos acelerar a prossecução desse objetivo face ao processo de transição que estamos a viver. As indicações, por agora, não são muito favoráveis, ou seja, uma vez mais, o desafio não está, a meu ver, na mudança de paradigma, mas mais no protagonista (treinador) que tem que a gerir. É natural que uma transformação com este calibre obrigue a uma aposta com, eu diria, um “músculo” superior. Aliás, a história do Benfica assim o demonstra. Transformar sim, mas com grandes treinadores.

         

 

O que pensa do papel de Rui Costa? Crê que deveria ter mais poder de decisão?

 

Aí está uma questão difícil. Não consigo entender o dá e o tira na relação entre a liderança e o Rui Costa ao longo dos anos. Eu teria preferido dar responsabilidades adequadas e crescentes na sua complexidade e âmbito ao Rui Costa. O crescimento profissional faz-se fazendo, dia a dia, projeto a projeto. Por mim, Rui Costa teria hoje mais responsabilidades, mas eu não teria dado tantas responsabilidades quando iniciou as suas funções como gestor para o futebol.      

 

 

Jorge Mendes tem um papel muito importante no futebol do Benfica. Todos os anos assistimos a inúmeros negócios entre o Benfica e o empresário português. Qual a sua opinião sobre isso? Dependemos demasiado dele?

 

Creio que sim. Temos que reconhecer que proporcionou excelentes negócios. No entanto, algumas vezes tivemos que pagar esses favores com contratações discutíveis. O saldo é claramente positivo embora considere que o Benfica devia diversificar um pouco mais a relação com os agentes. Jorge Mendes pela posição que ocupa na indústria pode dar vantagens competitivas face à sua capacidade para chegar a qualquer clube. Não creio que a sua ação seja igualmente positiva para jogadores que não sejam de primeira linha. Significa que o seu trabalho acaba por ser muito seletivo. Neste área funcional, o Benfica deveria ter alguém especializado para posicionar outros jogadores no mercado, fazer o marketing dos seus ativos junto de potenciais clubes compradores, fazer o seguimento dos jogadores emprestados, assim como ajudar o Benfica a criar as condições para o êxito das contratações de jogadores talentosos, ou seja, assegurar uma espécie de diplomacia desportiva.      

 

 

Cada vez aparecem mais jogadores oriundos da formação e com mais qualidade. Pensa que estamos a trabalhar bem a formação ou ainda há muito para melhorar?

 

Penso que estamos no bom caminho. Os resultados são muito evidentes. A questão coloca-se ao nível da integração dos jogadores na primeira equipa e de que forma isso será possível sem envolver por época desportiva muitos jogadores.

 

 

Concorda com a ideia de que o insucesso até agora na época se deve a uma aposta na formação e desinvestimento?

 

Em parte. Não explica tudo, a meu ver. Mesmo assim, a equipa deveria render mais, apresentar um fio de jogo e crescer de jogo para jogo. 

 

 

Quem foi o principal culpado na saída de um treinador bicampeão? O próprio treinador ou Luís Filipe Vieira?

 

Para mim é claro que o Benfica pretendeu fazer uma aposta diferente. A forma como o Presidente do Benfica geriu a renovação do contrato, foi um convite a um impulso do treinador para abandonar. Jesus podia ter assinado? Talvez. Mas ceio que o treinador percebeu que não era desejado. Dito isto, não estou a afirmar que estaria de acordo com a manutenção do treinador.    

 

 

Nos últimos largos anos, apenas com Jorge Jesus a treinador, Luís Filipe Vieira conseguiu ganhar. A estrutura do Benfica existe mesmo, ou a estrutura era Jorge Jesus?

 

Depende do que se entende por estrutura. Creio que há um tipo de estrutura que se mantém inalterável e como já aqui disse o Benfica tem pessoas muito qualificadas em diversas áreas funcionais do futebol que não se podem confundir com o papel que Jorge Jesus teve no Benfica. No entanto, há um tipo de estrutura, mais ligado à equipa principal e não tanto de retaguarda, em que Jorge Jesus, pelo seu perfil, exercia uma influência enorme. Creio que nesse campo, a estrutura era mais Jesus e com a sua saída criou-se um vazio, que a meu ver está a ser ocupado de uma forma pouco estruturada. Dou um exemplo. Jorge Jesus pode falar com erros gramaticais e de uma forma grosseira, mas a mensagem passa. No entanto, podemos falar muito bem e a mensagem não passa.      

 

 

Rui Vitória, foi inequivocamente, uma escolha de Luís Filipe Vieira. O que acha dessa decisão?

 

Penso que sim. Luís Filipe Vieira viu em Rui Vitória o treinador para mudar o paradigma do futebol. Uma maior aposta no Seixal. O treinador tinha tido sucesso no Guimarães com esse modelo e conhecia o Benfica. O problema é que o Benfica tem outras exigências e um impacto mediático enorme. Na minha modesta opinião esse ângulo da decisão poderia ter sido mais bem ponderado face a outras alternativas.  Creio que o desafio que se coloca hoje a Luís Filipe Vieira não é tanto a saída de Jesus mas sim se o seu substituto estará à altura do desafio.   

 

 

Seria Rui Vitória a sua escolha para treinar o Benfica?

 

Não pretendo ser indelicado para o treinador do Benfica. Enquanto treinador terá sempre o meu apoio como sócio e adepto. Mas em nome da minha consciência e do respeito que devo aos sócios que solicitaram esta entrevista, assim como o respeito e a lealdade que devo ao Clube do meu coração, tenho que responder que não. Isso não significa que não lhe reconheça méritos e desempenhos bem conseguidos até ao momento.

 

Eu teria ponderado entre três perfis distintos de treinadores: 1) Aposta num treinador emergente do tipo Rui Vitória, Marco Silva ou Paulo Fonseca e neste campo creio que Marco Silva poderia ser a melhor opção, mas condicionaria sempre a decisão final a um conhecimento detalhado sobre o treinador. A minha intuição por Marco Silva é conduzida pelo trabalho feito no Estoril (que eu acompanhei de perto) e no rival. Particularmente no rival, porque apesar de ter a estrutura contra si e os resultados não terem aparecido (acabou por ganhar uma Taça de Portugal), teve sempre os jogadores com ele e manteve sempre um discurso estruturado e nunca perdeu os papeis; 2) Aposta num treinador português com mais experiência e aí a minha opção cairia em Vítor Pereira. Não pretendo ser polémico mas Vítor Pereira nunca caiu no discurso fácil de dizer que em Portugal só no Porto. Trata-se de um treinador muito bem equipado tecnicamente e para mal dos nossos pecados criou uma ascendência em relação ao Jesus no confronto direto; 3) Aposta num treinador estrangeiro capaz, do ponto de vista da construção da equipa, de assumir um equilíbrio entre o jogador experiente e o jogador da formação. Aqui a minha escolha poderia recair entre Jurgen Kloop e Lucien Favre, sendo que a minha primeira opção seria o treinador alemão. Fico-me por aqui e apenas para explicar o processo de decisão que seguiria.

 

 

Depois de um mau começo de época, apesar da campanha na Liga dos Campeões, acha que o presidente irá segurar o treinador, mesmo que a época tenha um mau desfecho?

 

Não me parece que Luís Filipe Vieira deixe de o fazer a menos que os resultados sejam uma verdadeira catástrofe e o próprio treinador resolva sair pelo seu próprio pé.    

 

 

Como classifica o trabalho de Rui Vitória até ao momento?

 

Sofrível com alguns pontos altos. Embora reconheça a sua coragem e perspicácia para lançar jovens jogadores com êxito, assim como a qualificação para os oitavos da Liga dos Campeões. Creio que Rui Vitória pode igualmente melhorar a sua comunicação principalmente nas análises após os jogos que me parecem por vezes muito genéricas e com pouca substância. Não apreciei que tivesse permitido que o jovem Gonçalo Guedes tivesse dado a cara após a eliminação da Taça de Portugal contra o Sporting e ainda por cima para atuar como mensageiro. Estes são os momentos  para afirmar a liderança e garantir que um jogador mais experiente, um dos capitães, desse a cara.      

 

 

É o principal culpado de uma época onde estamos claramente aquém das expectativas?

 

Não pode ser considerado o único culpado. Uma pré-época desadequada e uma equipa com fragilidades nalgumas posições explicam parte do problema. Apesar da mudança de paradigma a equipa devia render mais e devia ser mais consistente no seu modelo de jogo. 

 

 

Pensa que foi cumprida a promessa de que Rui Vitória ia ter as mesmas condições que outros tiveram?

 

Não me parece. A equipa tem fragilidades e o tipo de contratações afastou-se em termos de qualidade dos anos anteriores. Embora não se deva subestimar totalmente as contratações feitas, nem o dinheiro investido, apesar de algumas delas não estarem a resultar, por falta de adaptação, por falta de oportunidades dadas aos jogadores ou mesmo por falta de qualidade.      

 

 

Acha que os espetáculos semanais proporcionados por dirigentes e presidentes, levantando polémica atrás de polémica, aumentando inclusive um clima de tensão entre clubes e adeptos, é positivo para o desporto?

 

Os dirigentes têm que entender que os clubes são sócios do mesmo negócio e que fora do campo têm interesses comuns. Competir sim, mas dentro do campo. Por vezes a emoção da competição e a pressão dos resultados levam os dirigentes a passar dos limites. Eu próprio como dirigente cometi exageros nessa matéria. 

 

 

Que acha de existirem membros da direção do Benfica em programas que nada promovem o debate futebolístico?

 

Várias vezes dei a minha opinião sobre este assunto. A participação de benfiquistas nesse tipo de programas deve ser muito bem pensada. Jamais concordarei com a participação de dirigentes ou profissionais do Clube nesses programas, principalmente quando fazem figuras e protagonizam comportamentos que não dignificam os valores, a história e os fundadores do Benfica. 

 

 

No Benfica, há espaço para o crescimento nas modalidades? Acha possível que essas tenham outro protagonismo, até fruto de boas campanhas europeias? E já agora, que espaço acha que deveríamos almejar nesse espaço europeu.

 

Há sempre espaço para crescer. Creio que o desafio que se coloca às modalidades prende-se mais com o modelo de desenvolvimento da formação. De que forma é possível alimentar as primeiras equipas com jogadores da formação? Estes processos requerem momentos de transição que podem sacrificar campeonatos. No entanto, quando se atinge o ponto ideal, a renovação das equipas faz-se de uma forma natural e gradual. Se o Benfica conseguir isso, atingirá a excelência desportiva. Mas muitas das vezes o Benfica não aproveita o contexto para assumir essa mudança de paradigma. Por exemplo, o Benfica não está a aproveitar o contexto menos competitivo no basquetebol para assumir um novo rumo. Aqui está um bom exemplo onde seria possível a uma maior aposta na formação sem que isso significasse necessariamente perder campeonatos. Por outro lado, é preciso entender a realidade de cada modalidade. Por exemplo no caso do voleibol não temos muitos jovens praticantes em Lisboa. A modalidade está muito centralizada no norte. Seria difícil assumir neste caso uma mudança de paradigma a menos que o Benfica estivesse preparado para investir seriamente no crescimento da modalidade nas escolas lisboetas. Seria necessário investir bastante e esperar entre 8 a 12 anos para obter resultados. Sendo assim, fará mais sentido que os outros formem e o Benfica contrate.

 

No campo europeu temos claras ambições no hóquei e no futsal. O voleibol encontrou um certo equilíbrio. No andebol e no basquetebol seriam necessários investimentos volumosos para competir a um nível elevado.          

 

 

Tendo estado ligado às modalidades do Benfica, como as vê atualmente? Que acha em concreto da situação do Andebol?

 

O Benfica pode sustentar durante muitos anos uma posição de hegemonia nas modalidades. O Benfica tem feito um esforço significativo para manter as modalidades e sua competitividade. É curioso pensar que internamente e enquanto responsável pelas modalidades fui muitas das vezes acusado de despesista. A verdade é que hoje o Benfica gasta o dobro com as modalidades e os campeonatos são muito menos competitivos quando comparados com os tempos da minha gestão. Saúdo essa aposta.

 

O andebol teima em acertar o passo e parece ser a modalidade com mais dificuldade em atingir a hegemonia. O andebol tem a particularidade de contar com os três grandes e isso torna a competição mais acesa. Por outro lado, o FC Porto leva muitos anos de avanço no desenvolvimento desportivo de um modelo que assenta na formação e no desporto escolar. O FC Porto aumentou a sua massa crítica e tem uma fonte de jogadores inesgotável. Para isso contribui o seu diretor técnico que é o treinador mais qualificado em Portugal. O andebol tem uma forte penetração no desporto escolar. O rumo passa, na minha opinião, muito por aí mas é necessário aguardar pelos resultados.        

 

 

Como vê a perda de identidade da secção de futsal no que toca a um menor número de jogadores de topo portugueses, comparando com o passado (Ricardinho, Costinha, Arnaldo, Joel, etc)? Acha possível uma nova conquista portuguesa na UEFA Futsal Cup?

 

Uma geração de jogadores invulgares. O balneário mais forte que eu conheci. Nem sempre é possível fazer coincidir tanto talento português. O Benfica não foi capaz de assegurar uma transição que permitisse manter aquele perfil de talento português. Há duas explicações para isso: 1) saída prematura do André Lima que tinha todas as condições para gerir essa transição (o André tinha ideias claras sobre o que fazer e quando fazer) e 2) não foi feita uma aposta atempada na formação que permitisse alimentar a primeira equipa de uma forma sustentada. Creio que temos condições para vencer de novo a UEFA CUP.

   

 

Que modalidades faltam ao Benfica? Acha possível por exemplo o regresso ao ciclismo?

 

Na minha gestão recuperei o ciclismo através de um acordo com a João Lagos Sport. Fi-lo por considerar estratégico e porque o ciclismo foi crucial para a dimensão nacional do clube. Na altura o Benfica não tinha condições financeiras para suportar o custo de uma equipa. Foi necessário encontrar um parceiro. Infelizmente e já depois da minha saída a parceria caiu, creio que por razões financeiras que são públicas e que afetaram fortemente o nosso parceiro. O Benfica deveria procurar uma nova parceria uma vez que um orçamento mínimo para a modalidade deverá andar à volta de 3 milhões de euros no mínimo, isto com ambições internacionais. Se for apenas para correr nacionalmente, 1 milhão deve chegar. Para além do ciclismo, o Benfica devia reforçar aposta no rugby. Trata-se da modalidade, neste momento, com maior o crescimento a nível mundial (claramente a modalidade do século vinte e um) e com uma forte penetração nos jovens. Por outro lado, tem valores comportamentais que se enquadram no espírito do Benfica.

    

 

O Benfica sempre inovou muito em várias decisões e a sua participação em qualquer modalidade, faz logo com que ela tenha outra visibilidade. Acha que é altura de se criar uma equipa de futebol sénior feminino? 

 

Penso que sim. O Benfica tem uma responsabilidade desportiva que advém da sua dimensão. Veja-se a explosão verificada no futsal com a entrada do Benfica. Seria um impulso extraordinário para o futebol feminino. Passaria uma mensagem de diversidade e atrairia mais público e adeptos femininos.

 

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publicado às 20:49

Deixem jogar o Pedro

por R_9, em 11.12.15

 

 

Pedro Rodrigues é um dos jogadores que mais se tem destacado ao longo dos últimos anos nas camadas jovens do Benfica. É um jovem a quem eu reconheço muito talento e um potencial imenso para jogar ao mais alto nível. Está no seu último ano de júnior e tem alternado entre a equipa de juniores e a equipa B. Em nenhuma delas tem tido muitos minutos, jogando apenas em jogos mais complicados no Nacional de Juniores e na Youth League. Na equipa B não tem sido das principais apostas por parte de Hélder Cristovão.

 

É a médio defensivo que coloca todo o seu futebol em campo, podendo também jogar a 8 ou até a defesa central. Pedro não é um médio defensivo, digamos que, normal. Jogar com ele naquela zona do terreno, é como jogar ali com um número 10. Tem uma capacidade de passe, de visão e construção de jogo, de inteligência e de cultura táctica fora do normal. Descobre inúmeras linhas de passe onde poucos conseguem, construindo sempre o jogo com muita qualidade, procurando o espaço certo para receber e entregar. Tanto em passes longos como curtos, é muito bom e a bola sai sempre com qualidade do seu pé. Bate muito bem as bolas paradas e tem um bom pontapé de longe. No campo, anda sempre de cabeça levantada, procurando saber o posicionamento dos colegas e adversários para estar preparado quando receber a bola. Tem uma grande maturidade e assume o jogo, querendo sempre ter bola. 

 

Onde ele tem de melhorar é na agressividade quando não tem bola, ser mais forte na pressão e não ser tão macio. Ainda é aí que falha muito e sabemos bem como ainda se privilegia aqueles jogadores mais físicos e raçudos, em vez daqueles que mais podem dar no futuro através de tudo o que conseguem dar ao jogo. Caso não melhore nestas vertentes, irá ter muitas dificuldades a nível sénior. Ele só as melhorará se tiver tempo de jogo num contexto onde lhe sejam apresentadas mais dificuldades e os estímulos sejam diferentes. Nos juniores a pressão é muito pouca, assim como a diferença de qualidade é enorme, e ele irá sempre jogar de cadeirinha no meio-campo. Já na equipa B as coisas serão diferentes. Vai precisar de ser mais agressivo sem bola, ser mais intenso e assim melhorar.

 

Acho que é urgente que se arranje uma solução para o Pedro. Não pode continuar a ter tão poucos minutos de jogo, pois assim não irá evoluir e vai estagnar. Tem de ser opção na equipa B, sendo talvez a melhor solução emprestar Pawel e o Gilson deixar de ser solução para a equipa na frente do Pedro. O potencial dele é imenso e não é fácil arranjar um jogador com estas qualidades para aquela posição que cada vez é mais importante. É um jogador para uma equipa grande e que espero que evolua nas vertentes que lhe faltam, já que caso isso aconteça, daqui a uns anos será um jogador muito importante na equipa principal do Benfica.

 

 

Sair a jogar com qualidade, passando pelo adversário.

 

 

Receber a bola, rodar com ela e aguardar pela linha de passe que o avançado lhe vai dar na zona central do terreno.

 

 

Antes de receber a bola olhar para saber onde estão os adversários e assim entregar logo a tabela sem o jogador do Atlético chegar.

 

 

Encontrar os espaços ao meio em vez de colocar a bola na linha.

 

 

Três passes para o meio que, vistos assim, até parecem fáceis de fazer com qualidade e de descobrir a linha de passe.

 

 

Tem olhos a bola.

 

 

Inteligência em perceber que o lateral não estava e a recuar rapidamente para fechar o corredor.

 

 

Muito difícil que perca a bola nas saídas a jogar.

 

 

O jogo de estreia na equipa B, contra a Oliveirense.

 

 

Posto tudo isto, é urgente deixar jogar o Pedro.

 

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publicado às 21:00

Despedida e Renovação nas Modalidades

por Miguel Martins, em 11.12.15

 

O Eng. José Trindade deixou de ser o Diretor Técnico do Hóquei em Patins a seu pedido.

 

Falar de José Trindade é falar de títulos e do regresso aos tempos gloriosos do Hóquei em Patins, tendo sido um elemento decisivo neste processo. Sai do Benfica com um currículo recheado com diversas conquistas, tanto na vertente masculina como na feminina.

 

Masculino:                                                                                                                                                 

Liga Europeia em 2012/13

Taça CERS em 2010/11  

Taça Continental em  2011/12 e 2013/14

Taça Intercontinental em 2013/14

Campeonato Nacional em  2011/12 e 2014/15

Taça de Portugal em  2013/14 e 2014/15

Supertaça em  2010/11 e 2012/13

 

Feminino:

Taça Europeia em 2014/15

Campeonato Nacional em 2012/13, 2013/14 e 2014/15

Taça de Portugal em 2013/14 e 2014/15

Supertaça em 2013/14, 2014/15 e 2015/16

 

Resta-nos agradecer toda a sua dedicação e colaboração no engrandecimento do Sport Lisboa e Benfica, desejando-lhe felicidades para o futuro, desde que o mesmo não se cruze com o do Benfica.

 

No mesmo comunicado, informou-se também que não entrará ninguém para o seu lugar e que tudo se manterá com a mesma estrutura.

 

Acaba por ser uma saída que já era esperada pois cada vez mais o Eng. José Trindade tinha menos peso nas decisões.


 

 

O Benfica anunciou também o prolongamento do contrato com Joel Rocha, treinador da equipa de Futsal até 2019. É uma renovação natural e merecida de um excelente técnico e que tem feito um trabalho de uma qualidade assombrosa.

 

Chegou ao Benfica em 2014 e conseguiu ser Campeão Nacional e vencer a Taça de Portugal, quebrando a hegemonia do Sporting. Isto, sem ter qualquer derrota durante a época no tempo regulamentar - perdeu apenas um jogo no prolongamento. Esta temporada vai liderando o Campeonato Nacional, já venceu a Supertaça e está na Final Four da Uefa Futsal Cup.

 

É uma ligação de sucesso e que estou certo que continuará a dar títulos ao Benfica. Espero igualmente uma maior aposta nos jovens talentos formados na Luz, pois após as mudanças feitas, os talentos começam a surgir com Tiaguinho à cabeça - ainda no fim de semana passado decidiu o jogo frente ao Rio Ave -, não esquecendo outros, como Gonçalo Sobral.

 

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publicado às 16:09

Semana das Modalidades

por Miguel Martins, em 10.12.15

 

A equipa de basquetebol do Benfica acertou o calendário no domingo, recebendo e batendo o Vitória de Guimarães em jogo relativo à primeira jornada por 75-56. Sem Radic que não podia jogar pois na altura em que a ficha de jogo foi feita não estava inscrito, e sem os lesionados Cook e Carlos Ferreirinho  - nova lesão, desta vez ruptura total no tendão de Aquiles - o Benfica fez um jogo pautado pela regularidade, começando a dominar o jogo desde o início.

 

Ao intervalo o marcador estava em 36-30. Com um parcial de 20-10 no terceiro período, o Benfica arrumou por completo com o jogo e as aspirações do Vitória. O destaque desta partida vai para o Wilson que, com 12 pontos e 9 ressaltos, dominou completamente o jogo interior.


Os pontos foram apontados por: Mário Fernandes (14), Wilson (12), Nuno Oliveira (11), Carlos Andrade (9) Gentry (8), Cláudio Fonseca (5), Tomás Barroso (4), João Soares (4), Diogo Gameiro (4) Loncovic (2), e Ricardo Monteiro (2).


Sábado, vamos jogar a Guimarães, numa partida marcada para as 15h. 


 

 

A nossa equipa de Futsal, comandada por Joel Rocha recebeu e venceu o Rio Ave por 1-0. O golo foi apontado por Tiaguinho ainda na fase inicial da partida após assistência de Mário Freitas.


Não foi um bom jogo, notou-se o cansaço e as notórias dificuldades em praticar o tipo de futsal habitual desta equipa, mas o mais importante acabou por ser garantido. O resultado poderia ter sido mais dilatado, mas o Rio Ave também dispôs de oportunidades para fazer golos. O resultado apesar de escasso no número de golos acaba por se ajustar. O destaque vai para Bebé que fez uma belíssima exibição. 


O campeonato vai agora parar em virtude dos compromissos Europeus das seleções e o Benfica terá tempo para recuperar índices físicos e trabalhar os aspetos menos positivos com os atletas que não forem convocados para as respetivas seleções. 


Estamos em primeiro com 3 pontos de avanço e o próximo jogo será dia 19 de Dezembro com os Leões de Porto Salvo.


 


Em Hóquei em Patins, tivemos a difícil deslocação a Paço de Arcos, onde a exibição da equipa de Pedro Nunes foi mais uma vez sublime, vencendo folgadamente por 1-7. Sem João Rodrigues de fora por lesão, o jogo serviu de estreia para o jovem talento Gonçalo Pinto. Uma estreia que certamente lhe irá ficar marcada na memória.


O Benfica entrou bem e Adroher fez o 0-1 num belo remate. Pouco depois, o Paço de Arcos empatou, mas após esse golo o Benfica arrancou para uma contundente vitória. Nicolia fez o 1-2 e Adroher voltou a marcar, fixando o resultado em 1-3 ao intervalo.


No reatar da partida a toada manteve-se e o Benfica dilatou o marcador com golos de Nicolia, Valter, Diogo Rafael e Adroher.


O homem da partida foi Adroher com 3 golos.

 

 

Ontem, ainda sem João Rodrigues, recebemos e batemos o Valongo por 5-2, num jogo com 2 partes distintas. Na primeira parte nada saiu bem, o Benfica não conseguiu entrar dentro da defesa do Valongo e quando criou perigo o guardião esteve à altura.


Com alguma surpresa, o Valongo foi para o intervalo a vencer por 0-2. Um pouco exagerado mas que se aceitava pela falta de criatividade da nossa equipa.


O intervalo foi um bom conselheiro e o Benfica regressou do balneário transfigurado para melhor. Mais pressionante, mais rápido, mais criativo e foi com naturalidade que marcou o 1-2 por intermédio de Torra na transformação de uma grande penalidade. Logo de seguida, num forte remate de meia distância, Nicolia fez o 2-2. A reviravolta foi consumada por Nicolia na cobrança de um livre direto. Um golo magnífico.


Logo de seguida, apareceu o 4-2 por Adroher a passe de Nicolia. O 5-2 foi marcado por Adroher.


Vitória justa de uma excelente equipa que soube dar a volta a um jogo que esteve muito complicado, frente a um adversário valoroso e que vendeu cara a derrota.


Grande partida de Nicolia. Mais uma.

Sábado temos jogo para a Liga Europeia, recebendo o Bassano no Sábado às 18h.


 


Em Voleibol tivemos jornada dupla e não se pode dizer que tenha sido positiva, pois em 6 pontos conquistámos apenas 3.

No sábado jogámos em Vila do Conde frente ao Vilacondense e vencemos por 2-3, com parciais de 16-25, 25-21, 25-23, 15-25 e 13-15. Foi um jogo como se vê pelo resultado muito equilibrado e disputado, mas a nossa maior qualidade acabou por marcar a diferença e permitir conquistar a vitória - valeu apenas 2 pontos em virtude de ter sido disputada a negra.


Grande jogo do nosso Capitão Hugo Gaspar.


No Domingo recebemos um dos nossos maiores adversários e o rival das últimas temporadas, a Fonte Bastardo. Entramos muito bem no jogo e vencemos o primeiro set por 25-20. No segundo voltámos a vencer por 25-23, mas no terceiro set o jogo mudou completamente.


Até entrámos bem mas a equipa acabou por acusar algum desgaste, fruto da sucessão de jogos, da ausência de Duff - lesionou-se ainda no 1º set com uma luxação nos dedos e estará ausente algum tempo - e do baixar da eficácia ao nível do serviço, assim como no nível da receção, dificultando assim a distribuição de Danilo. Acabamos por perder os 3 sets seguintes por 23-25, 20-25 e 11-15.


Mau resultado da nossa parte. No entanto mantemos a liderança da classificação.

 

 

Na terça-feira, recebemos para a Taça o CN Ginástica, tendo os comandados do Professor  José Jardim vencido por 3-0, com parciais de 25-17, 25-22 e 25-16. Não há muito a dizer sobre este jogo, foi tranquilo e relativamente fácil, onde apenas no 2º set enfrentámos uma desvantagem grande.


Sábado, recebemos o Sporting de Espinho às 16h, num jogo decisivo para a classificação final da primeira fase.


 


A equipa de andebol recebeu e venceu no sábado o Belenenses por 37-23. Uma vitória inequívoca de uma equipa que me parece cada vez mais forte e com mais soluções - oriundas da formação é certo, mas a mostrarem todo o seu talento.

Ao intervalo já íamos vencendo por 17-12 e na segunda parte assistimos ao crescer da vantagem no marcador. Destaque para o grande jogo de Borragán e de Belone Moreira, a provarem que temos 2 belos laterais direitos - embora o Belone também possa jogar na ponta.


Os golos foram apontados por: Borragán (8), Belone Moreira (6), João Pais (4), Tiago Ferro (3), Uelington (2), Tiago Pereira (2), Davide Carvalho (2), Dragan Vrgoc (2), Paulo Moreno (2), Flávio Fortes (2), Elledy Semedo (1), Hugo Lima (1), Augusto Aranda (1) e Alexandre Cavalcanti (1).

 

 

Na terça-feira fomos a jogar a Leiria, onde defrontámos a Juventude do Lis e vencemos por 20-30. Num jogo fácil, ao intervalo já íamos vencendo por 10-15.


Destaque para o bom jogo do jovem Alexandre Cavalcanti, uma das maiores promessas do andebol nacional.


Os golos foram apontados por: Alexandre Cavalcanti (6), Paulo Moreno (4), Belone Moreira (4), Hugo Lima (4), Augusto Aranda (3), Tiago Ferro (3), Elledy Semedo (2), Davide Carvalho (2), Tiago Pereira (1), Hugo Figueira (1).


Sábado, vamos defrontar o AA Avanca, num jogo marcado para as 18h em casa do Avanca.

 

 

E porque o Benfica é mais do que futebol, tudo aos pavilhões!

 

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publicado às 21:20

 

Depois da vitória frente à Académica, o Benfica recebeu em casa o Atlético Madrid, naquele que era o último jogo do grupo C da Liga dos Campeões. Com o apuramento já garantido para ambas as equipas, o que estava em jogo era o primeiro lugar do grupo. Um empate ou vitória servia ao Benfica. Para este jogo, uma alteração na equipa que defrontou a Académica. Entrou Gonçalo Guedes e saiu Mitroglou. Gaitán juntou-se a Jonas na frente e Guedes ficou na ala esquerda. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Fejsa, Renato Sanches, Pizzi, Gonçalo Guedes, Gaitán e Jonas. Foi este o 11 inicial.

 

Os primeiros 10 minutos foram algo divididos. O Atlético pressionava algo alto, mas o Benfica conseguia trocar a bola entre os seus defesas e médios, sempre sem conseguir avançar muito com ela. Não havia perigo em nenhuma das balizas. Íamos conseguindo pressionar alto depois de perder a bola na frente, mas ao recuperar não se sabia o que fazer com a bola. Trocava-se muito, mas nada daí resultava.

 

Aos 18 minutos, golo bem anulado ao Atlético, já que Godín estava em fora de jogo. Poucos minutos depois, Júlio César evita por duas vezes o golo do Atlético, com boas intervenções. Depois é Lisandro com um grande corte a evitar o golo. A equipa espanhola estava agora por cima do jogo.

 

Num contra-ataque, o Benfica sai rápido e com algum perigo, mas Savić acaba por desarmar Pizzi. Pouco tempo depois, a equipa espanhola adianta-se no marcador por Saúl Ñíguez, depois de uma jogada bem conseguida. Através de um remate de fora da área, Guedes leva algum perigo à baliza de Oblak aos 38 minutos, mas a bola acaba por sair ao lado.

 

O Atlético dominava agora completamente o jogo e geria-o ao ritmo que mais lhe convinha. O Benfica apesar de estar a perder, estava mais recuado no terreno e a pressionar muito pouco. E foi com o Atlético a vencer por 0-1 que os primeiros 45 minutos acabaram.

 

 

A equipa de Rui Vitória não entrou mal no jogo. Tivemos ali bola e existia a preocupação de a recuperar alto no terreno quando ela era perdida em zonas adiantadas do campo. Não durou foi muito, já que a partir dos 20 minutos as linhas se baixaram. Escusado será dizer que com tanta posse de bola não criámos nada, mas isso não é de hoje. Está bem que era contra o Atlético Madrid, mas o Benfica não criou nenhum lance de grande perigo na primeira parte em posse. Depois com a pressão a ser feita pior, eles jogavam muito facilmente entre as nossas linhas e trocavam a bola como queriam e à velocidade que queriam.

 

Júlio César esteve bem como normalmente. Os laterais pouco atacaram e defensivamente passaram algumas dificuldades. Lisandro e Jardel estiveram bem, com destaque para Lisandro. Fejsa e Renato cumpriram o que lhes foi pedido. Nenhum deles se aventurou no ataque, mas isso penso que é o que está delineado por Rui Vitória.

 

Pizzi continuou com os seus movimentos que trazem algo à equipa, mas raramente foram servidos, tendo pouca bola no meio-campo ofensivo. Guedes tem estado a cair de produção e este foi mais um jogo onde isso se notou. Jonas procurou muito os espaços para receber, mas raramente foi solicitado e, quando o foi, depois não havia soluções. Gaitán foi tentando remar contra a maré mas esteve muito individualista e pouco ou nada de bom fez no ataque.

 

 

 

 

 

 

Um bom movimento da equipa com a bola a ser circulada rapidamente e a existirem movimentações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rui Vitória mexeu na equipa ao intervalo. Saiu Gonçalo Guedes  e entrou Mitroglou, indo Gaitán para a esquerda. Logo de entrada, o avançado grego tem uma boa oportunidade, mas a bola acaba por sair ao lado. Estes primeiros minutos não foram muito diferentes dos finais da primeira parte. O Atlético geria o jogo como queria, conseguindo trocar a bola sem grande pressão no meio-campo do Benfica. Quando não tinha a bola deixava jogar o Benfica, mas só até ao meio-campo, e depois não passávamos daí.

 

Aos 55 minutos, aparece o 0-2 no jogo. Boa jogada do Atlético e Vietto aparece a finalizar. Rui Vitória mexe pela segunda vez na equipa aos 61 minutos. Sai Jonas e entra Raúl. Com o golo, o Atlético baixou as linhas e deixou jogar mais o Benfica, mas não deixando a bola entrar em zonas perigosas. Era uma posse de bola consentida e em zonas mais recuadas do terreno.

 

Raúl remata de longe aos 63 minutos, mas Oblak segura a bola com facilidade. O Benfica não conseguia criar nada de nada. Ia-se trocando a bola quando a tínhamos, mas sem progredir com ela. O Atlético sempre que tinha posse conseguia avançar com ela no terreno, mesmo sem acelerar muito.

 

Quando pouco o fazia prever, o Benfica faz o 1-2 aos 75 minutos. Passe de Raúl para Mitroglou e o avançado grego a rodar bem sobre Godín e a fazer o golo. Logo a seguir, a terceira substituição no Benfica. Sai Gaitán e entra Carcela. Com o golo, a equipa empolgou-se. Renato Sanches remata de longe aos 78 minutos, mas a bola sai por cima.

 

O Atlético passava agora por dificuldades. O Benfica estava claramente por cima no jogo e conseguia encostar a equipa espanhola no último terço do terreno, recuperando logo a bola depois de a perder. Quase empatamos o jogo aos 85 minutos, mas o cabeceamento de Raúl sai um pouco ao lado.

 

Eliseu aos 87 minutos remata de longe, mas Oblak segura bem a bola. Pouco ou nada de mais importante aconteceu até ao final do jogo, acabando por ser 1-2 o resultado final.

 

 

Até ao golo do Benfica, esta segunda parte foi como aqueles 25 minutos finais da primeira. Como equipa, fomos muito fracos e não se conseguiu criar nada, sendo o domínio da posse de bola consentido pelo adversário que depois quando a recuperava a conseguia trocar e avançar no terreno sem grandes problemas. Com o golo de Mitroglou, a equipa ganhou uma nova alma.

 

A defesa continuou a ser o que tinha sido na primeira. Laterais a participarem pouco no jogo ofensivo. Os centrais estiveram bem, com destaque para Lisandro, que foi um dos melhores em campo. Fejsa continuou a sua tarefa de destruição no meio-campo, mas depois não consegue ajudar na construção quando temos bola. Renato esteve muito amarrado e recuado, mas por volta dos 60 minutos soltou-se.

 

Pizzi não apareceu tanto na segunda parte e ainda teve menos bola. Gaitán também pouco ou nada fez. Jonas continuou a procurar os espaços para receber mas quase nunca teve bola. Mitroglou veio dar outras coisas ao jogo do Benfica. Sozinho segura os dois centrais e depois dá muitos apoios. O golo foi muito bem trabalhado por ele. Raúl também não entrou mal e foi importante naquele forcing final. Carcela veio dar mais largura e irreverência ao ataque.

 

 

Bem trabalhado, mas Mitroglou atira ao lado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fácil a trocarem a bola entre as nossas linhas.

 

 

 

 

O golo de Mitroglou. Bom passe de Raúl e o avançado grego a rodar muito bem e a bater Oblak.

 

 

Grande remate de Renato Sanches que sai um pouco por cima da baliza.

 

 

 

 

Muito perto o Benfica de empatar, mas o cabeceamento de Raúl sai um pouco ao lado.

 

 

A equipa do Benfica não defrontou um adversário qualquer neste jogo, já que o Atlético tem uma grande equipa e são muitos fortes. No entanto, a exibição não me agradou muito. Já li por aí que dominámos o jogo porque tivemos mais bola e etc, mas quem dominou o jogo foi o Atlético, mesmo tendo menos bola e fazendo menos passes. Tirando os últimos 15 minutos, deram a bola ao Benfica quando quiserem, encostaram o Benfica quando achavam que deviam, o jogo foi jogado à velocidade que eles queriam, ou seja, iam gerindo os momentos do jogo como mais lhes convinha ou estava delineado. Esse é um dos problemas do Benfica. Não sabemos gerir os momentos do jogo.

 

Mais uma vez, tivemos muita posse de bola, mas a equipa não conseguiu criar nada com ela. Alguns jogadores ainda aparecem a dar linhas de passes, mas invariavelmente elas não são servidas. E isso não é de agora. Os jogos são os reflexos dos treinos e se a equipa não coloca aí as bolas, por alguma razão é. Não há estimulo nem confiança para tal. A pressão, tirando aqueles 15 minutos iniciais, foi fraca. O Atlético tem qualidade mas a facilidade como eles trocavam a bola no nosso meio-campo era inacreditável. 

 

Os médios estiveram muito amarrados. Continuamos a atacar com poucos. Foram inúmeras as vezes que dois ou três jogadores nossos apareceram rodeados por 6, 7, 8 ou mesmo 9 adversários. Continuamos a reagir mal à perda da bola. Não percebo porque se pressiona alto durante 15 minutos e depois se baixam logo as linhas. Para este jogo, a estratégia foi a mesma de Braga, mas este adversário era bem mais forte. Entrar bem, a pressionar e a aguardar por um golo. Como ele não apareceu, a equipa deixa de ter soluções para criar algo, aguardando sempre que alguém resolva individualmente.

 

Aqueles 15 minutos finais foram bastante intensos, mas aconteceram mais devido a jogar-se com o coração de com a cabeça. É a magia do futebol. O Benfica empolgou-se com o golo e foi para cima do Atlético, mas mesmo assim denotou-se a falta de ideias da equipa que depositou a esperança do golo do empate nos movimentos de trás para a frente de um miúdo que tem, com este, 3 jogos na equipa principal. O único lance de perigo foi originado por um cruzamento da esquerda de Carcela, surgindo Raúl a cabecear ligeiramente ao lado.

 

O objectivo foi cumprido, passar de grupo, e Rui Vitória está claramente de parabéns. Fica é um sabor um pouco amargo por não ter sido conseguido o primeiro lugar, que esteve ali mesmo à mão de semear. Não se pode é tentar mascarar a má época até ao momento com este apuramento, independentemente do que aconteceu em anos anteriores. Já são demasiadas derrotas e a equipa continua sem evoluir praticamente nada desde que a época começou e isso não é apenas uma questão de falta de qualidade no plantel. Já se coloca em causa a qualidade dos melhores jogadores e já se começa a dizer que nenhum presta, não se percebendo que o problema é o colectivo e a falta de muitas coisas da equipa em campo.

 

Vamos ver o que nos reservam os próximos jogos.

 

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publicado às 22:04

Resultados das Modalidades e da Formação

por Miguel Martins, em 08.12.15

 

No Futebol tivemos um fim-de-semana muito positivo, com destaque para a vitória da nossa equipa B no derby. Os Juvenis e Iniciados continuam a sua caminha triunfal.


Em Pólo Aquático, a nossa equipa feminina regressou às vitórias. E que grande vitória.

No Futsal, tivemos um fim-de-semana 100% vitorioso, com o destaque a ir para a nossa formação - tanto em masculinos como em femininos - que continuam a subir gradualmente o seu nível. Grande trabalho que está a ser feito.

 

  

Em Basquetebol, o destaque vai para a nossa equipa feminina que conseguiu uma vitória em Olivais. A equipa sénior masculina perdeu a meio da semana o jogo europeu e com essa derrota foi eliminada da prova.

No Andebol, o destaque pela negativa vai para as nossas equipas de Juvenis e de Iniciados que foram derrotadas pelo Sporting.

A nossa equipa sénior masculina de rugby conseguiu uma grande vitória em Loulé.

 

 

Em Hóquei em Patins o destaque vai para as equipas séniores - tanto em masculinos como em femininos. Em femininos, duas vitórias robustas. Em masculinos, uma grande vitória num terreno muito complicado.

O Bilhar teve um fim-de-semana excelente. Para além das excelentes vitórias individuais de Tiago Ribeiro e de Fábio Gomes, tivemos também uma vitória frente ao Sporting na vertente de Carambola. Grande parte das nossas equipas só voltam a competir em 2016, altura em que recomeça o campeonato.

Em Voleibol, o destaque vai para a derrota da nossa equipa sénior frente ao Fonte Bastardo por 2-3. Uma derrota que não belisca em nada as nossas pretensões e a confiança que devemos ter nesta equipa.

Sandra Borges arrebatou o 1º lugar no campeonato nacional de Judo na categoria de -63Kg, sendo o grande destaque da semana.

 

 

Em Ténis de Mesa, o destaque vai para as vitórias da nossa equipa A. Pela negativa, as derrotas da equipa B.

Rui Pedro Silva e de Mónica Silva venceram o GP de Atletismo da Murtosa, sendo o destaque no atletismo.

 

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publicado às 17:40

Análise ao Benfica vs Académica

por R_9, em 05.12.15

 

 

Depois de quase um mês sem jogar no Estádio da Luz, o Benfica voltou a casa. O adversário foi a Académica e para este jogo Rui Vitória fez apenas uma alteração na equipa titular que tinha defrontado o SC Braga. Saiu Gonçalo Guedes e entrou Jonas, voltando Gaitán para a esquerda e Jonas para jogar no seu posto habitual. Júlio César, André Almeida, Lisandro, Jardel, Eliseu, Fejsa, Renato Sanches, Pizzi, Gaitán, Jonas e Mitroglou.

 

Como era esperado, a Académica veio ao Estádio da Luz defender com as linhas muito baixas e dar a iniciativa de jogo ao Benfica, não fazendo qualquer tipo de pressão alta. Os primeiros 15 minutos de jogo demonstraram isso mesmo. Benfica com muita posse de bola, a trocar em zonas recuadas do terreno, mas sem conseguir entrar com ela na muralha defensiva da briosa. Poucas vezes chegámos com perigo à baliza contrária e nenhuma delas com perigo.

 

O primeiro lance de perigo aparece aos 16 minutos. Recuperação de Renato que entrega em Pizzi, mas o médio atira por cima da baliza. Aos 24 minutos aparece a primeira boa jogada do Benfica. Combinação entre Jonas e Pizzi, mas o remate do médio sai à figura do guarda-redes. Voltamos a chegar com algum perigo à baliza da Académica pouco depois. Primeiro é Jonas num contra-ataque, depois é André Almeida com um remate de longe.

 

O jogo continuava muito chato e com poucos motivos de interesse. O Benfica pressionava um pouco mais, mas nada retirava disso. Depois, ofensivamente, as coisas continuavam muito sofríveis, com pouco ou nada a ser criado. Posse de bola era feita de uma forma muito lenta e com pouco dinamismo. Num lance um pouco caricato, o Benfica tem a seu dispor uma grande penalidade aos 35 minutos. Jonas não perdoa e faz o 1-0.

 

Pouco aconteceu de interessante  depois do golo e o jogo acabou por chegar ao intervalo com o Benfica a vencer por 1-0.

 

 

Esta foi uma primeira parte sem grande interesse. A Académica veio jogar com o autocarro, e o Benfica pouco de bom fez para contrariar isso. Não mostrámos quase nada ofensivamente, tivemos uma posse de bola com pouca dinâmica, criaram-se poucas linhas de passe, muita lentidão em campo e assim era difícil ultrapassar as linhas adversárias. Os dois médios jogaram muito recuados e a par, e pouco participaram no momento ofensivo, o que ajudou a piorar ainda mais a situação.

 

Júlio César foi um espectador durante os primeiros 45 minutos, assim como a defesa quase toda. Pouco ou nenhum trabalho defensivo tiveram. Os laterais também participaram pouco no jogo ofensivo da equipa e raramente subiram no flanco. Sobre Renato e Fejsa foi o que já disse. Estiveram muito recuados e nenhum deles a subir para tentar o desequilíbrio. Muitas vezes a par em cima da linha de meio-campo, o que ainda dificultou mais as coisas.

 

Pizzi continuou a apresentar um bom nível como nos jogo anteriores. Muitos movimentos interiores e a procurar espaços para ter bola. Gaitán no um para um continuou a mostrar que é muito forte, mas também sem brilhar muito. Jonas teve dificuldade em ter bola, já que a zona dele estava muito marcada. Mitroglou praticamente não tocou na bola, nem teve nenhuma oportunidade para fazer golo.

 

 

Bem jogado com Jonas a receber entre linhas, entregando depois a Pizzi. O cruzamento é que acaba por sair mal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A melhor jogada do Benfica na primeira parte. Jonas deixa com qualidade para Pizzi, que remata depois para defesa do guarda-redes da Académica. Mitroglou estava sozinho, mas o passe era difícil.

 

 

 

 

 

 

Deixa algumas dúvidas.

 

 

O penalti convertido por Jonas.

 

 

Para a 2ª parte, nenhuma alteração na equipa. Nos primeiros minutos da segunda parte a Académica tentou mostrar algo mais do que tinha feito na primeira - também não era difícil -, mas foi por pouco tempo. O Benfica rapidamente voltou a dominar o jogo e a Académica voltou a baixar as suas linhas. Renato adiantou-se mais no terreno, deixando de estar tão recuado. 

 

O jogo continuava a ser o que tinha sido durante os primeiros 45 minutos, com pouco a mudar no que se via em campo. Aos 66 minutos a Académica chega com algum perigo à baliza do Benfica, mas Jardel consegue cortar a bola. Logo a seguir a este lance, a primeira alteração no Benfica. Sai Fejsa e entra Samaris.

 

O segundo golo do Benfica aparece aos 70 minutos. Jonas volta a marcar de grande penalidade, depois de um corte com o braço de um jogador da Académica na área. A segunda substituição no Benfica acontece aos 74 minutos. Sai Pizzi e entra Gonçalo Guedes.

 

O jogo foi ficando partido com o passar dos minutos. A Académica tentava esticar um pouco mais, mas a ocupação dos espaços já era bem menos eficiente, e o Benfica tinha mais espaço para jogar e sair em contra-ataques rápidos. Num desses lances, Mitroglou atira à figura do guarda-redes, depois de passe de Gaitán.

 

A última substituição acontece aos 80 minutos. Sai Mitroglou e entra Carcela. Gaitán foi colocar-se junto a Jonas no ataque, ficando Carcela e Guedes com as alas. O jogo caminhava tranquilamente para o final até que aos 85 minutos aparece o momento da noite. Renato enche-se de fé e num magnifico pontapé levanta o Estádio da Luz com um fantástico golo. Brilhante golo do menino.

 

Até ao fim do jogo, apenas a Académica no último lance criou perigo depois de um livre lateral e o Benfica chegou algumas vezes com a bola na frente, não tomando a melhor opção no passe final. O resultado final foi de 3-0 e o Benfica conquistava a sua quarta vitória seguida no campeonato.

 

 

Esta segunda parte não foi muito diferente da primeira no nível de futebol jogado. O Benfica melhorou um pouco com a subida no terreno de Renato Sanches, mas mesmo assim nada que entusiasmasse muito quem assistia ao jogo. Continuou a lentidão, a falta de dinâmica e o processo ofensivo com muitas debilidades. 

 

A defesa foi mais do mesmo. Ainda tiveram ali um ou outro lance para cortar, mas estiveram bem e não facilitaram. André Almeida envolveu-se mais no jogo ofensivo da equipa nesta segunda parte, assim como Eliseu, mas pouco resultou daí, já que depois a opção final era quase sempre a pior. Fejsa mostrou as normais debilidades quando em jogos como este tem de participar mais nas tarefas de construção de jogo. Renato subiu de produção com o adiantamento no terreno. Deu mais soluções de passe, mais dinâmica e pressionou um pouco mais alto. O golo é sublime. Digno do que ele é. Um prodígio. 

 

No quarteto ofensivo pouco mudou, continuando a ser o que foram na primeira parte. Mitroglou teve muito pouca bola, fruto do jogo ofensivo mau que a equipa teve. Samaris entrou para dar mais força ao meio-campo e dar um pouco mais de acutilância, apesar de não ser um prodígio técnico, acaba por construir melhor que Fejsa. Guedes entrou com vontade, mas tomou algumas más decisões. Carcela abanou um pouco aqueles 10 minutos finais, mostrando que se calhar merece mais minutos do que aqueles que tem tido.

 

 

 

 

 

 

 

 

Grande arrancada de Renato Sanches, mas depois o passe sai mal.

 

 

Lisandro batido no um para um e Fejsa com uma abordagem ridícula ao lance, deixando ainda o espaço central aberto. Valeu Jardel a fechar bem e a cortar a bola.

 

 

 

 

O 2-0.

 

 

Bem jogado, com Eliseu a fazer uma boa movimentação, mas o cruzamento depois sai mal.

 

 

 

 

 

 

 

 

Para guardar.

 

 

A Académica veio jogar bastante recuada no terreno, mas mesmo assim exigia-se mais futebol ao Benfica. O jogo ofensivo da equipa continua muito fraco e com poucas soluções para ultrapassar as dificuldades que estas equipas lhe colocam. A equipa cada vez dá mais a ideia de que é sem bola que se sente mais confortável. Ou seja, naqueles jogos em que damos mais a iniciativa ao adversário, as coisas parecem melhores. Quando temos de assumir e jogar à Benfica, estamos sempre a aguardar que uma das individualidades resolva, porque trabalhado aparece muito pouco.

 

Rui Vitória mexeu bem ao subir Renato no terreno, pois aí as coisas melhoram, já que ele consegue sozinho dar muitas coisas que faltam ao jogo ofensivo da equipa. A defesa tem estado bem e há alguns bons movimentos para envolver os laterais no jogo ofensivo em determinadas situações de jogo. Vamos ver se é para continuar. São precisos mais apoios, mais linhas de passe e acho que a equipa está muitas vezes demasiado aberta no campo. Os avançados têm pouca bola e é difícil para eles fazer algo quando lhes chega jogo ofensivo. Os movimentos de Pizzi têm sido bastante bons, e a equipa pode tirar muitas vantagens do novo posicionamento dele em campo.

 

Faltam jogadores importantes e que com a sua qualidade vão dar mais a esta equipa, mas não serão eles por si a resolver, é preciso que a equipa renda mais. São importantes estas quatro vitórias seguidas no campeonato, numa altura em que a equipa não tem margem de erro. 

 

Não há muito mais a dizer nem para ser analisado. Vem aí um jogo difícil na terça-feira e espero ver o Benfica passar no primeiro lugar do grupo.

 

Ps: Como este jogo não deu grande matéria para ser analisada como praticamente todos até agora, deixo o convite aos leitores do Eu Visto de Vermelho e Branco para passarem no outro blogue de alguns de nós e que é menos conhecido. Se gostam destas análises, também gostarão daquelas. São mais viradas para o futebol internacional e por exemplo encontrarão a análise à equipa que hoje vergou o Bayern de Pep Guardiola. 

 

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publicado às 18:58

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